Nas páginas de um rio
Nas páginas de um rio
nasci, cresci - sobre as
eméritas e bentas mãos
do rei nordestino - eu vivi
rio longo e jocoso
que sacia a fome
e a sede do homem
que ali sobrevive
traz na própria sina
uma réstia, uma grande
goela, uma virtude
aflora-se essências
de juventude
beija toda a terra
do norte ao sul piauiense
e nasce nos contrafortes
da chapada Mangabeirense
:
mas existem
equívocos em ritmos propositais
que o destroem
algos insanos que os destoam
destroços desatentos
imundícies plenas
e a matéria por muito
não resistirá a viagem
Velho Monge
que tanto cuida
agora pede ajuda
queira
criar o poema
em absoluto desvario
mas da própria mão
que escreve o poema
salva este grande rio.
©by Albert Araújo
13-04-11
SALVEM O RIO PARNAIBA PARA FUTURO GARANTIDO
O RIO QUANDO NAS ENCHENTES
RIO PARNAIBA POLUIDO PELO HOMEM
DUNAS NO RIO PARNAIBA UMA DAS MAIS BELAS DO PLANETA
DUNAS NO RIO PARNAIBA UMA DAS MAIORES DAS AMÉRICAS
Um comentário:
Olá mestre Alberto Araújo. Lindíssimo poema voltado para o social. Um apelo, um alerta comovente. Um texto com a riqueza de quem sabe da importância do Velho Monge para a sobrevivência do homem nordestino. Este texto merece alçar voo e chegar até os ares do poder público para uma conscientização da necessidade de se tratar os bens naturais com melhor zelo dando a devida atenção. O rio Parnaíba não pode acabar.
O poeta assinala na sexta estrofe a necessidade que se deve atentar para o cuidado no trato, ou melhor, no relacionamento do homem com os bens oferecidos pela natureza para a sua própria sobrevivência. Concordo com o que vejo versado cuidadosamente na sétima estrofe, é verdade que o rio Parnaíba pede ajuda. Nas imagens aqui colocadas vemos a grande beleza que nos é oferecida gratuitamente e ainda assim o homem não consegue ser grato cuidando desse bem. Aplausos pelo belíssimo trabalho mestre. A cada dia aprendo mais contigo viu. Beijo grande no coração pensante.
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