28 de fevereiro de 2014

NÃO ME LEVE A MAL. HOJE É CARNAVAL... POR IZABEL TELLES. CONFIRA.


 
Não me leve a mal. Hoje é Carnaval... 

 Por Izabel Telles
 
 
 
Éramos bem jovens e dançávamos o Carnaval no salão de festas da nossa cidade do interior. No palco, uma animada orquestra tocava as músicas que falavam de risos, alegrias, palhaços, colombinas e pierrôs apaixonados.
O lança-perfume era liberado para os foliões e ainda tenho gravada a cena dos rapazes cheirando lenços empapados pelo anestésico.
Os pais ficavam sentados nas mesas esticando o pescoço para controlar as filhas. Os meninos "não precisavam de controle" e rodopiavam ao redor das garotas mais bonitas deixando as mais feias por conta do destino. Deve ser por isso que inventaram os bailes de máscaras para que as meninas mais feias não ficassem a ver navios, como era o meu caso.
Era um tempo inocente. Um tempo de romance, frio na barriga, telefones fixos que tocavam na hora do jantar e todas saíam correndo da mesa para atender rezando para que do outro lado da linha estivesse o seresteiro da noite anterior. É, havia serenatas onde homens apaixonados tocavam violão para suas pretendentes debaixo da janela…
As mulheres eram preparadas para o casamento. Sabiam cozinhar comidinhas deliciosas para antes ou depois do amor (como dizia Vinicius de Moraes). E, mesmo depois de fazer faculdade, de sair para o mercado de trabalho e serem bem sucedidas nesta tarefa, continuavam sabendo cozinhar, nem que fosse só no final de semana.
Depois vinham os filhos, as promoções nos empregos, a mudança de casa, de cidade, de país até. E as mulheres continuavam sabendo cozinhar.
Era raro a gente ouvir dizer que uma mulher tinha feito plástica. Entravam no hospital para emergências médicas ou para ter filhos. Tomar anestesia era um recurso extremo.
A gente sabia que o que cativava mesmo o sexo oposto era aquela beleza natural, um pouco de barriguinha, cabelos soltos sem chapinhas, formol, apliques, alongamentos artificiais. E, acima de tudo, era bom ter sempre por perto uma refeição deliciosa, preparada com amor e afeto. Havia um ditado que dizia “homens, a gente agarra pelo estômago”!
 A mulher modelo da brasileira era a Sonia Braga nos seus 18 anos: morena, bem feita de corpo, natural, cheirando à água do mar, emanando pétalas de rosas pelo sorriso branco de flor de laranjeira! A morena eternizada, por Jorge Amado: cravo e canela, Gabriela!
 
Antes de começar a imitar a mulher americana, a mulher brasileira tinha cara e corpo próprios. Seios não se compravam na farmácia e bumbum era feito de músculos e não de plástico.
A alegria vinha do fundo da alma, herança dos índios, dos negros, da mamãe África. Éramos felizes todos os dias do ano! A gente não comprava a felicidade em cartelas e com prazo de validade.
Êxtase era um sentimento que a gente nutria por nove meses e explodia quando o médico acolhia um novo filho chegando a este mundo!
Claro que havia a droga circulando por todo o planeta. O que não havia era a abertura que hoje há para se falar dela. Talvez por isso este assunto estivesse tão distante de nós.
Os tabus eram tantos que, recordo-me com precisão, quando alguém tinha câncer na família esta palavra não era pronunciada. A pessoa estava com CA.
Acredite se quiser, mas os procedimentos terapêuticos de um psiquiatra eram tão pouco conhecidos que havia um olhar de susto e medo quando alguém deixava escapar o segredo: um adolescente do bairro estava frequentando um psiquiatra... mas em outra cidade! É, a gente caminhou muito, muito mesmo!
Mas, lá no fundo, no fundo, sinto certa saudade dos tempos inocentes. Havia um mistério por vir, um desafio a ser compreendido, uma profunda esperança no futuro que adentrava um pouco a cada dia.
No silêncio da formalidade, na calada da noite, no intervalo entre um acorde e outro, pulsava uma curiosidade que nos impulsionava para o conhecimento.
Ele vinha impresso em livros, era passado através de apostilas, traduções, horas de conversas e atenção nas salas de aula. Que eram limpas, tinham cortinas brancas, carteiras envernizadas, professores excepcionais, capazes de motivar toda a turma, hábeis na magia de revelar o novo. Para os quais a gente levava todas as manhãs uma maçã vermelha. E dos quais recebíamos, ao longo de um largo tempo, um canudo azul.
Parece que me lembro de que, nesta ocasião, a gente usava uma fantasia. Acho que era uma beca e uma toga. A gente ia a bloco desfilar com este canudo depois de recebê-lo. Só não consigo me lembrar de quem confeccionava estas fantasias…
Mas sou antiga e minha memória não anda boa.
 Por favor, não me leve a mal. Hoje é carnaval

 
 
Izabel Telles é terapeuta holística e sensitiva formada pelo American Institute for Mental Imagery de Nova Iorque. Tem três livros publicados: "O outro lado da alma", pela Axis Mundi, "Feche os olhos e veja" e "O livro das transformações" pela Editora Agora.

FONTE:

PATERNIDADE TARDIA PODE LEVAR A DOENÇAS MENTAIS NOS FILHOS. CONFIRA.

Paternidade tardia pode levar a doenças mentais nos filhos

 

Estudo feito com mais de 2 milhões de pessoas associou maior idade do pai e risco elevado de problemas como autismo, TDAH e esquizofrenia nos filhos.

Paternidade tardia: TDAH, transtorno bipolar e autismo são alguns dos problemas associados aos filhos de homens que se tornaram pais mais velhos 
 
Paternidade tardia: TDAH, transtorno bipolar e autismo são alguns dos problemas associados aos filhos de homens que se tornaram pais quando mais velhos (Thinkstock).
         
Um importante estudo publicado em 2012 na revista Nature concluiu que, quanto maior a idade de um homem ao se tornar pai, mais elevadas são as chances de ele transmitir aos filhos mutações genéticas que podem desencadear doenças como o autismo e a esquizofrenia. Embora já existissem evidências sobre essa relação, a pesquisa foi inovadora pois foi realizada com base no sequenciamento do genoma dos participantes – pai, mãe e filho de 78 famílias da Islândia. Um novo trabalho divulgado nesta quarta-feira reforça as conclusões do estudo de 2012.
 
A nova pesquisa, porém, foi feita com um número muito maior de pessoas: todas aquelas que nasceram na Suécia entre 1973 e 2001 (2 615 081 indivíduos ao todo). A relação entre paternidade tardia e um maior risco de doenças nos filhos, portanto, ficou ainda mais convincente. O estudo, publicado no periódico Jama Psychiatry, foi feito na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e no Instituto Karolinska, na Suécia. As conclusões indicaram que a paternidade tardia pode aumentar o risco de o filho apresentar problemas como autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), esquizofrenia e transtorno bipolar.
 
 
Resultados — Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que os filhos de homens que se tornaram pais aos 45 anos, em comparação com os filhos de homens que se tornaram pais aos 24, tiveram uma chance 25 vezes maior de ter transtorno bipolar. Eles também foram 13 vezes mais propensos a ter TDAH; apresentaram um risco 3,5 mais elevado de ter autismo; tiveram o dobro do risco de ter um distúrbio psicótico, especialmente a esquizofrenia; e foram 2,5 vezes mais propensos a apresentar um comportamento suicida ou enfrentar problemas com abuso de drogas.
 
