29 de outubro de 2010

A PROSTITUIÇÃO DA ALMA

A PROSTITUIÇÃO DA ALMA

POR ALBERT ARAÚJO - NITEROI - RJ

VOZ: ELEN DE MORAES - RIO DE JANEIRO

EDIÇÃO: QUIM MANOEL - PORTUGAL

28 de outubro de 2010

HOMENAGEM AO ESCRITOR E ATOR - OSCAR CALIXTO - POEMA SEM FIM






POEMA SEM FIM


Sei que o amor é uma flecha / Que percorre o espaço e, quase sempre, no alvo acerta / Sei que acertar é melhor quando miramos, / Quando queremos, quando sonhamos / Mas sei também que é muito melhor quando o presente é nos dado sem que, para isto, sequer nos esforçamos / Quando é “comprado” com os dotes que destinamos, / O amor torna-se fraco ao passar dos anos / Posto que, para isto, empregou-se expectativas / E é então que o sabor da conquista morre se não a reinventamos / No amor investi minha vida / Mais da metade de todos os anos / E equivoquei-me plenamente em todos / Por entregar-me sempre muito mais do que devia / Eu atrelo o amor à felicidade / E é por isso que me doo tanto / Por achar que esta é a única razão dessa vida / Atrelo o amor à minha completa razão e capacidade / Atrelo o amor à total essência, verdade e (in)-sanidade do homem / E é exatamente por isso que sou assim / E é exatamente isto que torna-me um pouco mais artista / Um pouco mais humano / Acredito que vivo num mundo “non sense” / Num beco sem saída / Mas não me arrependo de vê-lo da maneira que vejo / Por achar que é este o real sentido da vida! / Você para mim é, deveras, especial / Assim como um regalo concedido e que quero cuidar eternamente / Sei que aparecerão os caçadores com seus arcos cruelmente apontados para ti / Sedentos para te ter e possuir o que acham que tens de melhor / E ai… Se sempre eu pudesse me fazer de escudo! / Porque o que tenho para ti é o que há em mim de mais puro! / Não quero ter-te apenas neste momento ou enquanto ainda és jovem / Quero ter-te por completo sentimento de que és o que para mim é o melhor / Apaixonei-me pelo que és em aromas,

Em gostos,

Em jeito,

Em cores,

Luzes,

Em brilhos

E beijo

E o que dou para ti é realmente o que tenho de mais claro e precioso / O mundo nos fez encontrar-nos na totalidade, meu bem! / E como por isto eu era ansioso! / Fez nos encontrarmos exatamente naquilo que amamos, que acreditamos, que lutamos e que queremos por fim / É bom olhar em teus olhos risonhos / É bom dormir ao teu lado, ao lado dos sonhos / Prescrutando a obscena e cretina realidade do mundo / Enquanto sorrimos e sonhamos / Ou, de tanto amor, até mesmo choramos / Não pretendo ser “mais um” em sua vida / Pretendo ser o definitivo. Aquele que basta, o que lhe é tranquilo / Uma frase acertiva / Tento ser teu porto seguro, tua morada, tua casa, tua vida / Sei que a casualidade do mundo, em sua real injustiça, irá nos propor alguns obstáculos / Mas estes somente devem servir para vermos o quanto somos capazes / De continuar sempre juntos nesta corrida / Este não é somente mais um poema para ti… / Posto que, de todos, é o mais incomum / O único que não terá fim / Não mais um dos que tantos já escreveram ou escreverão para ti… / Este é um poema sem fim… / Como um prólogo de tudo que desejo que seja o nosso amor, enfim / Este é um poema sem fim… / Como expressão máxima de tudo o que tenho para ti / Este é um poema sem fim… / Como descrição exata de tudo o que desejo para nós, nessa vida, / Como um belo e único jasmim… / Este é um pema sem fim….

Sem pontos,

Sem meios,

Sem formas,

Sem métricas,

De prós,

Sem contras,

Deste amor,

De mim…

Este é um poema sem fim… / Sem fim… / Sem Fim!...


