21 de abril de 2013

ESTAMOS COM FOME DE AMOR... PELO JORNALISTA ARNALDO JABOR

 

Estamos com fome de amor...



(JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)



O que temos visto por ai ???. Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.
Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???                                  



Chegam sozinhas e saem sozinhas... Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos... Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.
 
 

E não é só sexo não!



Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida? Sexo se encontra nos  classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, 
mas apenas sexo! Estamos é com carência de passear de mãos dadas,


 dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, 


 
sem se preocuparem com as posições cabalísticas... Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega. Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção... Tornamos-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...



Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!" Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase                                 

 



etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...
 

 



 
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens  com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez  mais sozinhos...

Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário... Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
 






                                  


Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí?  Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado... "Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor... Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...


Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...

E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

 


Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele...  E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?" Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado... O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...



 
 



Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.


 



Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...




Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!



Para ler, divulgar e . . . praticar !
 
 
 
Arnaldo Jabor (Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 1940) é um cineasta, roteirista, diretor de cinema e TV, produtor cinematográfico, dramaturgo, crítico, jornalista e escritor brasileiro.
Carioca nascido em 1940, filho de um oficial da Aeronáutica e uma dona de casa,2 o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens.
Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa metragem foi o inovador documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.
No início dos anos 70, com o recrudescimento da repressão política e da censura, os antigos autores cinema novistas procuram caminhos metafóricos, alegóricos, para driblar a ação do governo e poder expor suas propostas. Jabor faz o mesmo com Pindorama (1970). Mas aqui o excesso de barroquismo e de radicalismo contra o cinema clássico comprometem a qualidade da obra, como o próprio Jabor admitiria mais tarde.
Seu próximo filme o redime completamente e se converte num dos grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro: Toda Nudez Será Castigada (1973), adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, possui um enfoque mais humano, mas ainda assim não poupa implacáveis críticas à hipocrisia da moral burguesa e de seus costumes, na história do envolvimento da prostituta Geni (Darlene Glória, no papel que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim) com o viúvo Herculano (Paulo Porto).
O filme seguinte, dessa vez adaptado de um romance de Nelson, é ainda mais forte nas suas investidas contra as deformidades comportamentais e sexuais da sociedade: O Casamento (1975), último filme da atriz Adriana Prieto, também foi bem recebido por crítica e público e rendeu a atriz Camila Amado o Kikito de ouro de melhor atriz coadjuvante. Com Tudo Bem (1978), inicia a chamada "Trilogia do Apartamento", talvez seu filme mais célebre que investiga, num tom de forte sátira e ironia, as contradições da sociedade brasileira já vitimada pelo fracasso do milagre econômico, isso no espaço restrito de um apartamento de classe média. A obra ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Brasília e proporcionou a Paulo Gracindo e Fernanda Montenegro, entre outros, grandes desempenhos.
A película seguinte se dedica mais a uma análise intimista e sexual: Eu Te Amo (1980), obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher.
 
O próximo filme, Eu Sei que Vou Te Amar, com os jovens Fernanda Torres (ganhadora do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes na ocasião) e Thales Pan Chacon na pele de um casal em crise, guarda semelhanças de forma e conteúdo com Eu Te Amo. Ambos os filmes se consagraram como grandes sucessos de bilheteria.
Na década de 1990, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a Rede Globo, no Jornal Nacional, Jornal da Globo e no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Fantástico e também para a Rádio CBN, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira. Seus dois últimos livros Amor É prosa, Sexo É poesia (Editora Objetiva, 2004) e Pornopolítica (Editora Objetiva, 2006) se tornaram best-sellers instantâneos.
Abordando os mais variados temas (cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito), suas intervenções "apimentadas" na televisão e em suas colunas lhe renderam admiradores e muitos críticos.

Diversos textos que circulam pela internet são falsamente assinados por Arnaldo Jabor. No dia 3 de novembro de 2009, o próprio autor escreveu uma coluna negando essas autorias e fazendo uma crítica sobre o assunto, reclamando que a era digital não era para ele.3 E no jornal O Sul, escreveu na sua coluna "A paranoia esta batendo", no dia 5 de outubro de 2011, dizendo que iPhones e outros aparelhos modernos lhe deixam com sentimento de solidão devido a escrever para uma pessoa e nem saber onde ela está.
 
Filmografia
1965 - O Circo (curta-metragem)
1967 - A Opinião Pública
1984 - Eu Sei que Vou Te Amar
1990 - Carnaval (curta-metragem)
2010 - Suprema Felicidade
 
 
 
Livros
Os canibais estão na sala de jantar (Editora Siciliano, 1993)
Sanduíches de Realidade (Editora Objetiva, 1997)
A invasão das Salsichas Gigantes (Editora Objetiva, 2001)
Amor É Prosa, Sexo É Poesia (Editora Objetiva, 2004)
Pornopolítica, (Editora Objetiva, 2006)
Eu Sei Que Vou Te Amar, (Editora Objetiva, 2007)
Amigos Ouvintes, (Editora Globo, 2009) - coletânea de comentários gravados para a Rádio CBN


 

DIVULGAÇÃO

12 de abril de 2013

AMOR ENTRE ANJOS - POESIA DO ATOR E ADVOGADO ANDRÉ SANTA ROSA

 
 
 
Amor Entre Anjos
 
 
Não, não há dor maior
Mas de lá
No lugar onde pousam os anjos
Em sua retirada da Terra,
A dor de cá
Se faz sentir mais forte
Tanto quanto seu sofrer
Não cessa de crescer
É preciso seguir
Crendo que um dia
Na curva do tempo que não se finda
O reencontro acontecerá.
Então, a dor, que parecia eterna,
Cessará de doer.
E o amor, saudoso, nestes dois corações,
Finalmente vai morar.
 
 
 
 
André Santa Rosa, ator e advogado
(para Júlio Cesar Tani)

 
 
 
 
Obrigado amigo André Santa Rosa...

ATÉ HOJE EU NÃO SEI... POR SÍLVIA TANI

 
 

Até hoje eu não sei...

 

Não sei como um ser humano pode resistir à perda de um filho. É antinatural, é cruel, é inexplicável. Quanto mais conheço gente que passou por isso, mais me dou conta da minha pequenez e do quanto é preciso ser realmente forte para, como dizia Drummond, ter “os ombros que suportam o mundo”. É o tipo de sofrimento impossível de ser disfarçado ou relativizado. É como me disse certa vez uma mãe que perdeu o filho com leucemia, “a dor de uma amputação. Você não tem mais aquela perna e aprenderá a caminhar sem ela. Mas a caminhada nunca mais será a mesma e, muitas vezes, o membro que não está lá vai latejar”. Ou então, como me disse uma mãe há um ano, num encontro que tivemos: “Quem perde o marido fica viúva, quem perde a mãe fica órfã, mas quem perde o filho fica o quê?”, me questionava ela, numa angústia que saltava aos olhos.  Não sei que nome se dá a essa dor! Não sei o quê fazer dela, o que apreender dessa experiência. O que tenho presenciado no convívio com pais e mães que perderam seus filhos é que essa é a maior prova de desapego à qual podemos ser submetidos. Desapego não apenas do ser gerado, amado e acalentado, mas de uma vida que terá de ser completamente reinventada.


A dureza da vida que se conhecia até então, as pequenezas que nos faziam sofrer, os sofrimentos que pareciam tão grandes e intransponíveis tornam-se todos, de repente, pequenos e irrisórios. Há que se aprender que o amor não se encontra mais do lado de fora, no semblante do filho querido, mas do lado de dentro, no coração onde ele estará para sempre guardado. É preciso coragem redobrada para entregar à vida o pedaço que ela nos tomou de volta. É necessário ter força extrema para enfrentar a falta mais dolorida que existe, aquela que Chico Buarque cantou nos versos: “Oh, pedaço de mim/ Oh, metade arrancada de mim/ Leva o vulto teu/ Que a saudade é o revés de um parto/ A saudade é arrumar o quarto/ Do filho que já morreu... ”   


 

Saudades de você, meu querido e eterno menino...


Sílvia Tani (Santa Rosa)

Niterói, 08/04/2013
 
                                                                
                                                 
 
Saudades de você, minha querida e eterna mãezinha...