Meu
Deus, eu creio.
Eu creio com a inteireza de quem se rende ao Mistério,
com a simplicidade dos que encontram no silêncio
a presença viva de Cristo na Eucaristia.
Adoro.
Adoro com o coração ajoelhado,
com o olhar que contempla a hóstia consagrada
e reconhece ali, velado no pão,
o Deus eterno que se faz próximo, humilde e real.
Espero.
Espero como quem confia sem reservas,
como quem encontra na brancura do altar
um porto seguro para as inquietações do mundo,
uma promessa que não falha, uma esperança que não morre.
Amo-vos.
Amo com a pequena medida do meu amor humano,
sabendo que, no milagre do Sacramento,
vosso amor me precede, me envolve e me transforma.
E
peço perdão — com voz contrita,
por todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam, não vos amam.
Faço-me
intercessor na pobreza da minha fé,
oferecendo-vos esta súplica em reparação,
como chama que deseja arder no altar do vosso Coração.
Assim,
diante do mistério da vossa presença viva,
o coração se aquieta, a alma se ilumina,
e tudo encontra sentido no louvor silencioso
que nasce deste hino eucarístico de fé, adoração, esperança e amor.
©
Alberto Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário