21 de outubro de 2009

VELHOS AMIGOS

VELHOS AMIGOS


Conserve os velhos amigos
Este você conhece os defeitos
E todas as suas qualidades
Os novos que defeitos têm?
Quanto melhor você conhece alguém
Mais amigo você é, e mais fácil fica
De você lidar com eleE ele com você...
Velhos amigos conhecem
Cada um dos teus olhares
Conhece o teu jeito
De andar e de falar...
É semelhante ao ditado dos pássaros
Mais vale um velho amigo
Dentro do seu coração
Que muitos novos disponíveis à mão..


.(*)Mário Feijó21.10.09

PARA QUE NOS SINTAMOS UM POUCO MAIS HUMANO!








Resposta do cacique Seattle ao Presidente Americano F. Pierce, que tentava comprar as suas terras. Um exemplo sublime de consciência Holística e Ecológica. Uma denúncia à ganância do homem branco, cioso de seu intelecto. Um grito contra a injustiça dos que pensam ter o direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos. Um apelo ao humanismo:
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao [seu próprio] mau cheiro. (...)
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós a decidirmos aceitar, imporei uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.
Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Disto sabemos: todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu a teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos (e o homem branco poderá vir a descobrir um dia): Deus é um Só, qualquer que seja o nome que lhe dêem. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o inicio da sobrevivência. Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa Idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los.
Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho... Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja, prossegue seu caminho. Deixa para traz os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa... Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. Eu não sei... nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmuro do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros."






Fonte: EDUCAÇÃO AMBIENTAL - Princípios e Práticas, de Genebaldo Freire Dias, GAIA 1993

11 de outubro de 2009

RIO PARNAIBA PEDE AJUDA - TRADUZIDO






RIO PARNAIBA PEDE AJUDA... (Velho monge)
Nasço distante, Entre rochedos e matagais. Tenho pressa, tenho que correr... Preciso dar de comer a quem tem fome! Preciso dar de beber a quem tem sede! Sei a hora de chegar! Sou moço bom, em mim tu podes navegar. Tenho nome, Identidade, Tenho até apelido, na intimidade. Tantas e tantas vezes eu choro Quando em mim tu te afogas, Pois quisera nesse momento Ter cabelo de Sansão Para te segurar. De mim terás comida, Água boa, Podem até se banhar, Não podes dormir em meu peito Pois é muito profundo o meu leito. No entanto, sou tão indefeso! Os covardes, Depositam em mim suas imundícies, Dejetos... Todo tipo de lixo! Por isso estou eu doente, Tenho uma dor no peito... Quero ainda ver o teu filho crescer, O teu neto nascer E compartilharem comigo um sorriso, Um abraço forte e sincero. Por favor, me ajudem a viver! Não quero morrer!...
ALBERT ARAÚJO
Luzilândia – PI – fev/2007

Italiano

RIO PARNAIBA CHIEDE IL SUSSIDIO… (Vecchio monge)
Sono distante sopportato, Fra i rochedos e le masse di erbacce. Ho rapidità, io ho quello da funzionare… Necessario dare per mangiare a chi la fame! Necessario dare alla bevanda a chi le sedi! Conosco l'ora per arrivare! Sono buono giovane, in me voi baccelli da navigare. Ho nome, Identità, Ho fino al nickname, nella segretezza. Tanto ed altretante volte grido Quando in me siete annegati, Di conseguenza desidera a questo momento Per avere capelli di Sansão Per tenerli. Di me mangerete l'alimento, Buona acqua, latta fino a se bagnandosi, Baccelli da non dormire nella mia cassa Di conseguenza la mia base del flusso è molto profonda. Tuttavia, sono così defenseless! I vigliacchi, Depositano in me i relativi imundícies, Dejections… Tutto il tipo di immondizia! Di conseguenza sono ammalato, Ho un dolore nella cassa… Ancora desidero vedere il vostro figlio per svilupparmi, Il vostro nipote da sopportare E alla parte con me un sorriso, Uno abbraccio forte sincero e. Prego, lo aiutano a vivere! Non desidero morire! …
ALBERT ARAÚJO
Luzilândia - pi - fev/2007


Inglês


RIO PARNAIBA ASKS FOR AID… (Old monge)
I am born distant, Between rochedos and masses of weeds. I have haste, I have that to run… Necessary to give to eat to who it has hunger! Necessary to give to drink to who it has headquarters! I know the hour to arrive! I am young good, in me you pods to sail. I have name, Identity, I have until nickname, in the privacy. As much and as many times I cry When in me you are drowned, Therefore it wants at this moment To have hair of Sansão To hold you. Of me you will have food, Good water, They can until if bathing, Pods not to sleep in my chest Therefore my stream bed is very deep. However, I am so defenseless! The cowards, They deposit in me its imundícies, Dejections… All type of garbage! Therefore I am sick, I have a pain in the chest… I still want to see your son to grow, Your grandson to be born E to share with me a smile, One I hug sincere fort and. Please, they help me to live! I do not want to die! …
ALBERT ARAÚJO
Luzilândia - PI - fev/2007

Francês


RIO PARNAIBA DEMANDE AIDE… (Vieux moine)
Je né éloigné, Entre des rochers et des brousses. J'ai de la rapidité, ai qu'il courra… Précis donner de manger qui il a faim ! Précis donner de boire qui il a siège ! Je sais l'heure d'arriver ! Je suis jeune bon, dans moi tu peus naviguer. J'ai nom, Identité, J'ai jusqu'à nom, dans l'intimité. Tant et autant fois je pleures Quand dans moi tu te noies, Donc il a voulu au ce moment Avoir des cheveux de Sansão Pour que te tiennent. De moi tu auras de la nourriture, Eau bonne, Ils peuvent même se baigner, Tu ne peus pas dormir dans ma poitrine Donc est très profond mon lit. Néanmoins, je suis aussi désarmé ! Les lâches, Ils déposent dans moi leurs imundícies, Déjections… Tout type de déchets ! Donc je suis malade, J'ai une douleur dans la poitrine… Je veux encore voir ton fils grandir, Ton petit-fils né Et partager avec moi un sourire, Une accolade forte et sincère. S'il vous plaît, ils aident vivre ! Je ne veux pas mourir ! …
ALBERT ARAÚJO

Luzilândia - PI - fev/2007

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA POESIA NA ESCOLA

Importância do ensino da poesia na escola
Não se vê mais o ensino da poesia na escola. O professor de hoje não está buscando recursos e apoio para que os alunos tenham acesso a este conhecimento fascinante, porque não dizer, a esta bela arte que é a poesia. Esquecem que através deste tipo de atividade em sala de aula pode-se estar alimentando o hábito para a leitura.O universo da poesia é muito rico e encantador, e o professor é o mediador e o iniciador das crianças neste mundo maravilhoso da leitura. E sabemos que o trabalho com leitura deve ser lúdico, prazeroso e bastante agradável.Alguns educadores questionam: “ Ah, é difícil ensinar poesia na escola! Como devo fazer? Como iniciar? Como introduzir e como incentivar o estudo da poesia e criação de textos poéticos com os nossos alunos? Eu não entendo nada de poesia! E para escrever poesia não é necessário inspiração, dom?” Sim, em parte, mas eu diria, como muitos admiradores da poesia e poetas profissionais, que precisamos contar com os conhecimentos poéticos, como também com um pouco de inspiração e outro pouco de transpiração! O que vimos são questões levantadas por nossos colegas que não se sentem capacitados para este tipo de trabalho com os alunos em sala de aula. Acredito que não há regra ou uma fórmula pronta para escrever o que sentimos, e poesia é puro sentimento, é usar a sensibilidade para colocar através dos poemas de forma poética o que acontece em nosso dia-a-dia, injustiças, a paixão, a perda, a ilusão, a morte, a esperança, o amor, enfim, imaginação e graça.Mas é possível, sim, ensinar poesia na escola; só é necessário que o professor se interesse e queira trabalhar o novo com empenho e dedicação em prol do aluno; assumir esse desafio para melhorar sua prática pedagógica. É muito importante e interessante, pois além de incentivar a leitura, leva o mesmo a mergulhar nesse mundo maravilhoso do poema, como forma de se expressar, reivindicar, falar ao mundo do mundo ou do seu próprio mundo.O professor necessita de novas ferramentas, precisa trabalhar este tema com cuidado para que possa encontrar subsídios de como passar esse conhecimento para os alunos, de como encantá-los sem desanimá-los. Mas tudo depende da criatividade do professor com boa dose de capacitação no tema abordado.Eu poderia até dar algumas dicas aos interessados, com um pouco de ousadia: por que não começar brincando com as palavras? Interessante, como também usar a seqüência didática, pois é uma técnica viável e acessível a todos. É necessário realizar muitas atividades com os alunos; ler muitos livros, utilizar pesquisas, descobrir coisas novas, como também sair das quatro paredes da sala de aula e ir ao campo ou pátio, sentir a natureza, quem sabe isso ajudará a incentivar os alunos ao mundo da poesia, porque - de repente - eles se sentem inspirados, contagiados e motivados a verem com outros olhos aquilo que sempre viram e que nunca perceberam o quanto é belo e encantador!A partir daí, os alunos poderão dar início as suas produções que deverão ser examinadas e avaliadas com cautela e valorização, podendo o professor utilizar de várias técnicas para este fim, como permitir que sejam lidas em sala, corrigidas pelo professor e pelos próprios alunos, pois ao ensinar aos alunos a revisarem e aperfeiçoarem seus textos, o professor estará auxiliando-os a criarem o hábito de serem leitores de si mesmos, e daí para frente, quem sabe, publicar e expor suas produções em jornais da escola, do bairro ou da cidade, murais, literatura de cordel, na internet – blogs, etc. Assim, eles perceberão a importância do seu trabalho e se sentirão compensados.Como vimos, qualquer pessoa pode produzir poemas com seus encantos poéticos, sem necessariamente se prender a rima, musicalidade, sílabas contadas, etc. e tal, pois sabemos que isto é motivo suficiente para que os professores não queiram introduzir o ensino da poesia na escola.Escrever com o coração é desafiar a própria razão! Todos nós podemos produzir poemas belíssimos, é claro que não podemos esquecer que há pessoas que já nascem com esse dom, mas podemos trabalhar, exercitar, basta querer, sentir vontade e coragem, afinal, a poesia lida com o que é de humano, é uma comunicação especial, própria de cada um, com seus encantos e desencantos, mas belos e profundos.Então, caros colegas professores, perceberam como é importante o ensino da poesia na escola?
Profª Emiliana Maria de Sousa Teixeira é pedagoga, especialista em Metodologia do Ensino.
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