6 de dezembro de 2010

O PESO DO VIVER



Viver não é uma tarefa muito fácil. Em todas as fases da vida os desafios se apresentam. Na infância, há os trabalhos escolares, as tarefas cada vez mais complexas. Na adolescência, perceber o mundo pode ser bastante doloroso. Na juventude, deve-se optar por uma profissão e desenvolver esforços para conquistá-la.

Na época da maturidade, surgem problemas com filhos e abundam
desafios profissionais. Na velhice, o balanço do que se viveu pode causar decepção, sem falar nas forças físicas em declínio. Permeando tudo isso, há problemas de saúde e amorosos, além dedificuldades com a família.

A vida é repleta de encontros e desencontros, de despedidas, lutas,
vitórias e fracassos. Dependendo do ângulo que se analisa, a vida pode parecer um castigo, um autêntico peso a ser suportado. E realmente os problemas são inerentes ao viver Desconhece-se alguém que tenha atravessado a existência sem enfrentar dúvidas e crises. Entretanto, viver é uma dádiva divina. Embora a vida também envolva dores e sacrifícios, ela não se resume nisso. Há a emoção do nascimento de um filho, a alegria de amar e ser amado, a beleza de um pôr-do-sol. Depende de cada um escolher quais aspectos de sua existência irá valorizar. É possível manter a mente focada na longa enfermidade que se atravessou, ou nas lições que com ela foram aprendidas. Podem-se destacar os esforços feitos em determinada direção, ou a satisfação da vitória. Conforme seja enfocado o aspecto positivo ou negativo das experiências, viver será algo mais ou menos leve. Mas há outro aspecto a ser considerado a respeito das dificuldades inerentes à existência humana. Como tudo no universo, os homens estão em constante aprimoramento. Todos são espíritos, em jornada para a amplitude. A existência terrena é um diminuto instante nessa maravilhosa viagem pelo infinito. Após estagiar por longo tempo na seara do instinto, a humanidade desenvolve sua razão e ruma para a angelitude. Para isso, necessita aprimorar sua sensibilidade, tornar-se valorosa e nobre. As experiências com que a criatura se depara voltam-se justamente a prepará-la para seu glorioso porvir. É preciso que os instintos gradualmente percam sua força, dando lugaràs virtudes. Assim, amar não mais como manifestação de posse, mas de forma sublime, preocupando-se em ver feliz o ser amado. Educar a própria libido, percebendo-a como energia criativa, em harmonia com o cosmo. Esquecer a tendência de dominar pela força, aprendendo a convencer pela lucidez dos argumentos. Abdicar da violência, desenvolvendo a afabilidade e a doçura. A vida chama as criaturas para um amanhã de luz, de paz e ventura. Ocorre não ser possível cultivar um jardim em pleno charco. Justamente por isso viver parece tão difícil. É que os homens são constantemente convidados a abrir mão de velhos vícios. Tanto maior seja a resistência em aprender a lição, tanto mais contundente ela será. Assim, se você quer ser feliz, desfrutar de bem-estar, passe a remar a favor da maré. Dome seus vícios, conscientizando-se de que eles é que o infelicitam e tornam sua existência penosa. Ame a vida, seja honesto, trabalhador, bondoso e puro. Em pouco tempo seu viver se tornará leve e prazeroso, pois você terá instalado um céu dentro de sua própria consciência.



Fonte:

Redação do Momento Espírita

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