14 de março de 2014

VERSOS À MPB - HOMENAGEM AO DIA DA POESIA POR GILSON RANGEL ROLIM. CONFIRA.

O escritor e poeta Gilson Rolim é altamente um artista glorioso, na arte de escrever textos primorosos, um artesão que faz seu trabalho, com disciplina e coesão, poeta que está ali de sol a sol, na lida produzindo pérolas literárias. Este texto aqui  postado, por exemplo, é uma obra-prima, das mais magníficas que conhecemos.
 
O escritor está sempre criando maravilhas, um livro outro ali e assim, vai edificando sua arte, para futuros artistas e leitores.
Nosso intelectual sempre participa de concursos e está presente fielmente aos eventos literários, é um escritor altamente dinâmico. Sim, o laborioso e produtor Gilson Rolim! é um dos mais conceituados escritores que os fluminenses já viram.
Gilson é espírito-santense e quando veio para Niterói era ainda criança. Portanto é um fluminense de coração. A postagem de hoje, consideravelmente é em homenagem ao dia da poesia, para os artistas que sempre contribuem para a beleza do mundo. Parabéns e obrigado prezado Gilson Rolim. Confira.



 
 
VERSOS À MPB

 

Temos muita gente boa,

artista é o que não nos falta,

gente do canto e do verso,

do violão e da flauta.

 

Já tivemos Luiz Gonzaga

e também o Dominguinhos,

craques os dois na sanfona,

seguindo os mesmos caminhos.

 

Foi um  grande o Villa-Lobos.

No samba urbano, Noel,

e Ary Barroso, o mineiro

que batuca lá no céu.

 

São artistas populares,

grandes poetas também.

Foram mestres das canções

e não sobra pra ninguém.

 

Sylvio Caldas, Lamartine

- foi um passado perene:

Pixinguinha, Orlando Silva,

Chico Viola e Marlene.

 

Da Bahia tantos nomes,

um deles o principal:

com amor cantava o mar,

quem esquece Dorival?

 

Nestes tempos mais recentes,

o Vinicius de Moraes,

Tom Jobim com seu piano,

tantas canções geniais.

 

Baden Powell, Gonzaguinha

- da vida "eterno aprendiz";

morreu cedo, que tristeza,

perdeu muito este país

 

Orestes Barbosa, um craque,

orgulho de seus parceiros,

"Chão de Estrelas" se tornou

a "bíblia" dos seresteiros.

 

"Se acaso você chegasse"

lembra o nosso Lupicínio,

um nome da velha guarda,

nos bares com seu fascínio.

 

Foram tantos os artistas.

De S. Paulo, o Adoniram;

"Trem das onze" foi o hino

do moço de Jaçanã.

 

Um outro nome paulista

ficou na crista da onda:

foi o Paulo Vanzolini

e a eternidade de "Ronda".

 

Houve o breque do Moreira,

do Jorge Veiga também.

do Ciro com sua bossa.

Vai a lista a mais de cem.

 

O bandolim do Jacob,

o cavaco do Waldir,

a orquestra do Severino;

era gostoso aplaudir.

 

Clara Nunes, Elizeth,

Altamiro e sua flauta.,

grandes artistas que foram

nos salões e na ribalta.

 

Jamelão foi outro nome

nas quadras, na gafieira,

sempre o puxador de samba

de sua escola, a Mangueira.
 
 

Em respeito ao que ele sofre,

pede Nelson Cavaquinho:

tira, meu bem, por favor,

"teu sorriso do caminho".

 

O Cartola pretendia

"a sorrir levar a vida".

Mas foi chorando que viu

"a mocidade perdida".

 

Edu Lobo, Carlos Lyra,

Chico Buarque e Toquinho,

são artistas de primeira,

tal o Zeca Pagodinho.

 

Ivan Lins, Yamandu,

Zé da Velha e seu trombone,

Gilberto Gil, Caetano

e o samba de D. Yvone.

 

O João Roberto Kelly

é um nome especial,

fez sucesso e ainda faz

quando chega o Carnaval.

 

De certo que eu omiti

por defeito de memória,

grandes nomes que merecem

fazer parte desta história.

 

A todos peço desculpas

por essa triste omissão.

Se de muitos não me lembro,

eu guardo no coração.
 
 
 
 
 
 
 
       Gilson Rangel Rolim-escritor
 
 
Gilson Rangel Rolim – Escritor, poeta, contador, acadêmico. Nasceu em 13 de abril de 1929, na cidade de Mimoso do Sul - ES, filho de Lauro de Azevedo Rolim e Maria Izabel Rangel Rolim. Deixou a cidade natal aos dois anos, seguindo para a localidade de Chave de Santa Maria, no município de Campos.
 
