O escritor e poeta Gilson
Rolim é altamente um artista glorioso, na arte de escrever textos primorosos, um
artesão que faz seu trabalho, com disciplina e coesão, poeta que está ali de sol
a sol, na lida produzindo pérolas literárias. Este texto aqui postado, por exemplo, é uma obra-prima, das
mais magníficas que conhecemos.
O escritor está sempre
criando maravilhas, um livro outro ali e assim, vai edificando sua arte, para
futuros artistas e leitores.
Nosso intelectual sempre participa
de concursos e está presente fielmente aos eventos literários, é um escritor
altamente dinâmico. Sim, o laborioso e produtor Gilson Rolim! é um dos mais
conceituados escritores que os fluminenses já viram.
Gilson é espírito-santense
e quando veio para Niterói era ainda criança. Portanto é um fluminense de
coração. A postagem de hoje, consideravelmente é em homenagem ao dia da poesia,
para os artistas que sempre contribuem para a beleza do mundo. Parabéns e obrigado
prezado Gilson Rolim. Confira.
VERSOS À MPB
Temos muita gente boa,
artista é o que não nos falta,
gente do canto e do verso,
do violão e da flauta.
Já tivemos Luiz Gonzaga
e também o Dominguinhos,
craques os dois na sanfona,
seguindo os mesmos caminhos.
Foi um
grande o Villa-Lobos.
No samba urbano, Noel,
e Ary Barroso, o mineiro
que batuca lá no céu.
São artistas populares,
grandes poetas também.
Foram mestres das canções
e não sobra pra ninguém.
Sylvio Caldas, Lamartine
- foi um passado perene:
Pixinguinha, Orlando Silva,
Chico Viola e Marlene.
Da Bahia tantos nomes,
um deles o principal:
com amor cantava o mar,
quem esquece Dorival?
Nestes tempos mais recentes,
o Vinicius de Moraes,
Tom Jobim com seu piano,
tantas canções geniais.
Baden Powell, Gonzaguinha
- da vida "eterno aprendiz";
morreu cedo, que tristeza,
perdeu muito este país
Orestes Barbosa, um craque,
orgulho de seus parceiros,
"Chão de Estrelas" se tornou
a "bíblia" dos seresteiros.
"Se acaso você chegasse"
lembra o nosso Lupicínio,
um nome da velha guarda,
nos bares com seu fascínio.
Foram tantos os artistas.
De S. Paulo, o Adoniram;
"Trem das onze" foi o hino
do moço de Jaçanã.
Um outro nome paulista
ficou na crista da onda:
foi o Paulo Vanzolini
e a eternidade de "Ronda".
Houve o breque do Moreira,
do Jorge Veiga também.
do Ciro com sua bossa.
Vai a lista a mais de cem.
O bandolim do Jacob,
o cavaco do Waldir,
a orquestra do Severino;
era gostoso aplaudir.
Clara Nunes, Elizeth,
Altamiro e sua flauta.,
grandes artistas que foram
nos salões e na ribalta.
Jamelão foi outro nome
nas quadras, na gafieira,
sempre o puxador de samba
de sua escola, a Mangueira.
Em respeito ao que ele sofre,
pede Nelson Cavaquinho:
tira, meu bem, por favor,
"teu sorriso do caminho".
O Cartola pretendia
"a sorrir levar a vida".
Mas foi chorando que viu
"a mocidade perdida".
Edu Lobo, Carlos Lyra,
Chico Buarque e Toquinho,
são artistas de primeira,
tal o Zeca Pagodinho.
Ivan Lins, Yamandu,
Zé da Velha e seu trombone,
Gilberto Gil, Caetano
e o samba de D. Yvone.
O João Roberto Kelly
é um nome especial,
fez sucesso e ainda faz
quando chega o Carnaval.
De certo que eu omiti
por defeito de memória,
grandes nomes que merecem
fazer parte desta história.
A todos peço desculpas
por essa triste omissão.
Se de muitos não me lembro,
eu guardo no coração.
Gilson Rangel Rolim-escritor
Gilson Rangel Rolim – Escritor, poeta, contador, acadêmico. Nasceu em 13 de abril de 1929, na cidade de Mimoso do Sul - ES, filho de Lauro de Azevedo Rolim e Maria Izabel Rangel Rolim. Deixou a cidade natal aos dois anos, seguindo para a localidade de Chave de Santa Maria, no município de Campos.
