31 de março de 2015

ELE, O SANTO TEXTO DO ESCRITOR E ACADÊMICO GILSON ROLIM. CONFIRA AQUI NO ALBERTO ARAÚJO & AMIGOS.

ELE, O SANTO


Embarco no tempo,
estou em Belém
e vejo o menino
Jesus que já vem.
O berço é modesto,
forrado de palha
tal qual no presépio,
mas Deus agasalha.

Sou anjo invisível
e tudo acompanho,
me junto aos pastores
seguindo o rebanho.
A estrela brilhante
os magos seguiram.
Olhando pro céu,
Jesus eles viram.



A virgem Maria
e o pai São José
nos olhos revelam
em Deus toda fé.
Fugindo de Herodes

ao cerco escaparam.
Pro Egito eles fogem,
cansados chegaram.



Os anos passaram,
já é carpinteiro
e lá no Jordão
se faz mensageiro.
Batista batiza
o novo profeta;
o filho de Deus,
figura discreta.



Deixou Nazaré,
então foi pregar.
Caminhos difíceis
foi ele enfrentar.
Palavaras sinceras
ao povo dizia.
“Um santo”, gritavam,
milagres fazia.



Nas ruas e casas,
em todos espaços,
na busca de Deus
seguiram seus passos.
A todos pregava
o amor mais profundo,
dizia “meu reino”
não é deste mundo.



Os donos da terra,
judeus e romanos
de nada gostaram,
causava-lhes danos.



Assim foi que um dia
na cruz foi pregado.
“O filho de Deus
pra nós é culpado”.

 

Nem todos do povo
por ele choraram,
alguns até pedra
no santo jogaram.
Mas Ele era o santo
que vinha da Luz,
voltou para a glória
o nosso Jesus.



De volta ao agora,
Seu rosto contemplo
− o filho de Deus,
meu guia e exemplo.
Não ando na sombra,
eu ando na luz.
Eu sigo na trilha
do homem Jesus.




Gilson Rangel Rolim – Escritor, poeta, contador, acadêmico. Nasceu em 13 de abril de 1929, na cidade de Mimoso do Sul - ES, filho de Lauro de Azevedo Rolim e Maria Izabel Rangel Rolim. Deixou a cidade natal aos dois anos, seguindo para a localidade de Chave de Santa Maria, no município de Campos.

Em 1934 veio para Niterói, onde permaneceu até 1939. De janeiro de 1940 a agosto de 1943 residiu em Macaé, período marcante de sua vida: a pré-adolescência. Deixando Macaé, por falecimento de sua mãe, retornou a Niterói. Cursava o terceiro ano ginasial no Ginásio Municipal de Macaé quando da mudança. Já na antiga capital fluminense, completou o ginasial no Colégio Plínio Leite. Em 1945, as circunstâncias levaram-no a trabalhar de dia e estudar à noite; mudou-se, então, para o Rio, capital federal na época. Após três anos na Academia de Comércio do Rio de Janeiro (Cândido Mendes), obteve o grau de Contador, equivalente, hoje, ao de Ciências Contábeis. Em setembro de 1947 voltou a residir em Niterói, permanecendo até hoje.

Vida Literária

Em 1954, no Diário do Povo, escreve as primeiras crônicas de cinema; foram, apenas, alguns meses. Em setembro de 1961, a convite de Carlos Couto, passa a colaborar com o semanário  PRAIA GRANDE EM REVISTA, como crítico cinematográfico, atividade que manteve durante o pouco mais de um ano que teve o PGR. Em 1965 escreveu o poema O GRITO o qual, devidamente traduzido para o Inglês, foi enviado ao Pastor Martin Luther King Junior. Em carta pessoal, que o autor guarda com carinho, o grande líder agradeceu essa colaboração a sua luta. Em 1966 e 1967 teve seus primeiros poemas publicados em O Fluminense, na seção Prosa & Verso, então sob a direção de Sávio Soares de Sousa.

