6 de fevereiro de 2014

ESTUDO AFIRMA QUE CÉREBRO DE IDOSOS NÃO SOFRE DECLÍNIO COGNITIVO. CONFIRA.


 

O cérebro de pessoas mais velhas não fica fraco,
ele apenas sabe mais”, afirma autor do estudo.
 

Segundo os pesquisadores, esquecimentos ocorrem em virtude da maior quantidade de informação armazenada ao longo da vida, que leva mais tempo para ser processada.

Uma nova pesquisa realizada na Alemanha desafia a conhecida noção de que o cérebro humano sofre um declínio cognitivo com o passar dos anos. Segundo os autores, o que acontece é que uma pessoa idosa armazenou uma quantidade maior de informações ao longo da vida, e por isso o cérebro leva mais tempo para processá-las – mas a sua capacidade permanece igual.
O estudo, publicado no periódico Topics in Cognitive Science, critica os métodos de avaliação das habilidades cognitivas utilizados nas pesquisas atuais, que mostram a existência de um declínio na atividade cerebral. "O cérebro humano trabalha mais devagar na idade avançada, mas apenas porque nós armazenamos mais informação ao longo do tempo", afirma Michael Ramscar, pesquisador da Universidade de Tubinga, na Alemanha, e principal autor do estudo.
Vale uma comparação com computadores: assim como os humanos, esses sistemas são feitos para absorver certa quantidade de informação diariamente. Se os pesquisadores deixam um computador aprender apenas certa quantidade, ele funciona de forma semelhante ao cérebro de um jovem. Mas se o mesmo computador for exposto a uma quantidade e informações correspondendo àquela com a qual nos deparamos ao longo de uma vida, seu desempenho será como o de uma pessoa idosa. A capacidade do sistema não muda, mas uma quantidade maior de dados leva mais tempo para ser processada.
"Imagine uma pessoa que sabe de cor dois aniversários e sempre os lembra com perfeição. Você acha que essa pessoa tem uma memória melhor do que aquela que sabe os aniversários de 2 000 pessoas, mas acerta 'só' nove de dez tentativas?", questiona o pesquisador.
Sem esquecimento – Realizando testes com computadores, os cientistas perceberam que, para replicar os resultados obtidos com humanos mais velhos, era necessário manter a mesma capacidade de processamento, e acrescentar uma quantidade de palavras no banco de dados tão grande quanto um adulto aprende ao longo da vida. Para Ramscar, isso mostra que os conteúdos aprendidos não são esquecidos.
Os resultados também ajudam a explicar os problemas que pessoas mais velhas costumam ter em se lembrar dos nomes das pessoas. Segundo os autores, existe uma variedade muito maior de nomes atualmente do que há duas gerações. Essa mudança cultural aumenta a quantidade de nomes que uma pessoa aprende ao longo da vida, de forma que localizá-los na memória se torna mais difícil na idade avançada do que costumava ser – até mesmo para os computadores.
Os pesquisadores concluem que testes cognitivos diferentes são necessários para avaliar pessoas mais velhas, levando em consideração a natureza e a quantidade de informações que seu cérebro precisa processar. "O cérebro dos idosos não fica fraco. Pelo contrário, ele apenas sabe mais", afirma Ramscar.





CINCO DICAS PARA ESTIMULAR O CÉREBRO E MELHORAR A MEMÓRIA

 
 
 
Sono, meditação e alimentação estimulam a memória.
 
A imensa quantidade de informações com que somos obrigados a lidar todos os dias torna a nossa memória cada vez menos confiável. Para lidar com compromissos e tarefas, somos obrigados a fazer uso cada vez maior de ferramentas e softwares, mas alguns, como eu, insistem em abrir mão dessas ferramentas e preferem confiar somente na memória, o que pode ser perigoso (esse artigo, por exemplo, era para ter sido publicado ontem).
Mesmo assim, existem algumas formas de melhorar a performance dos neurônios, como ensina o site Cérebro Melhor (www.cerebromelhor.com.br) que é especializado em jogos online para treinamento cerebral. O site enumera cinco cuidados que contribuem para melhorar a memória.
1) Sono – O sono há tempos foi identificado por cientistas como o estado em que nossos corpos otimizam e consolidam novas informações adquiridas e as armazenam como memória. Um novo estudo na Nature Reviews Neuroscience fornece mais evidência de que um sono adequado é um ingrediente chave na melhora da memória.
2) Alimentação – É sabido que uma alimentação ruim afetará negativamente sua memória. Existem fortes evidências científicas que uma dieta rica em Omega-3, vitamina B e antioxidantes é importante para a saúde do cérebro.
3) Relaxamento – Desestressar e meditar são também maneiras cientificamente aceitas de melhorar sua memória. Num estudo muito divulgado sobre meditação, uma forte argumentação foi feita de que a prática diária da meditação engrossa as partes do córtex cerebral responsáveis pela tomada de decisão, atenção e memória.
4) Exercícios Físicos – Um estudo recente da Universidade da Pennsylvania sobre exercícios e memória descobriu que pessoas que praticavam rotineiramente exercícios com atenção mostraram melhorias mensuráveis em “desempenho cerebral”. Um dos autores do estudo relatou que “Memória de trabalho é uma característica importante do desempenho cerebral”. Não apenas protege contra distração e reações emocionais, mas também oferece um espaço mental para garantir decisões e planos de ação rápidos e raciocinados. Desenvolver desempenho cerebral por meio de um treinamento com atenção pode ajudar qualquer um que precise manter um desempenho de ponta face às circunstâncias extremamente estressantes.
5) Estímulo Cognitivo – Finalmente, não é nenhum segredo que participar regularmente de treinamento cerebral ajuda a melhorar a memória. Num estudo publicado pelo Dr. Bernard Croisile sobre jogos que estimulam o cérebro, os resultados dos usuários foram analisados após completarem 500 exercícios ao longo de 18 semanas. Na média, esses usuários melhoraram sua memória em 13,9%, com aprimoramento geral de 15,6% nas habilidades cognitivas.

 
FONTES:
 

 

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