POR OSCAR CALIXTO



Oscar Calixto (Maceió, 8 de outubro de 1979) é um ator e escritor brasileiro. Iniciou sua carreira de ator na cidade de Juiz de Fora, onde fez diversos trabalhos importantes e significativos. Foi lá que o ator teve a oportunidade de fazer cinema pela primeira vez. O filme foi "A Fuga", dirigido por Léo Niecklevicz. Em 2003, recebeu sete prêmios de melhor dramaturgia com a peça Minha Vida na Lembrança. Em 2006 foi selecionado no XIX Concurso Internacional de Literatura de Outono das Edições AG. Em 2007 obteve o título de “Cavaleiro Dragão” no Concurso Internacional de Poesia "José Lins do Rego": concorrendo com poetas de outros 25 países, e com mais de 6.600 outras poesias, obteve o 7º lugar na competição.

Obra:

Dramaturgia

Adenoma
A Família Thompson
Avenida Brasil
História da Loucura
Minha Vida na Lembrança
O Poeta Laureado
O Fabuloso Circo
Alfarrábios
O Autor de um Crime Perfeito
Esquecemos a Brisa
Cortando Cebolas ou A Hora do Jantar
Literatura Novela

O Corpo Marcado de Giz - Não editado
Poesia

Fragmentos e Outros Poemas
Pétalas
Outros

Contos Proféticos e Outras Histórias
Casos de Família e Outros Contos
Como ator e diretor, Oscar Calixto vem desenvolvendo uma pesquisa interessante nos cernes da verdade cênica (dramaturgia e interpretação). Seu trabalho tem sido bastante elogiado pela crítica.

26 de outubro de 2010

POESIA E VINHO






Da poesia;
A rica palavra
Estruturada: FLOR.


Do vinho;
O sabor nos lábios
Desejo e ápice – luz total: AMOR.



ALBERT ARAÚJO
26-10-10
SITE OFICIAL: www.albertaraujo.recantodasletras.com.br

SEREIA, QUE MARAVILHA






Sereia;
Saem dos olhos
Os corais, as conchas
Os peixes e maresias.

E o que vem
A minha casa – ao meu leito?
A sua cabeça alada.

E o sacro amor
Quando se encarna
No coração – torna-se FOGO
E toda sua integridade é absoluta.
ALBERT ARAÚJO

25 de outubro de 2010

SOMOS DE DEUS



Mais um dia chegava ao fim... Ao menos assim ela supunha, já que os sons da cidade iam adormecendo, enquanto uma brisa fria ganhava terreno por entre as casas.

Difícil contar a passagem do tempo. Era cega de nascença, nada conhecia além de longa noite.

Vergada sob o peso das dores do desconsolo, encolhera-se num canto, as pernas mirradas dobradas sobre o tronco envolto em trapos.

A escrava Tínea - o pequeno verme - estava ali, naquele desvão do muro da cidade, junto à porta da fonte menor há vários dias.

Quantos? Talvez quatro, talvez cinco, não sabia ao certo.

Sedenta e faminta, esperava o retorno de seu senhor Máratus Flavinius, o único que lhe servia de luz na escuridão de sua vida triste e difícil.

A jovenzinha, que mal completara 12 anos, vítima de terrível doença, só escapara da morte porque sabia cantar e seu canto sustentava os vícios de seu senhor.

Ele ainda não voltara daquela noite em que, embriagado, demandara a taverna em busca de mais vinho... Um pensamento a assustava: Máratus estava morto.

Só morto deixaria de explorá-la.

Criando forças e coragem ergueu-se com dificuldade, apoiando-se ao cajado tosco, experimentando uma estranha sensação de liberdade.

Tateando, rente ao muro, guiando-se pelos sons da noite, foi indo, tropeçando, caindo, erguendo-se, esbarrando...

Na última queda, não muito longe de onde estava, extenuada mas feliz, adormeceu, fazendo planos de continuar seguindo sempre em frente.

Estava livre. Não cantaria nunca mais no mercado público, forçada pelo seu senhor.

Muitas horas depois, foi desperta pelo trançar de vozes no ar que lhe dizia de uma multidão ao seu redor.

Vozes jovens, vozes velhas, vozes roucas e graves, vozes altas e estridentes, vozes lamentosas e sarcásticas, vozes em grego, meda, parta...

Vozes e mais vozes. Uma daquelas vozes, repentinamente, ergueu-a no ar.

Era Janus, um velho escravo liberto, que muitas vezes a ouvira cantar. Ele tomou-a como fardo leve, levando-a em direção - dizia ele - de um concerto de inigualável beleza.