Em 1968, é selecionado para a final do Festival Fluminense da Canção (O Brasil Canta no Rio), transmitido pela TV Excelsior, com a canção Eu Andei Pelo Mundo, musicada por Frederico Leite Pereira; o resultado final deu-lhe o oitavo lugar entre as trinta e seis finalistas. Seus trabalhos literários vão sendo guardados até que, em 1988, sob o patrocínio da empresa NITRIFLEX, tem publicado o livro: ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA, que teve boa receptividade entre os críticos de nossa cidade. Depois desse, e até que viesse a publicar O TEMPO NEM ME VIU PASSAR, em 2004, publicou artesanalmente com divulgação em âmbito restrito, os seguintes livros:

Mais ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA Talvez (1991), PROSA, VERSOS & ETC (1997), Um Pouco Mais de PROSA, VERSOS & ETC (1999) e CONTOS, VERSOS & OUTROS ESCRITOS (2002). Em 2005, lançou o livro REVIVENDO MEUS PASSOS (Retalhos de Memória). Em maio de 2006, lançou o livro DOIS MOMENTOS, de prosa e versos, com prefácios de Sávio Soares de Sousa para os versos, e de Antonio Soares para a prosa. Fez acompanhar este livro de uma coletânea de versos que intitulou VERSOS A GRANEL.

Ainda em 2006, escreveu uma sinopse do famoso romance de José Cândido de Caravalho, O Coronel e o lobisomem. Em 2008, publicou UM SIMPLES CURSO D’ÁGUA, em 2009, ESTAÇÃO OITENTA e, em 2010, NA POEIRA DO TEMPO, e lançou recentemente o livro “Puxando Conversa”.

Além de trabalhos literários, escreveu um pequeno livro profissional intitulado ELEMENTOS BÁSICOS DE CONTABILIDADE PARA PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS. É acadêmico titular da Academia Niteroiense de Letras, desde a posse em 12 de setembro de 2004. É também membro da Academia Brasileira de Literatura desde 2008. Paralelamente a essa atividade literária, e intimamente ligada a ela, produziu composições musicais de caráter popular (letra e música), em alguns casos em parceria com seu professor, o consagrado e saudoso músico Sylvio Vianna, seu amigo e professor. Em 2006, fez palestra sobre o Centro de Niterói, dentro do VIII Curso de História de Niterói, do IHGN. Muitos de seus trabalhos têm sido publicados no jornal UNIDADE, do qual é assíduo colaborador.



Escreva para o autor, comente ou envie seu comentário para o escritor Gilson Rangel Rolim.

Contato:


23 de março de 2015

CONVITE PARA EXPOSIÇÃO DE LIVROS NA LOJA DE VINHOS GRAND CRU EM NITERÓI - UM AGRADÁVEL ESPAÇO PARA A CULTURA. CONFIRA.




OLÁ, FOCULISTA VOCÊ CONHECE A LOJA DE VINHO GRAND CRU

GRAND CRU - guarde bem esse nome!

Para você que ainda não sabe!  Trata-se de uma casa especialista em vinhos, atualmente conta com mais de 30 lojas espalhadas pelo Brasil e recentemente abriu uma de suas lojas em Niterói e mais, uma excelente novidade para completar este anunciado, ela apoia também a cultura niteroiense.

Desde o dia 09 de março que se iniciou uma nova atração para você que aprecia eventos harmonizados dando ênfase à cultura, nos quais nesses acontecimentos se apresentam a arte em geral.
A GRAND CRU, uma das maiores importadoras de vinho e espumante do Brasil, abriu sua loja, em Icaraí – Niterói. São três andares com direito a uma adega climatizada 24 horas com 15 mil garrafas, de 1.200 rótulos diferentes, 900 deles exclusivos.

O estabelecimento proporciona semanalmente uma degustação gratuita e, quinzenalmente, uma paga.
A Grand Cru no Brasil tem foco em vinhos argentinos, além de grandes Chateaux de Bordeaux e vinícolas do Velho e Novo Mundo que mantém em seu catálogo.

Grand Cru Niterói
Rua Castilho França, 36
Icaraí - Niterói RJ
CEP: 24220-010
Tel.: (21) 3674-3232 |



Aproveitando esta deixa faço-lhe um CONVITE.

Este editor Alberto Araújo e o historiador Robert Preis, sob a curadoria de Paulo Roberto Cecchetti, seremos os expositores de hoje dia 23 de março, acontecimento onde exporemos os nossos trabalhos literários. 

