25 de novembro de 2021

CONHEÇA A HISTÓRIA DE SANTA CATARINA DE LABOURÉ E DA MEDALHA MILAGROSA

 



Conta-se que, em novembro de 1830, uma noviça francesa testemunhou a aparição de Nossa Senhora. Quando a santa dissipou-se, a religiosa observou a forma de uma medalha na qual estava escrito: "Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós". Em seguida, ouviu: "Faça cunhar uma medalha com esses dizeres, e todas as pessoas que a trouxerem consigo receberão grandes graças".

 

Nascida na França no dia 2 de maio de 1806, CATARINA DE LABOURÉ foi a santa que, segundo os católicos, presenciou a manifestação da virgem. Desse encontro surgiu a chamada "medalha milagrosa". Os primeiros milagres foram relatados durante uma epidemia de cólera que atingia Paris, em 1832. De lá pra cá, a medalha conquistou grande número de devotos.

 

Oração

 

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que as pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela medalha milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades. (Momento de silêncio e de pedir a graça desejada.) Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome e para o bem de nossas almas. E, para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém.

 

(Rezar três Ave-Marias.)

 

APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS EM PARIS NA FRANÇA

Nossa Senhora apareceu a Santa Catarina Labouré, então uma noviça das Irmãs da Caridade em Paris, França, no século XIX.

 

PRIMEIRA APARIÇÃO

 

A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de Julho, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz.

 

Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.

Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia:

"Irmã Labouré, vem à capela; Santa Maria te aguarda".

Mas ela replicou: "Seremos descobertas!".

A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera".

Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada.

Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz.

A voz continuou: "A santíssima Maria deseja falar-te".

Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:

"Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor.

 Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem.

Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti.

Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá".

Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

 

SEGUNDA APARIÇÃO

 

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento.

Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas.

Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França".

Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

Então a visão modificou-se e Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz e rodeada por uma frase que dizia:

"Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".

Desta vez a Virgem deu instruções diretas:

"Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças".

 

Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas.

Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha.

Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida.

A Virgem disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

AS PRIMEIRAS MEDALHAS MILAGROSAS

 

De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder de Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832.

 

Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Santa Maria da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer.

 

 Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

 

A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada:

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular, em 1858 ratificada em Lurdes, e transformada em dogma pelo Papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho.

Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira imaculada.

Prodígios e propagação da Medalha Milagrosa

Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingia Paris.

 O flagelo se manifestou em 26 de março de 1832 e se estendeu até meados do ano.

No dia 1 de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9.

 

No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números para evitar a intensificação do pânico popular.

No dia 30 de junho, foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa Vachette, e as religiosas Filhas da­ Caridade começaram a distribuí-las entre os flagelados.

Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios de conversão, proteção e cura, que em poucos anos tornaram a Medalha Milagrosa mundialmente conhecida.

Catarina também tinha o dom da profecia, e uma das suas profecias, ainda não realizada, refere-se ao grande triunfo de Nossa Senhora:

“Oh que maravilha será ouvir: “Maria é a Rainha do universo. Será uma época de paz, gozo e bênçãos, que durará por um tempo bastante longo”.

Em vários países, as pessoas fazem novenas durante o mês de novembro, preparando-se para o dia 27 de novembro.



 

Simbolismo da Medalha Milagrosa

 

A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher... Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar". Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o "novo Adão", juntamente com Maria, a co-redentora, a "nova Eva". É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens.

 

Os raios: Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.

 

As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como "Estrela do Mar" na oração Ave, Stella Maris.

 

O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

 

O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.

O M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

 

O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a repetição do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.

 

Santa Catarina Labouré

 

Catherine Labouré, nasceu em 2 de maio de 1806  e faleceu em 31 de dezembro de 1876) foi uma religiosa da França.

 

Catarina nasceu em Fain-lès-Moutiers, filha de Pierre Labouré. Quando tinha nove anos sua mãe morreu, e Catarina, a pedido de seu pai, passou a cuidar de dois de seus irmãos.

 

Sentiu uma forte vocação religiosa, entrou para as Irmãs da Caridade.

 Era extremamente devota, um tanto romântica, e dada a visões e intuições místicas.

 

Foi através de um sonho que teve com São Vicente que ela escolheu a Ordem em que entrou. Tendo cedo perdido a mãe, era especialmente apegada à Virgem Maria.

 

Durante a noite 18 de Julho de 1830, Catarina acordou depois de ouvir a voz de uma criança que dizia: irmã, todo mundo está dormindo, vem à capela, a Virgem Maria a espera. Acreditando na voz, Catarina segue a criança.

Chegando à capela, Catarina vê a Virgem Maria ela continuou tendo estas visões até que em 27 de Novembro de 1830, a Virgem se apresenta como Nossa Senhora das Graças, e lhe dá a Medalha Milagrosa para ser cunhada.

Morreu em 31 de Dezembro de 1876.



 

Seu corpo foi exumado em 1933, sendo encontrado incorrupto, e hoje é exposto à veneração na capela de sua Ordem, a mesma onde aconteceram as visões, na Rue du Bac, 140, em Paris.

 

Foi canonizada em 27 de julho de 1947 por Pio XII.









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