As sucessivas administrações públicas de Luzilândia negligenciaram homenagear personalidades ilustres que contribuíram
substancialmente à constituição do tecido histórico luzilandense, negando-lhes os nomes a logradouros públicos
municipais.
Quando o fizeram, no geral, optaram por homenagear pessoas das próprias famílias e lideranças políticas ligadas ao
grupo dominante à época de batismo de tais logradouros, preterindo intelectuais, oposicionistas e membros de classes
populares.
Em momentos de rara inspiração - e iluminação, resolveram proceder de forma diferente. Vejamos alguns exemplos: 1- A
homenagem do então prefeito Santil (1963) ao ex-prefeito João José Filho dando-lhe o nome à praça central da cidade
(consideramos João José Filho o maior e melhor administrador luzilandense, pois foi o responsável pelo projeto de
reforma urbanística da cidade na sua primeira gestão (1947 a 1951), fez os primeiros calçamentos em ruas, projetou a
Praça Santa Luzia, o patamar, e a própria praça que leva seu nome, construiu os primeiros prédios públicos com
arquitetura diferente, lutou pela instalação da agência local do Banco do Brasil, dentre outras realizações). 2- A
homenagem do ex-prefeito Zé Marques quando deu o nome do antigo colégio CNEC à saudosa guerreira da educação
luzilandense, professora Mundica Pimentel. 3- A homenagem recente da prefeita Janaína às ilustres professoras Araci
Carvalho e Conceição Reis dando seus nomes ao centro de ação social e à biblioteca comunitária, respectivamente.
Também há que se ressaltar que existem homenagens em excesso para alguns ex-prefeitos, caso de Joca Marques
(nome de colégio, do edifício da câmara municipal e é até nome de município); Raimundo Marques (nome de conjunto
habitacional, de praça, de avenida e do estádio); e para datas, como o Sete de Setembro (nome de rua e de escola).
Ainda, há homenagens para desmerecedores delas, como é o caso de Domingos Marques (nome da principal avenida
da cidade que sempre viveu no antigo Mocambinho/Joca Marques- lá, sim, ele é merecedor; o ex-presidente Getúlio
Vargas (nome de avenida), que já é homenageado em demasia no país inteiro, etc.
Porém, onde estão as homenagens para personalidades como: João Bernardino Souto Vasconcelos (fundador do
Estreito); Nemésia Pires de Carvalho (primeira professora do Estreito); Mulato Carvalho (prefeito que mais tempo
governou o município); Doca Carvalho (comerciante); Capa Bode (funcionário da antiga usina de energia elétrica);
Nonato Vale (autor do Hino de Luzilândia); Gérson Carneiro ( sanitarista, pintor, dramaturgo e médico homeopata);
Jaime de Oliveira Lopes (ex-promotor da cidade que lutou acirradamente pela fundação do antigo Ginásio Luzilandense);
Vicente Sabóia de Meneses (ex-coletor municipal); Otílio Veras (Comerciante); Rui Uchôa e Valdir Rodrigues (poetas);
Antenor Carvalho (ex- diretor do antigo Ginásio Luzilandense); João Melo de Carvalho (tabelião); José Henrique Braga
(professor e ativista cultural); Ubiratan Meneses (ex-vereador e ex-secretário municipal); Yara Teles, Esmeralda Pinto,
Arlete Meneses –vivas- e Bernadete Leão -falecida (professoras); Plínio Oliveira, Antonio Ferreira e Bilozinho
(violeiros); Simplício Batista Lopes (grande comerciante nos anos de 1930 e 1940); João de Jesus Pinheiro
(comerciante); Waldemar de Brito (pintor e funileiro); dentre outros?
Há quem defenda homenagear Murilo Braga, homem público brasileiro que apenas passou a infância no antigo Porto
Alegre, mas nem é luzilandense . Sua naturalidade é de Santa Quitéria, no vizinho Maranhão, e não há registro que
tenha contribuído para o desenvolvimento do município.
É bom lembrarmos que Barras (PI) teve o nome de vários logradouros públicos mudados para homenagear seus
patrícios e, aqui em Luzilândia, por iniciativa do líder comunitário CUIA, os bairros Coroa e Cajueirão têm em suas ruas e
colégio nomes de moradores antigos que lá fizeram história.
Propugnamos para que se mude os nomes de algumas ruas e logradouros públicos para homenagear nossas
personalidades, como é o caso da Avenida Presidente Vargas (idéia nossa) ou da Rua 28 de Julho (idéia de terceiros)
para monsenhor Jonas Pinto, baluarte religioso e grande incentivador da cultural e educação municipais.
Resgatar nomes de personalidades históricas e homenageá-las é contribuir decisivamente para a preservação do nosso
Patrimônio Histórico Material e Imaterial. Pensemos nisto!
Ivanildo di Deus
professor e pesquisador da História de Luzilândia
professor e pesquisador da História de Luzilândia
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