Janus foi tão carinhoso, e as vozes na multidão tão vibrantes de confiança, que Tínea deixou-se ir, sem murmurar.

Repentinamente, todos se calaram... E o silêncio foi tão eloqüente que se podia ouvir a voz da natureza. Então, por entre o farfalhar das ramas, uma voz em arameu foi ganhando corpo, sonoramente...

Bem-aventurados... Bem-aventurados... Dizia a voz doce ao sopro da brisa...

Tínea pensava... Pensava... Nunca havia ouvido nada assim...

Bem-aventurados... Bem-aventurados... Sussurrava a voz aos seus ouvidos... Bem-aventurados todos os mansos, os pacíficos, os perseguidos, os tristes e os abandonados...

Muitos O chamavam... Rabi... Rabi...

Tínea pensava... Pensava... Aquela voz era tão doce e tão suave, como os primeiros raios de sol das manhãs...

Aos poucos, ela foi compreendendo que a voz falava também para ela. O que tinha feito de bom até então?

Era muito jovem, cega, deformada, vivia na escravidão de um corpo doente da ganância de quem a subjugava. Acomodara-se a essas situações e se deixara levar.

Mas agora era livre, até para cantar novos cantos, enriquecidos com aqueles ensinos do momento.

Sim, ela queria cantar aquelas palavras de luz... E o faria.

Tínea sorriu, abraçando-se ao velhinho que, como ela, também sorria e chorava. Quem os visse assim, emocionados, não entenderia.

Mas Jesus entendia. E do alto do monte Ele também sorria... * * *

Pouco a pouco, o trabalho e a dor, a enfermidade e a morte, compelem-nos a reconsiderar caminhos percorridos, impelindo-nos a mente para zonas mais altas.

Não desprezes, pois, esses admiráveis companheiros da jornada humana, porquanto, quase sempre, em companhia deles é que chegamos a compreender que somos de Deus.


ESPECIAL:
Redação do Momento Espírita.

18 de outubro de 2010

A MELHOR OPÇÃO





Em uma conhecida passagem do Evangelho, Jesus foi recebido por uma mulher, chamada Marta, em sua casa.

Ela possuía uma irmã, chamada Maria, que se assentou aos pés de Jesus para lhe ouvir as palavras.

Enquanto isso, Marta se desdobrava nas lides domésticas.

Descontente com a situação, pediu que o Mestre dissesse à irmã para ajudá-la.

Este, porém, lhe respondeu que ela se ocupava de muitas coisas, quando apenas uma era necessária.

Afirmou que Maria escolhera a melhor parte, a qual não lhe seria tirada.

* * *

Perante as exigências do mundo, é interessante ter esta lição em mente.

Para não desperdiçar a vida em quimeras, convém ter uma clara noção do que é realmente importante.

Todos os homens são seres espirituais vivendo momentaneamente na carne.

Sua morada natural é no plano espiritual.

As experiências encarnatórias se sucedem ao longo dos milênios, a fim de que o aprendizado ocorra.

À custa de suas experiências e méritos, gradualmente cada Espírito avança em intelecto e em moralidade.

Entretanto, nessa vasta caminhada vários erros são cometidos.

A Lei Divina jamais pode ser burlada e rege o Mundo com base em justiça e em misericórdia.

É imperioso que todo mal feito seja reparado.

Mas a forma como a reparação ocorre depende da disposição do aprendiz da vida.

Mediante o serviço ativo no bem, ele pode anular os efeitos do mal que semeou no pretérito.

Mas, se não amar e servir o suficiente, pode apenas colher os efeitos do infortúnio.

Trata-se de uma escolha pessoal e intransferível.

Equívocos do pretérito muitas vezes se resolvem na feição de dolorosas enfermidades.

Ao renascer, o Espírito traz em si as matrizes de doenças que lhe possibilitarão o necessário resgate.

Contudo, essas doenças podem ou não eclodir.

Mesmo quando eclodem, sua gravidade ou mesmo sua cura depende da vida que a pessoa escolheu levar.

Se ela optou por viver de modo digno e bondoso, talvez a doença programada jamais se instaure.

Afinal, o amor a cobrir a multidão de pecados representa uma das facetas da misericórdia Divina.

Assim, reflita sobre a sua vida.

