27 de novembro de 2013

DE NOVO É NATAL! - TEXTO DO ESCRITOR E POETA PARAENSE ALBERTO COHEN. CONFIRA.

 
 
De novo é Natal !
 
 
 
 
É o Natal que vem chegando agora
com seu trenó, sorrisos e brinquedos.
Quanta gente feliz perdeu os medos...
Papai Noel mandou todos embora.
 
É, de novo, Natal e o ser humano
 persiste na aventura de presentes,
de mãos entrelaçadas, de olhos crentes
nas promessas de cada fim de ano.
  
 
É tempo de esquecer perdas e danos,
novamente sonhar e fazer planos
de um perpétuo Natal cheio de encantos.
 
São dias de não ver que infelizmente
existe neste mundo certa gente
a chorar Jingle Bells, sós, pelos cantos.
 
 
 
 
 
 
 
Alberto Cohen
 
 

26 de novembro de 2013

RIO DE JANEIRO - POESIA DO POETA E ACADÊMICO GENTIL MOREIRA SOUSA. CONFIRA.

 

 

 
 
RIO DE JANEIRO
 
Ligo a televisão
Ouço a minha língua falada
Sem sotaque sem enfeite
Que me fala ao coração.

É o fado da Severa
Que ouvia quando criança
Na TV a preto e branco
Que hoje meu coração espera.

Ainda hoje me emociono
Ao ver o programa "MEMORIA"
Onde revejo ARTUR AGOSTINHO
E de que meu coração é dono.

Saí pelo tempo!
Choro se ouço AMALIA,
Rio se vejo SANTANA
Assim minh’ alma alimento!!!
 
 
 
Gentil Moreira Souza   
Niterói - 25-11-13


17 de novembro de 2013

ESPERANÇA - SONETO DE ALBA HELENA CORRÊA - PARA EDUARDO TOLEDO E SUA ESPOSA. CONFIRA.



 

ESPERANÇA
 
 
Para Eduardo Toledo e esposa
 
 
Repare o olhar de quem tem esperança:
um brilho diferente dá-lhe vida,
reflete a luz que vem da confiança
de que a batalha não está perdida!
 
É certo: quem espera, sempre alcança
pois, com fervor, ao sonho dá guarida;
encontra forças, age, não descansa
até que a graça, um dia, é conseguida.
 
É a Esperança nobre companheira,
a mais fiel, a amiga derradeira,
quando se vai, não há mais salvação!
 
Virtude excelsa, bênção que enternece.
Aqui, contrita, eu deixo a minha prece:
faça morada no meu coração!

 
 
Alba Helena Corrêa
(Texto extraído do livro Sonetos Prateados & Dourados, pág. 76)
2º lugar ACLERJ (Academia de Letras do Rio de Janeiro – RJ, 2004)
Alba Helena Corrêa - Sonetista
 
 
Alba Helena Corrêa - Nasceu em Niterói em 11 de julho de 1932, é poetisa, sonetista, trovadora, cordelista, declamadora e contista, desde criança que escreve seus belíssimos textos.
 
Ingressou no mundo da poesia, escrevendo trovas. No Cordel, descobriu grande afinidade com seus irmãos nordestinos que são mestres nesse tipo de literatura.
 
Tem também um vasto conhecimento em sonetos alexandrinos, os quais se diz encantada pelo adentramento fantasioso que os geram. Poetisa por diversas vezes foi premiada.
 
Pós-graduada em Orientação Educacional na Faculdade Nacional de Filosofia (RJ), Mestre em Educação (Área de Métodos e Técnicas) na UFF (Niterói). Traz na bagagem incontáveis cursos de especialização.
 
Alba Helena - Participa de várias antologias nacionais e escreveu o livro: Sonetos Prateados & Dourados, publicado pela editora Nitpress e contém 104 páginas de totais encantamento poéticos. Vale a pena conferir este livro.



Alberto Araújo e Alba Helena Corrêa
Praça Getúlio Vargas - Escritores Ao Ar Livro
28-07-13
 
 
Contato com a autora:
 
 

O DOUTORAMENTO DO COELHO - FÁBULA DE NOSSOS TEMPOS... CONFIRA.

 

O DOUTORAMENTO DO COELHO
 
 
Era um dia lindo e ensolarado o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar.
No entanto, ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:
- Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?
- Estou redigindo a minha tese de doutoramento - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.
- Hummmm... E qual é o tema da sua tese?
- Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.
 
A raposa ficou indignada:
 
- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!
 - Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.
 O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois se ouvem alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio.
Em seguida, o coelho volta sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos de sua tese, como se nada tivesse acontecido.
 Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido.
 No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:
 - Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?
 - A Minha tese de doutoramento, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
 O lobo não se conteve e farfalha de risos com a petulância do coelho.
 - Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...
 - Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me à minha toca?
 O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte.
 Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois se ouvem uivos desesperados, ruídos de mastigação e ... silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido.
 Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos.
 Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.
 
MORAL DA HISTÓRIA:
 
1. Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;
2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico; 
3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar sua teoria;
4. Não importa nem mesmo se suas ideias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos...
5. O que importa é QUEM É O SEU PADRINHO.
 
 
 
 
(Recebido de Nicoleta Rebel por E-mail)