Na ocasião acontecerá também  uma apresentação de Jazz.

Portanto: É Hoje dia 23 de março a partir de 19 horas.

E você foculista! Sinta-se convidado para esta apresentação cultural.

Vamos lá!!!









20 de março de 2015

A FELICIDADE E SEU VOO ALADO DE ALBERTO ARAÚJO. EM COMEMORAÇÃO AO DIA DA FELICIDADE.


(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO FILME)










Ou no Canal You Tube.

A FELICIDADE E SEU VOAR ALADO...



                         A felicidade pode ser veloz!                         
Mas pode descansar na areia
bem perto da tua janela.
Basta saber em qual
pedra ela pediu abrigo...

Ela é alada e livre...
Tal qual pássaro
na fímbria do horizonte.

                              Então, o que esperar?                                 
Invoca o teu coração
a procurá-la.
Pelos espaços, montanhas
e desertos.
Ou dentro de ti mesmo!

Ainda há tempo
de beijar o colibri.

Não fiques parado!
O sol nasce todo dia.

E a felicidade...
Pode escapar-te por entre
as águas do tempo...





By ©  Alberto Araújo
poeta e escritor





POSTADO NO RECANTO DAS LETRAS.




17 de março de 2015

OSWALDO MONTENEGRO - A PORTA DA ALEGRIA - VÍDEO DE LANÇAMENTO DO MAIS NOVO CD. ASSISTA.


(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO VÍDEO)


Ou clicar no link para assistir ao Canal You Tube.

Oswaldo Montenegro - compositor


Oswaldo Viveiros Montenegro nasceu em 15 de março de 1956, no Grajaú, Rio de Janeiro, filho mais velho de quatro irmãos. Sempre adorou ler e devorava coleções de Júlio Verne, Monteiro Lobato, Malba Tahan.

Aos 7 anos mudou-se para São João Del Rey, Minas Gerais, onde passou boa parte da infância. O espírito seresteiro de Minas influenciou toda a vida de Oswaldo. À noite, pulava a janela de casa para acompanhar amigos de seu pai em serestas noturnas para namoradas. Apaixonado por essa música tão viva e presente em seu dia a dia começou, aos 8 anos, a estudar violão com um desses seresteiros e compôs sua primeira canção, "Lenheiro", nome do rio que corta a cidade.

Aos 13 anos, já de volta ao Rio de Janeiro, venceu seu primeiro festival, com a "Canção Pra Ninar Irmã Pequena", música que mais tarde gravaria na trilha do vídeo "O Vale Encantado", com o título "Canção Pra Ninar Gente Pequena”. Em 1971, mudou-se com a família para Brasília, cidade que viria a adotar e que é tema constante em sua obra. Foi nessa cidade que Oswaldo conheceu e manteve estreito contato com a família Prista Tavares, da qual fazia parte o Maestro Otávio Maul. Essa foi uma influência decisiva. Através deles, entra em contato com a música erudita. Apaixonado, assiste a concertos, conhece obras, passa noites conversando, se interessa pela técnica e teoria musicais. Estuda muito sozinho, lendo sem parar obras que caem em suas mãos sobre Música, História da Música, grandes compositores.

Aos 14 anos, ainda em Brasília, começou a participar com freqüência dos festivais da cidade. Conhece, então, amigos e parceiros que o acompanhariam pela vida a fora como José Alexandre, Raimundo Marques, Ulysses Machado, Madalena Salles. Começa a fazer shows e a escrever arranjos para suas músicas.

Em 1972 teve a música "Automóvel" classificada no último Festival Internacional da Canção, da Globo. Apresenta-se, assim, pela primeira vez, num festival de vulto nacional. Chegou a cursar duas Faculdades, Comunicação e Música, ambas incompletas.

Em 1974, em parceira com o amigo de infância e parceiro Mongol, escreveu sua primeira peça musical, "João sem Nome", encenada em 1975, no Teatro Martins Pena, de Brasília. Em 1976, o espetáculo é reencenado, dirigido dessa vez por Hugo Rodas, coreógrafo uruguaio que viria a ter grande influência no trabalho de teatro de Oswaldo. Essa segunda montagem é apresentada no Rio de Janeiro, onde é assistida pelo renomado crítico de teatro Yan Mishalsky, que compara o grupo aos antigos menestréis que, na Idade Média, sobre uma carroça, corriam de cidade em cidade, apenas com seus instrumentos, suas vestes e sua voz, para contar e cantar histórias para platéias, nas praças. Mishalsky chama o grupo de "Os Novos Menestréis", título que acompanharia Oswaldo por muito tempo.

Em 1975, assinou seu 1º contrato com uma gravadora - a Som Livre - lançando seu primeiro compacto, "Sem Mandamentos".

Em 1976, a convite de Hermínio Belo de Carvalho, Oswaldo fez, ao lado de Marlui Miranda e Vital Lima, o 1º show de artistas desconhecidos da série "Seis e Meia", no Rio de Janeiro. Volta, então, a morar no Rio, onde continua a fazer shows quase que ininterruptos. Ainda encantado com o teatro, continua a escrever espetáculos musicais, paralelamente aos shows, passando agora a dirigi-los.

Em 1977, lançou seu primeiro LP, "Trilhas", independente, a convite e produzido por Frank Justo Acker.

No ano seguinte, foi convidado a gravar pela WEA seu 1º LP por uma gravadora - "Poeta Maldito, Moleque Vadio".




"Trilhas foi um disco que não podemos considerar exatamente um lançamento. Tínhamos 20 anos e estávamos em temporada no Teatro da Aliança Francesa da Tijuca, no Rio. O Franque Justo Arquer, que é técnico de som, colocou aquele gravador enorme e deixou rodando. Ficamos a madrugada toda tocando; eu, Madá, Amadeu Salles na clarineta, Alan no baixo acústico e Mongol no violão. O disco não teve nem mixagem, foi gravado direto. Foram feitas 300 cópias, vendidas num musical que estávamos fazendo. Infelizmente não existe a master disso e o disco absolutamente se perdeu. O Trilhas tem o poema Metade que mais tarde regravei no disco Ao Vivo.”

"Fui então, convidado a gravar pela WEA. Gravei Poeta Maldito.... Moleque Vadio. Produzido por Gastão Dalamoni, foi um disco que fizemos com orquestra, um disco com um certa tendência conservadora e muito MPB. Eu escrevi 3 ou 4 arranjos e Luis Cláudio Ramos escreveu os outros. A música mais conhecida deste disco foi Léo e Bia, porém a música que as pessoas mais pedem é Sem puder sem medo, que depois entrou em algumas peças minhas, mas que nunca regravei. Minha canção favorita deste disco é Quem Havia de Dizer. Tem também Fruta Orvalhada que eu gosto muito e regravei depois no álbum Branco. Poeta foi um disco que quase não vendeu, o que fez com que a gravadora pensasse em me dispensar. Foi até interessante, porque eu tinha composto Bandolins e inscrito e classificado a música no festival da extinta TV TUPI. Eu estava com a moral tão baixa na gravadora, que ganhei só metade de um compacto, ficando o outro lado com um compositor chamado João Boa Morte, que também havia sido classificado no festival."




Em 1979, estourou no festival da extinta TV Tupi, com a música "Bandolins", em 3º lugar. No ano seguinte, ganhou o 1º lugar no festival da Globo MPB-80 com "Agonia", de Mongol. A partir daí, faz excursões nacionais, toca em grandes teatros, entra na mídia. O patamar de Oswaldo muda. Ainda em 80, lança seu 2º disco pela WEA - "Oswaldo Montenegro", alcançando, com este, seu primeiro disco de ouro.

"O disco que veio a seguir, Oswaldo Montenegro, incluiu Bandolins. O disco que a maioria das pessoas identificam como sendo a minha cara, talvez por ter feito bastante sucesso. Não sei se sinto isso. Tem uma citação do Mário Quintana onde ele fala que "as pessoas pensam que são fases e na verdade são faces". Então, essa minha fase deste disco, foi e é identificada como minha verdadeira face. Não sei se é assim. Este disco tem uma coisa interessante: um lirismo agressivo. Esse lirismo é um dos lados do meu trabalho que mais provoca rejeição, ou seja, junto com o sucesso, veio também a rejeição. Minhas canções favoritas deste disco são Bandolins e Por Brilho; essa a que eu mais gosto de todas as minhas músicas.

Compus "Por Brilho" no dia em que eu me separei da Madá. Tínhamos 20 anos, nos separamos e nos tornamos grandes amigos; isso já faz mais de 20 anos." Diz o compositor.






    



12 de março de 2015

QUARESMA - O MEU CAMINHO PARA ESTA QUARESMA - TEXTO DE AUTOR DESCONHECIDO. CONFIRA.


(CLICAR NA IMAGEM PARA ASSISTIR AO FILME)






Ou clicar no link para acessá-lo no You Tube.






O MEU CAMINHO PARA ESTA QUARESMA…


Jejuarei de julgar os outros.
Descobrirei Cristo que vive neles.

Jejuarei de palavras que ferem.
Direi frases que curam.

Jejuarei do egoísmo.
Viverei na gratuidade.

Jejuarei da inquietude.
Procurarei viver com paciência.

 Jejuarei do pessimismo.
Encher-me-ei de esperança.

Jejuarei de preocupações.
Confiarei mais em Deus.

Jejuarei das queixas.
Darei graças a Deus pela minha vida.

Jejuarei da angústia.
Rezarei com mais frequência.

Jejuarei da amargura.
Praticarei o perdão.

Jejuarei da importância que dou a mim mesmo.
Serei compassivo com os outros.

 Jejuarei da preocupação com as minhas coisas.
Comprometer-me-ei com o anúncio do Reino.

 Jejuarei do pessimismo e desalento.
Encher-me-ei do entusiasmo da fé.

Jejuarei de tudo aquilo que me separa de Jesus.
Tentarei viver mais perto DELE.


Autor: Desconhecido.






Edição do filme:
ALBERTO ARAÚJO
FOCUS PORTAL CULTURAL
E-MAIL – a.alberto.sousa@bol.com.br

 Publicado no You Tube:







QUARESMA é a denominação da temporada de quarenta dias que precedem a principal comemoração da religião cristã: a Páscoa, a ressurreição de Jesus Cristo, que é festejada no domingo e feita desde o século IV.

A expressão Quaresma é oriunda do latim, quadragesima dies (quadragésimo dia). O adjetivo referente a este período é dito quaresmal ou, mais precioso, quadragésima.

Em diversas designações cristãs, o Ciclo Pascal abrange três tempos: preparação, celebração e prolongamento. A Quaresma insere-se no período de preparação.

Os serviços religiosos desse tempo intentam a preparação da comunidade de fiéis para a celebração da festa pascal, que celebra a ressurreição e a vitória de Cristo logo após os seus sofrimentos e morte, segundo narrados nos Evangelhos.

Esta preparação é feita através de jejum, abstinência de carne, mortificações, caridade e orações.



A QUARESMA começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos, anterior ao Domingo de Páscoa. Durante os quarenta dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos dedicam-se à reflexão, a conversão espiritual e se recolhem em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

Durante a Quaresma a Igreja veste seus ministros com vestimentas de cor roxa, que simboliza tristeza e dor. A quarta feira de cinzas é um dia usado para lembrar o fim da própria mortalidade. É costume serem realizadas missas onde os fiéis são marcados na testa com cinzas. Essa marca normalmente permanece na testa até o pôr do sol. Esse simbolismo faz parte da tradição demonstrada na Bíblia, onde vários personagens jogavam cinzas nas suas cabeças como prova de arrependimento.




Na Bíblia, o número quarenta é bastante reiterado, para representar períodos de 40 dias ou quarenta anos, que antecedem ou marcaram fatos importantes: 40 dias de dilúvio, quarenta dias de Moisés no Monte Sinai, 40 dias de Jesus no deserto antes de começar o seu ministério, 40 anos de peregrinação do povo de Israel, no deserto etc.


Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias e foi assim que surgiu a Quaresma.







FONTES:



11 de março de 2015

CURTINDO O ÓCIO - DO JORNALISTA JOSÉ AUGUSTO LOBO. CONFIRA.