“Ficamos chocados com os resultados. As implicações da paternidade tardia (identificadas pelo estudo) foram muito maiores do que pesquisas anteriores haviam sugerido”, diz Brian D’Onofrio, professor do Departamento de Ciências Psicológicas e do Cérebro da Universidade de Indiana e coordenador do estudo. “As nossas conclusões não indicam, porém, que todas as crianças nascidas de pais mais velhos terão algum desses problemas, mas sim aumentam o corpo de evidências sobre a associação entre a paternidade tardia e o risco desses distúrbios”, diz.
 
De acordo com o pesquisador, uma das hipóteses que podem explicar o achado está no fato de o homem produzir novos espermatozoides durante toda a vida – ao contrário das mulheres, que já nascem com todos os óvulos que terão ao longo da vida. Com isso, cada nova produção do espermatozoide, realizada com o avanço da idade, tem um risco maior de carregar mutações genéticas.
Como prevenir a queda na qualidade do sêmen

Especialistas ouvidos pelo site de VEJA indicam hábitos saudáveis que, além de fazerem bem para a saúde de forma geral, ajudam a evitar danos à qualidade dos espermatozoides:

 
Reduzir o consumo de álcool
Parar de fumar
Evitar o stress
Dormir melhor
Alimentação balanceada
Atividade física
 
 
FONTE:
 

8 de fevereiro de 2014

IDOSOS OU VELHOS? LEIA ESTE SÁBIO ENSINAMENTO. CONFIRA.



 
IDOSOS OU VELHOS?
 
Você se considera uma pessoa idosa, ou velha? Acha que é a mesma coisa? Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:
Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica esporte, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
 
O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.
O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças.
Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.
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A vida, com suas fases de infância, juventude, madureza, é uma experiência constante.
Cada fase tem seu encanto, sua doçura, suas descobertas.
Sábio é aquele que desfruta de cada uma das fases em plenitude, extraindo dela o melhor.
 Somente assim, na soma das experiências e oportunidades, ao final dos seus anos guardará a jovialidade de um homem sábio.
 
  
 
FONTE:

6 de fevereiro de 2014

ESTUDO AFIRMA QUE CÉREBRO DE IDOSOS NÃO SOFRE DECLÍNIO COGNITIVO. CONFIRA.


 

O cérebro de pessoas mais velhas não fica fraco,
ele apenas sabe mais”, afirma autor do estudo.
 

Segundo os pesquisadores, esquecimentos ocorrem em virtude da maior quantidade de informação armazenada ao longo da vida, que leva mais tempo para ser processada.

Uma nova pesquisa realizada na Alemanha desafia a conhecida noção de que o cérebro humano sofre um declínio cognitivo com o passar dos anos. Segundo os autores, o que acontece é que uma pessoa idosa armazenou uma quantidade maior de informações ao longo da vida, e por isso o cérebro leva mais tempo para processá-las – mas a sua capacidade permanece igual.
O estudo, publicado no periódico Topics in Cognitive Science, critica os métodos de avaliação das habilidades cognitivas utilizados nas pesquisas atuais, que mostram a existência de um declínio na atividade cerebral. "O cérebro humano trabalha mais devagar na idade avançada, mas apenas porque nós armazenamos mais informação ao longo do tempo", afirma Michael Ramscar, pesquisador da Universidade de Tubinga, na Alemanha, e principal autor do estudo.
Vale uma comparação com computadores: assim como os humanos, esses sistemas são feitos para absorver certa quantidade de informação diariamente. Se os pesquisadores deixam um computador aprender apenas certa quantidade, ele funciona de forma semelhante ao cérebro de um jovem. Mas se o mesmo computador for exposto a uma quantidade e informações correspondendo àquela com a qual nos deparamos ao longo de uma vida, seu desempenho será como o de uma pessoa idosa. A capacidade do sistema não muda, mas uma quantidade maior de dados leva mais tempo para ser processada.
"Imagine uma pessoa que sabe de cor dois aniversários e sempre os lembra com perfeição. Você acha que essa pessoa tem uma memória melhor do que aquela que sabe os aniversários de 2 000 pessoas, mas acerta 'só' nove de dez tentativas?", questiona o pesquisador.
Sem esquecimento – Realizando testes com computadores, os cientistas perceberam que, para replicar os resultados obtidos com humanos mais velhos, era necessário manter a mesma capacidade de processamento, e acrescentar uma quantidade de palavras no banco de dados tão grande quanto um adulto aprende ao longo da vida. Para Ramscar, isso mostra que os conteúdos aprendidos não são esquecidos.
Os resultados também ajudam a explicar os problemas que pessoas mais velhas costumam ter em se lembrar dos nomes das pessoas. Segundo os autores, existe uma variedade muito maior de nomes atualmente do que há duas gerações. Essa mudança cultural aumenta a quantidade de nomes que uma pessoa aprende ao longo da vida, de forma que localizá-los na memória se torna mais difícil na idade avançada do que costumava ser – até mesmo para os computadores.
Os pesquisadores concluem que testes cognitivos diferentes são necessários para avaliar pessoas mais velhas, levando em consideração a natureza e a quantidade de informações que seu cérebro precisa processar. "O cérebro dos idosos não fica fraco. Pelo contrário, ele apenas sabe mais", afirma Ramscar.