Pense nas oportunidades que se apresentam em seu caminho.

Você está escolhendo a melhor parte?

Ou está cuidando apenas de ser mais rico e importante do que os outros?

Gasta seu tempo em causas nobres, ampara os caídos, educa os ignorantes?

Ou apenas cuida de muito descansar?

Se você fosse um anjo, por suas opções anteriores, não mais viveria na Terra.

Assim, em seu passado certamente há muitos equívocos que clamam por correção.

Procure escolher a melhor parte, pois ela não lhe será tirada.

Amar e servir são uma opção muito melhor do que padecer.

Pense nisso.


ESPECIAL:

Redação do Momento Espírita.

16 de outubro de 2010

A PRIMEIRA PRECE



Na madrugada o homem, sequioso de aventuras, chegou ao deserto de Gila, no Novo México.

Estacionou o caminhão e iniciou a caminhada de 32 quilômetros, para se encontrar em um acampamento, com seu grupo de alunos.

O verão era implacável e o sol ardia como fogo. O professor começou a sentir que as botas não eram as ideais para aquele clima. Parou, arejou os pés, colocou outras meias, acelerou o passo, reduziu a marcha. Nada funcionou.

Ao cair da noite, chegou ao acampamento. Os pés estavam uma chaga viva. Eram bolhas e machucados o que viu quando descalçou as botas.

Apesar de tudo nada comentou com ninguém.

Dialogou com os instrutores e com os garotos. A madrugada o surpreendeu em repouso.

Quando a manhã se fez clara, veio o alarme. Um dos garotos sumira.

O professor sentiu o peso da responsabilidade, antevendo as ameaças do deserto cruel que o menino iria enfrentar. Calçou as botas outra vez e teve a impressão de estar andando sobre vidro quente. Tropeçou, arrastou os pés. Tentou pensar em algo para se distrair, esquecer a dor. Tudo em vão.

A dor foi se tornando sempre maior, insuportável.

Finalmente, ele alcançou a trilha que saía de uns arbustos e seguiu direto ao rio que descia das montanhas, através de sombrios desfiladeiros.

Ao ver a água, colocou os pés calçados dentro dela. Esperava alívio mas a sensação foi de milhares de agulhadas perfurando-lhe as bolhas.

Deixou escapar um grito estridente do peito e se jogou na água, por inteiro. A dor aumentou.

Não havia solução. Ele não conseguia mais andar e onde se encontrava, com certeza demoraria dias para ser encontrado. E o garoto? Era preciso encontrar o garoto.

Uma idéia tomou vulto em seu cérebro e ele começou a implorar, até sua voz ecoar num brado sempre mais alto:

Um cavalo. Por piedade. Preciso de um cavalo.

Depois, como um lamento, colocou toda sua alma na palavra seguinte:

Jesus!

E prosseguiu repetindo:

Jesus. Um cavalo. Jesus.

Era a primeira vez que orava.

Um cavalo apareceu. Era real. Não era alucinação. Ele o montou por toda a noite, até encontrar o garoto.

Cedo, dois vaqueiros procuraram o animal que lhes fugira, não saberiam eles dizer o porquê.

Mas o professor sabia. Sua prece fora ouvida e atendida. Por isso, emocionado, ali mesmo, pronunciou a segunda prece de sua vida: a prece da gratidão.

* * *

A oração deveria fazer parte de nossa vida.

Orar jamais deveria ser nosso último recurso, mas o primeiro a ser buscado.

A prece movimenta profundas forças que concorrem para reverter quadros enfermiços, enquanto alimenta com novo vigor a esperança e restabelece o bom ânimo.



ESPECIAL:
Redação do Momento Espírita com base no artigo Minha única prece, publicado na Revista Seleções Reader´s Digest, de junho/1998.



15 de outubro de 2010

OLHAI O TEMPO







OLHAI O TEMPO






As flores
o mar, o infinito
guardarão o meu próprio
grito: TE AMO.
É tudo que tenho
raiz, caule
e o fruto que arde
no rio, na pedra
no fogo - íntegro amor.

olhai o tempo que de
velho se escama obstinadamente.

e que somente
o amor perdure.