CURTINDO O ÓCIO
  

Caros amigos enganam-se os que pensam que aposentado não faz nada, que está sempre de pernas para o ar ou deitado, deixando tempo passar. Observem que isto é regra e não exceção; olhem para os seus amigos e parentes aposentados, confirmem o que digo e comece a fazer parte desse contingente que muito trabalhou, pagou e continua pagando os impostos para o “desenvolvimento” do nosso Brasil. Ao se aposentar o “novo homem” é batizado com um novo e carinhoso nome: “Jaques”. Daí para frente ele está sempre a postos, e vai se especializando para desenvolver as mais variadas tarefas. Começa assim, já no seio de sua família, quando a esposa o chama: - Ei, ‘”já que” está sem fazer nada vai ali ao mercado e compra a cebola que acabou, ou vai ao banco pagar o condomínio que vence hoje, ou leva o nosso netinho para a escola, já está em cima da hora, ou veja a panela no fogo, tire a tampa e coloque um pouco de água, cuidado com o sofá, [...] e, o “já que” se transforma eternamente  em Jaques,  “carimbando” a nova identificação do  pobre aposentado que tinha enormes planos para descansar, pescar, viajar, passear, ouvir musicas, escrever, tocar seu instrumento favorito, ir ao cinema, enfim, gozar a vida tranquilamente [...] mas a família o envolve e  fala mais alto, felizmente. Repito, felizmente, pois quem hoje tem a família organizada e vive mais ou menos tranquilo deve dar graças a Deus. Eu faço parte desse pequeno rol, tão difícil hoje de se encontrar, pois todos somos assediados pela mídia em geral com as “maravilhas” do momento e a “venda” de “felicidades”, o que leva a união da família a se romper pouco a pouco, se cuidados não forem tomados a cada momento. Em maio próximo, ao lado da minha esposa, e tendo Deus como centro de nossas vidas, completaremos 50 anos de casados.

Mas o objetivo deste artigo é falar do ócio e não de família, muito embora ela continue presente em minha vida. Vou apenas trocar a palavra ócio por lazer.







Neste último fim de semana saímos de Niterói na sexta feira – eu a esposa e um grupo de amigos - rumo ao aprazível recanto chamado Conservatória, 6º Distrito de Valença (RJ), a 142 km do Rio de janeiro. A localidade, anteriormente Santo Antonio do Rio Bonito, está encravada na Serra do Rio Bonito com área de 240 Km2 fazendo divisa com MG e outras cidades do RJ. Famosa por suas serenatas, sempre conservada por seus habitantes – em torno de 4500, fixos - e por observadores de OVNIS, na serra da Beleza. Teve importância econômica no ciclo do café, no século passado. Tinha aproximadamente 100 fazendas de café que utilizavam para o escoamento do seu produto o caminho ferroviário que vinha de MG para o Rio de Janeiro. Em 1826, possuía 1400 índios aldeados na reserva, vivendo felizes no lugar onde seriam exterminados pelos desbravadores colonialistas [...] Os “Araris” eram, sem duvidas resultantes dos “Cororós” com os “Goitacáz” de Campos que os venceram em batalhas e os assimilaram [...] o povoado ao ser colonizado ganhou o nome de Santo Antonio   do Rio Bonito. Em 1998 conservatória comemorou 120 anos de Serenata.




Ops, por que estou falando tudo isto? Convido-os a irem a Wikipédia para conhecerem esse pedacinho do Brasil e, certamente ficarão apaixonados.




Mas, o nosso fim de semana foi maravilhoso. Sol aberto, calor intenso pela estrada e temperatura agradável no destino.

A vila nos apresenta construções centenárias em estilo colonial e ruas pavimentadas com pé-de-moleque. Tudo limpo, casinhas pintadas em branco e azul, Janelas envidraçadas, telhas canal (feitas nas coxas dos escravos, naquela época) com  cortinas, lojinhas vendendo produtos da região e peças de artesanato. O que mais chama a atenção do visitante é o tratamento amigável e acolhedor dos seus moradores, dos vendedores no comercio, do pessoal do hotel e dos músicos “seresteiros”. Ah, não tem mendigos nas ruas, mas tem também grande quantidade de cachorros soltos pela vila que são dóceis e acompanham os visitantes como que mostrando orgulhosamente o local em que vivem. São vira-latas legítimos, que entram e saem das lojas sem a menor cerimônia onde encontram o carinho dos comerciantes que os alimentam e fazem festa para os turistas. É comum ver nas calçadas pratos com ração e água para esses animais.