Em 1934 veio para Niterói, onde permaneceu até 1939. De janeiro de 1940 a agosto de 1943 residiu em Macaé, período marcante de sua vida: a pré-adolescência. Deixando Macaé, por falecimento de sua mãe, retornou a Niterói. Cursava o terceiro ano ginasial no Ginásio Municipal de Macaé quando da mudança. Já na antiga capital fluminense, completou o ginasial no Colégio Plínio Leite. Em 1945, as circunstâncias levaram-no a trabalhar de dia e estudar à noite; mudou-se, então, para o Rio, capital federal na época.
Após três anos na Academia de Comércio do Rio de Janeiro (Cândido Mendes), obteve o grau de Contador, equivalente, hoje, ao de Ciências Contábeis. Em setembro de 1947 voltou a residir em Niterói, permanecendo até hoje.
Vida Literária
Em 1954, no Diário do Povo, escreve as primeiras crônicas de cinema; foram, apenas, alguns meses. Em setembro de 1961, a convite de Carlos Couto, passa a colaborar com o semanário PRAIA GRANDE EM REVISTA, como crítico cinematográfico, atividade que manteve durante o pouco mais de um ano que teve o PGR. Em 1965 escreveu o poema O GRITO o qual, devidamente traduzido para o Inglês, foi enviado ao Pastor Martin Luther King Junior. Em carta pessoal, que o autor guarda com carinho, o grande líder agradeceu essa colaboração a sua luta. Em 1966 e 1967 teve seus primeiros poemas publicados em O Fluminense, na seção Prosa & Verso, então sob a direção de Sávio Soares de Sousa.
Em 1968, é selecionado para a final do Festival Fluminense da Canção (O Brasil Canta no Rio), transmitido pela TV Excelsior, com a canção Eu Andei Pelo Mundo, musicada por Frederico Leite Pereira; o resultado final deu-lhe o oitavo lugar entre as trinta e seis finalistas. Seus trabalhos literários vão sendo guardados até que, em 1988, sob o patrocínio da empresa NITRIFLEX, tem publicado o livro ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA, que teve boa receptividade entre os críticos de nossa cidade. Depois desse, e até que viesse a publicar O TEMPO NEM ME VIU PASSAR, em 2004, publicou artesanalmente com divulgação em âmbito restrito, os seguintes livros: Mais ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA Talvez (1991), PROSA, VERSOS & ETC (1997), Um Pouco Mais de PROSA, VERSOS & ETC (1999) e CONTOS, VERSOS & OUTROS ESCRITOS (2002).
Em 2005, lançou o livro REVIVENDO MEUS PASSOS (Retalhos de Memória). Em maio de 2006, lançou o livro DOIS MOMENTOS, de prosa e versos, com prefácios de Sávio Soares de Sousa para os versos, e de Antonio Soares para a prosa. Fez acompanhar este livro de uma coletânea de versos que intitulou VERSOS A GRANEL. Ainda em 2006, escreveu uma sinopse do famoso romance de José Cândido de Caravalho, O Coronel e o lobisomem. Em 2008, publicou UM SIMPLES CURSO D’ÁGUA, em 2009, ESTAÇÃO OITENTA e, em 2010, NA POEIRA DO TEMPO, e lançou recentemente o livro “Puxando Conversa”.Além de trabalhos literários, escreveu um pequeno livro profissional intitulado ELEMENTOS BÁSICOS DE CONTABILIDADE PARA PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS.
É acadêmico titular da Academia Niteroiense de Letras, desde a posse em 12 de setembro de 2004. É também membro da Academia Brasileira de Literatura desde 2008. Paralelamente a essa atividade literária, e intimamente ligada a ela, produziu composições musicais de caráter popular (letra e música), em alguns casos em parceria com seu professor, o consagrado e saudoso músico Sylvio Vianna, seu amigo e professor.
Em 2006, fez palestra sobre o Centro de Niterói, dentro do VIII Curso de História de Niterói, do IHGN. Muitos de seus trabalhos tem sido publicados no jornal UNIDADE, do qual é assíduo colaborador.
ACESSE O SITE DO ESCRITOR
http://www.legnar.blogger.com.br/archive.html
Um comentário:
Alberto.
Agradeço suas palavras elogiosas a meu modesto trabalho, e a tudo o mais que publicou a meu respeito.
Não sei se mereço tanto. Como diria o caboclo do interior: "Não sei se cabe tudo na minha canoa!"
Abç.
Gilson
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