O silêncio da tumba, outrora pesado e definitivo, cedeu ao brado silencioso da vida. A pedra rolou, não por força humana, mas pela irrupção divina que rasgou a mortalha da escuridão. O corpo que jazia inerte, alvo de dor e crucificação, vestiu-se de luz, rompendo as correntes da finitude.
Naquele jardim banhado pelo orvalho da manhã, a fragrância das flores misturou-se ao aroma da eternidade. A morte, antes um espectro onipotente, curvou-se diante daquele que venceu o império do sepulcro. O medo se dissipou como névoa ao sol, substituído por uma certeza radiante, um farol aceso na vastidão do tempo. PORQUE ELE VIVE EU POSSO CRÊR NO AMANHÃ! Essa exclamação ecoa pelos séculos, um cântico de esperança que desafia as lágrimas e a desesperança.
Não é uma vã filosofia, um consolo efêmero, mas a constatação palpável de um milagre que transformou a história. Se a morte foi tragada pela vitória, que temor pode resistir? Que sombra pode obscurecer a promessa de um novo amanhecer?
A Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo não é apenas uma lembrança de um evento passado, mas a celebração viva de uma realidade presente e futura.
Em cada raio de sol que desponta, em cada flor que desabrocha, em cada suspiro de vida, reside a prova incontestável: Ele vive! E porque Ele vive, a esperança veste-se de certeza, e o amanhã se descortina como um horizonte de infinitas possibilidades. A fé não é um salto no vazio, mas um passo firme sobre a rocha da ressurreição. Que a luz desta verdade ilumine cada coração, renovando a crença em um futuro pleno de paz e vida eterna.
FELIZ PÁSCOA!
©
Alberto Araújo
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