Um fato curioso que presenciamos foi na Igreja de Santo Antonio, durante a Missa no domingo. Um cachorro entrou e se postou a frente do altar. Entrou, subiu para o presbitério, deitou e ficou quietinho, de frente para o povo durante toda  a Missa. Quando a Missa terminou, ele se levantou e foi um dos últimos a deixar a Igreja, acompanhando o povo que saia. Não deu o mínimo trabalho. Fomos informados de que isto é comum.





Também a Missa nos chamou a atenção nos momentos oportunos da liturgia, com cânticos bem escolhidos apropriados mais para serestas ou serenatas, tocadas e cantadas por seresteiros, com o respeito que a liturgia exige.

Assim, amigos, foi um fim de semana maravilhoso no qual o nosso grupo se divertiu e se encantou com tudo o que viu e viveu. Como disse sol aberto, canto de pássaros, canário-da-terra (sicalis flaveola brasiliensis), bem-te-vis (pitangus sulphuratus), beija- flores diversos, caga-sebinho (phyllomyias fasciatus), sabiá-laranjeira (turdus rufiventres vieil), galos cantando o tempo todo, mormente durante a madrugada,  galinhas ciscando com seus pintinhos, lagos com gansos, patos e peixes pulando, goiabeiras (psidium guayava) carregadas, jabuticabeiras (myrciaria cauliflora), também carregadas,  carregadas e convidativas que muito nos alegrou ao comê-las, hortas bem cuidadas, apartamentos maravilhosos, comida farta e deliciosa, doces caseiros, licores, cachaça feita na cachaçaria do próprio hotel fazenda, piscinas fria e quente muito bem tratadas e limpas.  Cada apartamento tem uma plaquinha onde se lê o nome ou uma frase de uma musica de seresta. Na vila tudo é bem cuidado e respira e transpira música. Não tenho duvidas de que lá todos tocam um instrumento qualquer: violão, cavaquinho pandeiro, bandolim, etc. para manter a tradição do local.  Formam grupos de seresteiros com ótimos músicos e cantores animando os hóspedes nos salões do hotel. Muitos músicos tem casa na vila e em outras cidades, mas se reúnem frequentemente para manter a tradição das “serenatas”

Às 23 horas o hotel se transforma em local silencioso, quebrado apenas pelos galos que insistem em se manterem acordados, como que protestando e pedindo mais serenatas: quero musica, quero ouvir musica, quero ouvir, branca, conversas de botequim, lua branca, as pastorinhas, pedacinho do céu, flor do cerrado, brasileirinho, odeon, chorando calado, tico-tico no fubá, André de sapato novo, cor do pecado, brejeiro, flor amorosa, quero solos de violão de cavaquinho de bandolim...

Amanhece mais um dia e o sol saúda a todos com a sua luz maravilhosa, e a passarinhada formando como que  um grupo sinfônico ou em solo entoam musica que enlevam a todos. A natureza explode em alegria e convida a todos para passeios, diversões, comprinhas, musica, e momentos de silencio para contemplar toda beleza da Criação.

A nota desanimadora da viagem foi que na sexta e no sábado à noite chuviscou e não houve a serenata em forma de procissão pelas ruas. Ficamos no Salão do Hotel curtindo músicas com grupos de seresteiros e festa dos anos 60. Nada que nos entristecesse, pelo contrário a alegria permaneceu.





Obrigado Senhor pelo belo passeio, obrigado por esses dias de ótimo convívio,  obrigado por aquele pedaço de chão, parte da sua Criação, e pelo povo vossos filhos e nossos irmãos, que lá vivem, que nos receberam de forma acolhedora e simpática.

Paz e Bem!








Um pouco sobre Jornalista Lobo José.


José Augusto Lobo, conhecido profissionalmente como Lobo José. O niteroiense jornalista possui uma coluna no jornal Unidade há vários anos, tem uma ocupação humanitária brilhante é acólito eclesiástico na Paróquia de São Judas Tadeu de Icaraí - Niterói. Contato com o jornalista, escreva: lobojoseaugusto@gmail.com