CINCO DICAS PARA ESTIMULAR O CÉREBRO E MELHORAR A MEMÓRIA

 
 
 
Sono, meditação e alimentação estimulam a memória.
 
A imensa quantidade de informações com que somos obrigados a lidar todos os dias torna a nossa memória cada vez menos confiável. Para lidar com compromissos e tarefas, somos obrigados a fazer uso cada vez maior de ferramentas e softwares, mas alguns, como eu, insistem em abrir mão dessas ferramentas e preferem confiar somente na memória, o que pode ser perigoso (esse artigo, por exemplo, era para ter sido publicado ontem).
Mesmo assim, existem algumas formas de melhorar a performance dos neurônios, como ensina o site Cérebro Melhor (www.cerebromelhor.com.br) que é especializado em jogos online para treinamento cerebral. O site enumera cinco cuidados que contribuem para melhorar a memória.
1) Sono – O sono há tempos foi identificado por cientistas como o estado em que nossos corpos otimizam e consolidam novas informações adquiridas e as armazenam como memória. Um novo estudo na Nature Reviews Neuroscience fornece mais evidência de que um sono adequado é um ingrediente chave na melhora da memória.
2) Alimentação – É sabido que uma alimentação ruim afetará negativamente sua memória. Existem fortes evidências científicas que uma dieta rica em Omega-3, vitamina B e antioxidantes é importante para a saúde do cérebro.
3) Relaxamento – Desestressar e meditar são também maneiras cientificamente aceitas de melhorar sua memória. Num estudo muito divulgado sobre meditação, uma forte argumentação foi feita de que a prática diária da meditação engrossa as partes do córtex cerebral responsáveis pela tomada de decisão, atenção e memória.
4) Exercícios Físicos – Um estudo recente da Universidade da Pennsylvania sobre exercícios e memória descobriu que pessoas que praticavam rotineiramente exercícios com atenção mostraram melhorias mensuráveis em “desempenho cerebral”. Um dos autores do estudo relatou que “Memória de trabalho é uma característica importante do desempenho cerebral”. Não apenas protege contra distração e reações emocionais, mas também oferece um espaço mental para garantir decisões e planos de ação rápidos e raciocinados. Desenvolver desempenho cerebral por meio de um treinamento com atenção pode ajudar qualquer um que precise manter um desempenho de ponta face às circunstâncias extremamente estressantes.
5) Estímulo Cognitivo – Finalmente, não é nenhum segredo que participar regularmente de treinamento cerebral ajuda a melhorar a memória. Num estudo publicado pelo Dr. Bernard Croisile sobre jogos que estimulam o cérebro, os resultados dos usuários foram analisados após completarem 500 exercícios ao longo de 18 semanas. Na média, esses usuários melhoraram sua memória em 13,9%, com aprimoramento geral de 15,6% nas habilidades cognitivas.

 
FONTES: