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PERDÃO É UMA FERRAMENTA INDISPENSÁVEL PARA NOSSA LIBERTAÇÃO.
DA ESCRITORA WANDA ALVES
PERDÃO É UMA
FERRAMENTA INDISPENSÁVEL
PARA NOSSA
LIBERTAÇÃO.
Texto extraído do Livro: ENERGIA EM
AÇÃO.
Autora: WANDA ALVES - escritora.
Se me perguntarem qual o sentimento
mais libertador, eu direi, sem pensar muito, que é o ato de perdoar. O perdão,
através do verdadeiro acolhimento e da real compreensão da situação que nos
magoou, consegue nos encaminhar para a alforria de qualquer dor, cisão, e nos
abre o caminho para a verdadeira inteireza.
Quando me refiro ao ato de perdoar, não
é sobre o perdão eclesiástico, por medo de arder no fogo do inferno. Muito
menos referente à submissão de outrem à nossa própria altivez, nos delegando
algum poder ou superioridade, como se tivéssemos o poder divino de decisão.
Não estou falando também de empurrar
emoções para debaixo do tapete, motivado(a) pela ilusão de que sentimentos
reprimidos não representam ameaças. Não. Falo sobre a compreensão genuína das
nossas mágoas, ressentimentos, medos e melindres, para que possamos acolhê-los,
compreendê-los e perdoar a nós mesmos e aos outros.
Viver, conviver, compartilhar
significam ganhos e perdas nas relações. As pessoas são diferentes, têm suas
dificuldades, suas inseguranças, suas carências, e quando isso é colocado em
xeque ou em confronto com o outro, o cálice transborda. Na maioria das vezes
sobram ressentimentos, amarguras e uma terrível sensação de decepção e
desamparo.
Quem nunca se sentiu assim?
Pois é, mas a vida continua e precisamos
estar inteiros e disponíveis para sermos quem em verdade somos. Não podemos
carregar uma bagagem pesada e estarmos, ao mesmo tempo, livres e íntegros.
Quando um copo está cheio, uma gota o
faz transbordar. As pessoas são humanas, como nós; erram, acertam; não se pode
esquecer que ninguém é igual sempre. O que eu fui ontem, certamente não é mais
o que sou hoje. Os sentimentos mudam os valores também.
Ficarmos atrelados ao passado seja
nosso ou do outro, é estúpido, improdutivo e, o pior, involutivo.
Ser tomado pela fúria e por mágoas
demanda muita adrenalina, desgaste físico, emocional, mental e energético.
Perdemos muito, em todos os sentidos, com essas emoções.
Precisamos exonerar pensamentos
obsessivos que insistem em nos perseguir e se instalar em nosso emocional. Se
estivermos lotados de raiva, rancor e anseios de retaliação, contaminamos nosso
ambiente, as pessoas, nossos projetos, nossos desejos, e perdemos essa energia
fecunda que nos faz prósperos, bem-sucedidos, amados, criativos, generosos e
consequentemente inteiros e mais felizes.
“Uma certa vez um velho índio disse:
dentro de mim, existem dois cachorros: um deles é cruel e perverso, o outro,
generoso e magnânimo. Os dois estão sempre brigando! Quando perguntaram qual
dos dois cães ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu:
aquele que eu alimento!”
“Precisamos parecer um pouco com os
outros para compreendê-los, mas precisamos ser um pouco diferentes para
amá-los”. Paul Géraldy (Poeta e dramaturgo francês -1885-1983)
Para todos nós muita luz sempre
FRONTEIRAS, MERGULHOS E REFLEXÕES.
Reconhecer os limites, perscrutar todo e qualquer sentimento, pensar de forma ampla e promover uma transformação efetiva através de recursos internos, utilizando técnicas universais, é o que nos propõe o décimo livro de Wanda Alves, Fronteiras, Mergulhos e Reflexões. Um livro para quem pretende desvendar seus próprios mistérios e adentrar de forma renovada e integral na Nova Era.
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