13 de abril de 2025

A SEMANA SANTA



SEMANA SANTA

 

A Semana Santa é um período de profunda reflexão e celebração para os cristãos, marcando os últimos dias de Jesus Cristo, sua paixão, morte e ressurreição.

 

A semana se inicia no Domingo de Ramos, que comemora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

 

Na Segunda-Feira Santa, recorda-se o momento em que Maria unge Jesus com perfume, e Judas a repreende.

 

A Terça-Feira Santa marca o anúncio de Jesus sobre a traição de um dos doze apóstolos e a negação de Pedro.

 

Na Quarta-Feira Santa, Jesus confirma a traição de Judas Iscariotes.

 

A Quinta-Feira Santa é um dia significativo, pois Jesus institui a Eucaristia e a Ordem Sacerdotal.

 

A Sexta-Feira Santa é dedicada à Paixão e morte de nosso Senhor Jesus Cristo.

 

O Sábado Santo é um dia de espera e reflexão, lembrando que Jesus desceu ao inferno e triunfou sobre a morte. À noite, celebra-se a Vigília Pascal.

 

Finalmente, o Domingo de Páscoa celebra a vitória de Jesus sobre a morte, com a proclamação: "Jesus triunfou sobre a morte. Verdadeiramente ressuscitou. Aleluia, aleluia!"

 

Crédito da imagem

A pintura que você mostrou é "Cristo Carregando a Cruz" (Via Sacra) de Giovanni Battista Tiepolo.

 

8 de abril de 2025

O ECO DE TRÊS "SINS" NA ANUNCIAÇÃO TEXTO DE ALBERTO ARAÚJO – BLOG ALBERTO ARAÚJO & AMIGOS

 

No dia 25 de março, o calendário cristão nos convidou a reviver um instante singular, um ponto de inflexão na trajetória da humanidade: a Anunciação. É o momento solene em que o Arcanjo Gabriel, mensageiro divino, irrompe na singela vida da Virgem Maria com palavras que carregam o peso da eternidade: 

"Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” (Lc 1,30-33) 

Diante de tal anúncio, o coração de Maria poderia ter vacilado. A magnitude da missão, a ousadia do plano divino, poderiam ter gerado dúvidas e receios. Contudo, seu espírito, profundamente enraizado na fé e na confiança em Deus, não hesitou. Sua entrega foi total, um eco de humildade e coragem que reverberaria pelos séculos:

"Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra!" (Lc 1,38)

A Anunciação do Senhor ressoa em nossos corações, lembrando-nos de três grandes "sins" que moldaram a nossa salvação: 

Primeiramente, o Sim de Deus, um ato de amor incondicional que o impeliu a descer ao nosso encontro, a romper a distância entre o divino e o humano. Como o próprio Jesus expressou: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar plenamente sua obra.” (Jo 4,34) Sua vinda ao mundo, a Encarnação, é a prova máxima desse "sim" eterno. 

Em segundo lugar, o Sim de Maria, a porta pela qual a salvação adentrou a história. Sua aceitação da vontade do Pai, seu "faça-se", permitiu que o Verbo Divino se fizesse carne e habitasse entre nós, cumprindo a promessa de redenção. Como bem resume a fé cristã: “E o Verbo Divino se fez carne. E habitou entre nós.” 

Por fim, a Anunciação nos interpela sobre o nosso Sim. Deus, que nos criou livres, espera também a nossa resposta de amor e entrega. Santo Agostinho, com sua profunda sabedoria, nos lembra: “Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti.” Nossa colaboração, nosso "sim" cotidiano, é essencial para acolher a graça divina em nossas vidas. 

A Encarnação, portanto, foi um gesto de humildade sem precedentes do próprio Deus, que se despojou de sua glória para se fazer homem e caminhar ao nosso lado. E Maria, com sua fé inabalável e seu "sim" incondicional, não apenas se tornou a Mãe de Deus, mas também um modelo inspirador de fé e entrega para todos nós. 

Neste tempo presente, somos convidados a refletir: como podemos dizer nosso "sim" a Deus hoje? De que maneiras podemos abrir nossos corações à Sua graça, a exemplo da Virgem Maria? Que ecos do "sim" divino e do "sim" de Maria podemos fazer ressoar em nossas próprias vidas? A resposta reside em nossa disposição em acolher a vontade de Deus com humildade, coragem e um coração inteiramente voltado para Ele. 

A IMAGEM RETRATA A CENA BÍBLICA DA ANUNCIAÇÃO, ONDE O ANJO GABRIEL VISITA A VIRGEM MARIA para anunciar que ela conceberá e dará à luz Jesus. 

A pintura A Anunciação do artista francês Ary Scheffer, datada de 1850. 

A imagem captura o momento crucial em que a mensagem divina é entregue a Maria, um evento central na fé cristã. A postura e a expressão dos personagens, juntamente com os símbolos e a luz, visam transmitir a importância, a solenidade e a natureza sagrada da Anunciação. A composição geralmente busca um equilíbrio entre o divino (representado por Gabriel e a luz) e o humano (Maria e o ambiente terreno). 

Anjo Gabriel. Ele é mostrado à direita, ajoelhado ou em movimento em direção a Maria. Ele veste uma túnica verde clara e tem grandes asas brancas. Em sua mão, ele segura um lírio branco, frequentemente associado à pureza e à Virgem Maria. Uma auréola dourada circunda sua cabeça, indicando sua natureza celestial. Seu braço direito está erguido em um gesto de saudação ou bênção. 

Virgem Maria. Ela está à esquerda, sentada ou ajoelhada em um ambiente que parece ser um interior, talvez sua casa. Ela veste uma túnica rosa e um manto azul, cores tradicionalmente associadas a Maria. Uma auréola dourada também adorna sua cabeça. Sua expressão é de humildade e talvez um pouco de surpresa ou contemplação, com as mãos juntas sobre o peito. 

A cena se passa em um espaço interior, sugerido pela arquitetura ao fundo com colunas e cortinas escuras. Uma mesa pequena com um tecido branco e algo que parece ser uma cesta de costura está entre os dois personagens. 

Uma luz divina, geralmente representando o Espírito Santo, irradia do céu, banhando a cena. Raios de luz dourada descem, frequentemente direcionados a Maria, simbolizando a concepção divina. Nuvens brancas e luminosas cercam a fonte de luz. Além do lírio, outros elementos podem ter significado simbólico dentro da tradição cristã, como as cores das vestes e a própria luz.

© Alberto Araújo

 


Ary Scheffer nasceu em Dordrecht, 10 de fevereiro de 1795 e faleceu em Argenteuil, 15 de junho de 1858 foi um pintor francês de ascendência neerlandesa e do movimento do Romantismo. Era irmão do também pintor Henry Scheffer. As suas obras denotam inspiração mística e onírica. Foi aluno de Pierre-Narcisse Guérin e professor de Auguste Bartholdi, Claudius Popelin, Jean-Baptiste-Ange Tissier, German von Bohn e Thomas de Barbarin, entre outros.