FILOGENESE
Dov´é Lucca?
lontana e,
allo stesso tempo
a me vicina.
Cerco Lucca
Da ogni parte:
nel blu del cielo
e del mare,
nelle montagne
e nelle pianure
del mio paese natale.
Dov´é Lucca?
Presso al guanciale
mio compagno fedele
e nel vacuo delle notti,
domando al mio gene italico:
dov´ é Lucca ?
E lui risponde:
Io sono Lucca
nel tuo pensiero
nella tua anima
nel tuo cuore
e nel tuo sangue.
Io sono l´essenza
della lucchesia
che abita in te
che ti fa felice
per tanto amare
la lontana terra
delle tue radici.
poema de Julio Cezar Vanni
FILOGÊNESE
Onde está Lucca?
Distante de mim
E ao mesmo tempo
De mim vizinha.
Procuro Lucca
Por toda parte:
No azul do céu
E do mar,
Nas verdes montanhas
E nas planícies
Do
meu país natal.
Onde está Lucca?
Junto ao travesseiro
Fiel companheiro
No vazio da noite
Pergunto ao meu gene itálico
E ele responde:
-Eu sou Lucca
No teu pensamento,
Na tua alma,
No teu coração
E no teu sangue.
Eu sou a essência
Da lucchesia
Que vive em ti
Que te faz feliz
Por tanto amares
A terra distante
Onde estão tuas raízes.
Julio Cezar Vanni
PIEVE
DI LOPPIA
Loppia!
Paesino
recondito
Tra
montagne
E
pianura fiorita
Dove
il Loppora
Di
liquido cristallino
Scende
cercando il Serchio.
Pieve silenziosa
Di
tanti antenati sconosciuti
E
porta sepolcrale
Del
tempo infinito.
Li,
il gene lontano
Del
figlio dell’ emigrante
Che
torna nostalgico
Trova
l´essenza di un passato
Che
lui non sa
Si
veramente é esistito.
Loppia!
Paesino
allegro
E
malinconico
Allo
stesso tempo
Chiesina
di tanti battesimi
Matrimoni
felici
Messe festive
E
camposanto fiorito
Dove
riposano
Quelli
che aspettano ancora
Nel
silenzio sepolcrale
Una
preghiera d´amore
Di
chi arriva nostalgico
Cercando
il bel passato
Lamentando
gli anni perduti
Senza
la tenerezza
Dei
nonni e genitori
Dimenticati
nel tempo.
Loppia!
Dei
cipressi e delle castagne
Della
vita e della morte
Dell’aria fresca
Che
scende dalla Garfagnana
Baciando
i boschi
Pieni
di odori melliferi
E
uccellini canori
Che
cantano canzoni di pace.
Li
arriva anche
La
gente che cerca
La
pace vivificante
Dopo
giorni di lavoro
Per
assorbire l´energia
Della
natura inebriante
Piena
di incantesimi
E
bellezze misteriose
Di
una inconfondibile solitudine.
Ah
Loppia!
Benedetta
pieve misteriosa
Cerchiata
di paesini belli
Della
comune di Barga
Dove
si trovano
Il
mio passato
Ed
il mio presente
Con
tanti amici e cugini gentili
Che
vivono tranquilli
Nella
tua periferia
Aspetando
il giudice finale.
É
vero che ti amo tanto... tanto
Ecco
perchè
Ritornando
in Brasile
Porto
nel cuore la nostalgia
Della
tua quietezza
Ed
in tasca
Un
pezzetino del tuo suolo fertile
Per
consolarmi
Nel
mio riposo finale!
Julio
Vanni
TRADUÇÃO
Loppia!
Povoado
escondido
Entre
montanhas
Num
vale florido
Onde
o Loppora
De
águas cristalinas
Desce
procurando o Serchio.
Paróquia
silenciosa
De
tantos antepassados desconhecidos
E
porta sepulcral
Do
tempo infinito.
Ali,o
gene distante
Do
filho do emigrante
Em
visita nostálgica
Encontra
a essência de um passado
Que
ele não sabe
Se
realmente existiu.
Loppia!
Povoado
alegre
E
tristonho ao mesmo tempo,
Capela
de tantos batizados
Matrimônios
felizes
Missas
festivas
E
campo santo florido
Onde
repousam
Aqueles
que sempre esperaram
No
silêncio sepulcral
Uma
prece de amor
De
quem chega nostálgico
Procurando
pelo passado
E
lamentando os anos perdidos
Sem
o carinho
De
avós e genitores
Esquecidos
por tanto tempo.
Loppia!
Dos
ciprestes e dos castanheiros
Da
vida e da morte
Do
ar fresco perene
Que
desce da Garfanhana
Beijando
os bosques
Cheios
de odores melíferos
E
pássaros canoros
Que
cantam canções de paz.
Ali
chegam sempre
a
ente que procura
A
paz tranquilizante
Após
dias de trabalho
Para
absorver a energia
Duma
natureza inebriante
Cheia
de encantamentos
E
belezas misteriosas
de
uma inconfundível solidão.
Ah
Loppia!
Bendita
paróquia misteriosa
Cercada
de belos povoados
Onde
se encontram
O
meu passado
E
o meu presente
Entre
tantos amigos e primos gentis
Que
vivem tranquilos
Na
tua periferia
Aguardando
o Juízo Final
É
verdade que eu te amo tanto... tanto
Eis
porque
Ao
retornar ao Brasil
E
sentindo no peito a saudade
Da
sua beleza e quietude
Recolho
um pouquinho do teu solo fértil
Para
me consolar
No
meu repouso final.
Julio Cezar Vanni, filho de italiano de Luca, na Toscana, nasceu em Pequerí, Minas Gerais, em 25 de março de 1927. Unindo o seu lado peninsular com raízes mineiras, tornou-se uma figura admirável e profundo pesquisador da sua região de origem, onde se destacam os municípios de Juiz de Fora, Pequerí, Bicas, Mar da Espanha, Guaraná e vários municípios. Professor universitário, jornalista, bacharel em direito e pedagogo. É membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, IHGN, Academia Juizforona de Letras, atualmente, é presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras e outras instituições do país, sócio fundador do jornal Comunità Italiana. Tem cerca de mil artigos publicados em jornais de Juiz de Fora, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, entre outras cidades do interior brasileiro e na Itália.
Um comentário:
Gosto de poesias que me arrebatam a alma e essas me levam ao êxtase poético. Aplausos para o poeta Júlio Vanni.
Shirley
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