Em 1934 veio para Niterói, onde permaneceu até 1939. De janeiro de 1940 a agosto de 1943 residiu em Macaé, período marcante de sua vida: a pré-adolescência. Deixando Macaé, por falecimento de sua mãe, retornou a Niterói. Cursava o terceiro ano ginasial no Ginásio Municipal de Macaé quando da mudança. Já na antiga capital fluminense, completou o ginasial no Colégio Plínio Leite. Em 1945, as circunstâncias levaram-no a trabalhar de dia e estudar à noite; mudou-se, então, para o Rio, capital federal na época.
 
Após três anos na Academia de Comércio do Rio de Janeiro (Cândido Mendes), obteve o grau de Contador, equivalente, hoje, ao de Ciências Contábeis. Em setembro de 1947 voltou a residir em Niterói, permanecendo até hoje.


Vida Literária
Em 1954, no Diário do Povo, escreve as primeiras crônicas de cinema; foram, apenas, alguns meses. Em setembro de 1961, a convite de Carlos Couto, passa a colaborar com o semanário PRAIA GRANDE EM REVISTA, como crítico cinematográfico, atividade que manteve durante o pouco mais de um ano que teve o PGR. Em 1965 escreveu o poema O GRITO o qual, devidamente traduzido para o Inglês, foi enviado ao Pastor Martin Luther King Junior. Em carta pessoal, que o autor guarda com carinho, o grande líder agradeceu essa colaboração a sua luta. Em 1966 e 1967 teve seus primeiros poemas publicados em O Fluminense, na seção Prosa & Verso, então sob a direção de Sávio Soares de Sousa.
 
Em 1968, é selecionado para a final do Festival Fluminense da Canção (O Brasil Canta no Rio), transmitido pela TV Excelsior, com a canção Eu Andei Pelo Mundo, musicada por Frederico Leite Pereira; o resultado final deu-lhe o oitavo lugar entre as trinta e seis finalistas. Seus trabalhos literários vão sendo guardados até que, em 1988, sob o patrocínio da empresa NITRIFLEX, tem publicado o livro ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA, que teve boa receptividade entre os críticos de nossa cidade. Depois desse, e até que viesse a publicar O TEMPO NEM ME VIU PASSAR, em 2004, publicou artesanalmente com divulgação em âmbito restrito, os seguintes livros: Mais ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA Talvez (1991), PROSA, VERSOS & ETC (1997), Um Pouco Mais de PROSA, VERSOS & ETC (1999) e CONTOS, VERSOS & OUTROS ESCRITOS (2002).
 
Em 2005, lançou o livro REVIVENDO MEUS PASSOS (Retalhos de Memória). Em maio de 2006, lançou o livro DOIS MOMENTOS, de prosa e versos, com prefácios de Sávio Soares de Sousa para os versos, e de Antonio Soares para a prosa. Fez acompanhar este livro de uma coletânea de versos que intitulou VERSOS A GRANEL. Ainda em 2006, escreveu uma sinopse do famoso romance de José Cândido de Caravalho, O Coronel e o lobisomem. Em 2008, publicou UM SIMPLES CURSO D’ÁGUA, em 2009, ESTAÇÃO OITENTA e, em 2010, NA POEIRA DO TEMPO, e lançou recentemente o livro “Puxando Conversa”.Além de trabalhos literários, escreveu um pequeno livro profissional intitulado ELEMENTOS BÁSICOS DE CONTABILIDADE PARA PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS.
 
É acadêmico titular da Academia Niteroiense de Letras, desde a posse em 12 de setembro de 2004. É também membro da Academia Brasileira de Literatura desde 2008. Paralelamente a essa atividade literária, e intimamente ligada a ela, produziu composições musicais de caráter popular (letra e música), em alguns casos em parceria com seu professor, o consagrado e saudoso músico Sylvio Vianna, seu amigo e professor.
 
Em 2006, fez palestra sobre o Centro de Niterói, dentro do VIII Curso de História de Niterói, do IHGN. Muitos de seus trabalhos tem sido publicados no jornal UNIDADE, do qual é assíduo colaborador.
 

ACESSE O SITE DO ESCRITOR


http://www.legnar.blogger.com.br/archive.html 

 
 
 

Um comentário:

GILSON ROLIM disse...





Alberto.

Agradeço suas palavras elogiosas a meu modesto trabalho, e a tudo o mais que publicou a meu respeito.
Não sei se mereço tanto. Como diria o caboclo do interior: "Não sei se cabe tudo na minha canoa!"
Abç.
Gilson