ALBERT ARAÚJO
15-10-10
site oficial:
www.albertaraujo.recantodasletras.com.br

Ei Flor - GENÉSIO TOCANTINS_vfb.2010.WMV

4 de outubro de 2010

EXTREMO






EXTREMO



Guardei
os olhos e bocas
do domingo de outubro
em que pude levar o sorriso nos braços


manhã,
um repentino cavalo
e o casaco se desgarrou
depois me achou.

rastros,
e o pássaro
também é peixe.

vesti o chão
que Deus me deu.

e em direção ao sol
a palavra exata
acertou-me o coração.



ALBERT ARAÚJO
04-10-10

PRESENÇA




PRESENÇA




Poder sentir

A presença de Deus
No amor, e nos obstáculos.

Poder ver

Cada criança

Que chega ao mundo.


Poder sentir

O coração encurralado

Entre quatro paredes.


Poder ver

A memória do telefone

Quando outro, quando a voz

Seja fósforo.


Poder ver

O poema morder

O próprio dente.


Poder ganhar
Um amigo, nunca

Ofendê-lo.




POR ALBERT ARAÚJO

04-10-10

SITE OFICIAL:www.albertaraujo.recantodasletras.com.br

1 de outubro de 2010

AGINDO COM BOM SENSO




Como você costuma buscar a solução para os problemas que surgem na sua vida?

Talvez esta pergunta pareça tola, mas o assunto é de extrema importância quando desejamos corrigir o passo e evitar novos tropeços.

O que geralmente acontece, quando desejamos resolver algum problema, é fazer exatamente o caminho mais difícil.

No entanto, como o sucesso da ação depende do meio utilizado ou da estratégia criada para a solução, vale a pena pensar um pouco sobre nossa forma de agir.

Por vezes, nos movimentamos freneticamente para um lado e para o outro, e esquecemos de que movimentos desordenados não nos levarão a lugar nenhum.

Movimentar-se nem sempre significa agir com discernimento.

Comumente confundimos a urgência com a pressa, e atropelamos as coisas.

A situação pode exigir atitudes urgentes, o que não significa apressadas.

Quando agimos apressadamente, sem fazer uso da razão, é mais fácil o equívoco. Quando agimos sob o domínio da emoção, o resultado é quase sempre desastroso.

A emoção não é boa conselheira, quando se trata de resolver questões urgentes.

Um exemplo pode tornar mais fácil a nossa compreensão.

Se uma cobra venenosa nos morde e inocula seu veneno em nosso corpo, o que fazer?

Uns saem correndo atrás da víbora para matá-la, e acabar de vez com o problema, numa atitude insana de vingança.

Seria essa a decisão acertada?

A movimentação só faria o veneno se espalhar rapidamente pela corrente sanguínea, piorando as coisas.

No entanto, a ação mais eficaz seria buscar ajuda o mais breve possível, para evitar danos maiores.

Mas nem sempre a ira nos permite agir sensatamente.

Se uma pessoa nos ofende ou nos contraria frontalmente, geralmente revidamos ou mantemos o efeito do veneno durante dias, meses ou anos...

Ressentimento quer dizer sentir e voltar a sentir muitas vezes.

Quando isso acontece, a mágoa vai se tornando cada vez mais viva e mais intensa.

A ação mais acertada, neste caso, não seria tratar de eliminar o veneno de nossa intimidade?

Para tomar decisões lúcidas, é preciso fazer uso da razão, e não se deixar levar pela emoção.

Quando a emoção governa nossas ações, geralmente o arrependimento surge logo em seguida.

Assim sendo, é importante pensar bem antes de agir para evitar que, em vez de solucionar os problemas, os compliquemos ainda mais.

Se, num momento crítico, a emoção nos tomar de assalto, é melhor sair de cena por alguns instantes, ou deixar que os ânimos se acalmem, antes de qualquer atitude.

Quando agimos com calma, fazendo uso da razão, é mais fácil encontrar soluções definitivas, em vez de piorar as coisas.

* * *

Lembre-se de que, em vez de correr atrás da cobra que nos mordeu, é mais racional buscar a solução do problema.

Quando você estiver às voltas com um problema qualquer, lembre-se de que a solução ou a complicação dependerá da sua ação.

Por isso, busque tomar a decisão mais favorável à resolução.

Lembre-se, ainda, de que a pressa nem sempre é boa conselheira e procure agir com sabedoria, que é sinal de bom senso.


ESPECIAL: Redação do Momento Espírita