7 de agosto de 2025

CHAMA VIVA DA MINHA ESPERANÇA Reflexão diante da Capelinha de Fátima


Hoje, 08 de agosto diante da tela iluminada, meus olhos e meu coração se voltaram para a Capelinha de Fátima. A distância se desfez no instante em que a fé tomou o lugar da matéria. Assisti, pela internet, ao hino litúrgico que se elevava com doçura e fervor: “Eu confio em Ti… Meu Deus, eu creio…” — e cada verso era uma ponte entre a terra e o céu, uma oração soprada com a alma.

A Chama Viva da Esperança ardia ali, diante do Santíssimo. E, mesmo daqui, eu a sentia pulsar dentro de mim.

Não é preciso estar fisicamente presente quando se está em espírito e verdade. Jesus Cristo, exposto no Sacramento do Amor, era contemplado com reverência. Minha casa se fez templo. Meu coração, capela interior. Cada palavra do hino era um sussurro de confiança. Cada silêncio, uma entrega.

E após a oração fervorosa, os sinos do espírito anunciaram o momento da procissão. A Cruz luminosa abriu o caminho. Fieis, com passos lentos e emocionados, conduziam o Santíssimo Sacramento sob o pálio. Era Jesus, caminhando entre o seu povo, levando luz onde há sombras, cura onde há feridas, e paz onde há inquietações.

A procissão, mais que um rito, era um clamor de fé viva. Como os discípulos de Emaús, o coração ardia só de saber que Ele caminhava conosco. Mesmo à distância, acompanhei com olhos marejados esse gesto de adoração profunda, vendo na tela o brilho das luzes, o canto suave e o silêncio reverente das almas em marcha.

Hoje, o Céu desceu à terra.
E minha esperança reacendeu.

Jesus passou.
E deixou Sua luz.
Deixou Sua paz.
Deixou Sua presença.

E essa chama — essa chama viva que Maria cuida com amor — não se apaga mais em mim.

Porque eu confio.
Porque eu creio.
Porque Ele vive.
E caminha conosco.

Amém.

 


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