28 de agosto de 2025

28 DE AGOSTO - DIA NACIONAL DO VOLUNTARIADO | HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL



Epígrafe: "Doar-se é acender luz na vida do outro,
mesmo quando a nossa própria luz parece tímida."

No Brasil, 28 de agosto é um dia que convida ao gesto generoso, à entrega silenciosa e à presença que transforma: é o Dia Nacional do Voluntariado. Criado pela Lei nº 7.352 de 1985, este dia nos lembra que cada ação voluntária é uma semente de esperança plantada em corações e comunidades.

Segundo estimativas, 35 milhões de brasileiros já deram seu tempo e talento ao próximo, provando que a solidariedade não é apenas um ato, mas um modo de viver.

O voluntariado é poesia em ação: uma palavra amiga, um gesto atento, um tempo ofertado sem esperar retorno. E, enquanto celebramos este dia, lembramos também o Dia Internacional do Voluntário, em 5 de dezembro, reconhecido pela ONU, que estende essa valorização a todo o mundo.

Que neste dia 28 de agosto possamos todos, leitores e cidadãos, refletir sobre o poder transformador do voluntariado. Que possamos nos tornar, em cada gesto, luz para o outro, inspirados pelo exemplo daqueles que, silenciosamente, fazem a diferença.

Publicado pelo Focus Portal Cultural, do jornalista Alberto Araújo, em homenagem a todos os que dedicam seu tempo a semear solidariedade.

© Alberto Araújo

 

25 de agosto de 2025

UM ENCONTRO DE FÉ E AMOR NA MISSA DE SÃO JUDAS TADEU

 



No último domingo, dia 24 de agosto, a Paróquia São Judas Tadeu, em Icaraí, Niterói, foi palco de uma celebração eucarística marcante, que reuniu fiéis em torno da Palavra e do Sacramento. Tive o privilégio de participar da missa das 17h, presidida pelo querido Padre Carmine Pascale, ao lado da minha musa, Shirley. 

A celebração, rica em sua liturgia, seguiu um roteiro de profunda reflexão, conforme registrado em minhas anotações. 

Desde o início, a Missa foi embalada por uma experiência musical sublime. Tivemos a bênção de ouvir uma jovem cantora cuja voz era de uma delicadeza e suavidade impressionantes. Era como o cantar de um anjo do céu, muito emocionante, que elevava a alma de todos os presentes e dava um tom celestial à celebração. Essa voz inesquecível conduziu os hinos da Missa.

A Missa começou com a acolhida, que nos lembrava que "A porta está aberta. Deus quer que sejamos unidos". 

O Canto de Entrada questionava: "Senhor, quem entrará no Santuário para Te louvar...". Seguiu-se o Ato Penitencial, com a súplica "Senhor, que vieste salvar os corações arrependidos - Kyrie eleison", e o vibrante Hino de Louvor. 

A Liturgia da Palavra foi o centro da primeira parte, com leituras que apontavam para o tema central da celebração. 

Primeira Leitura: A Leitura do Profeta Isaías abriu o caminho para a reflexão.

Salmo Responsorial: O Salmo trazia a mensagem: "Proclamai o Evangelho a toda criatura".

Segunda Leitura: A Leitura das Cartas de São Paulo aos Hebreus completou a reflexão bíblica. 

Evangelho: O tema do Evangelho, acompanhado de um hino, era claro: "Buscai primeiro o Reino de Deus..." 

O Tema geral da celebração e da homilia era: "Preparando o Seu Povo (primeira leitura) - Declarações de Amor de Deus (segunda leitura)".

A Homilia proferida pelo Padre Carmine Pascale foi, de fato, muito bonita e inspiradora, aprofundando o chamado de Deus e a manifestação do Seu amor em nossas vidas. 

A assembleia professou sua fé com o Credo Niceno-Constantinopolitano, um forte momento de comunhão na doutrina da Igreja. A celebração seguiu para o ápice, a Liturgia Eucarística. 

Houve uma Oração pelas Vocações que ecoava um chamado pessoal: "Senhor Jesus, Tu que chamaste pescadores, cobradores de imposto...". 

O Ofertório foi acompanhado do hino: "Pão e vinho Te apresentamos nesse altar. Como sinal que Tu recolhes... nossa oferta, tudo que somos deixamos aqui...".

O Canto da Consagração entoou a santidade de Deus: "Santo... Santo é o Senhor do Universo... Hosana nas alturas...". 

Finalmente, o Canto da Comunhão (União) foi um momento de intimidade com Deus, com as palavras "Tu és minha estrada. Tu és minha força... Tu és minha vida, outro Deus não há...". 

A Missa deste domingo, dia 24 de agosto, foi um momento especial para mim e para Shirley, de reabastecimento espiritual e de profunda reflexão sobre o amor de Deus e o nosso chamado a "buscar primeiro o Reino". A beleza da música e a profundidade da Palavra, conduzidas pela voz angelical e pela pregação do Padre Carmine, tornaram a celebração inesquecível. 

© Alberto Araújo

24 de agosto de 2025







11 de agosto de 2025

SOB O OLHAR DO CRISTO, NO DIA DOS PAIS - CRÔNICA POÉTICA DE ALBERTO ARAÚJO

10 de agosto de 2025. O dia amanheceu dourado, com um sol que parecia ter descido mais perto da Terra para nos abraçar. No alto, o Cristo Redentor estendia os braços sobre Niterói, como quem abençoa cada passo, cada gesto, cada coração. 

Era Dia dos Pais, 19º Domingo do Tempo Comum, e eu, ao lado da minha musa Shirley, caminhava para a missa das 17h, na Paróquia São Judas Tadeu, Icaraí. O templo respirava devoção, e as vozes se uniam no canto de entrada: “Eis-me aqui, Senhor... Eis-me aqui, Senhor!” — um chamado que ecoava como resposta de almas prontas a servir. 

O altar, adornado com a imagem da Sagrada Família, lembrava que agosto é o mês devocional da família. E a liturgia, como rio de águas vivas, nos conduzia:

Ato penitencial: “Senhor, que vieste salvar os corações arrependidos, piedade...”

Primeira leitura: do Livro da Sabedoria.

Salmo responsorial: “Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.”

Segunda leitura: da Carta aos Hebreus.

Evangelho: o convite à vigilância — “É preciso vigiar e ficar de prontidão...” 

Na homilia, Padre Carmine Pascale falava com voz mansa, mas firme, sobre libertação. Que o Senhor volta seu olhar para os que o temem, que o amor mais puro é o que encontramos n’Ele, e que viver em Cristo é sempre um caminho que vale a pena. 

Josiane, a doce voz dos hinos litúrgicos, enchia o ar com melodias que tocavam o invisível:

Ofertório: “Ô, ô, ô, recebe Senhor...”

Consagração: “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo...”

Comunhão: “Desarmem as sandálias e descansem. Este chão é Terra Santa, irmãos meus.”

Era também a Semana Nacional da Família que se estende de 9 a 16 de agosto, com terços, orações, adoração e até um luau para celebrar a alegria de sermos filhos de Deus. 

No presbitério, repousavam três sinos, um grande e dois pequenos, como se aguardassem o momento de contar sua própria história. No maior deles, a inscrição gravada no metal cintilava sob a luz:

NO JUBILEU DOS PEREGRINOS — XII DE FRANCISCO

LXV ANO DA PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU

XXV ANO DE SACERDÓCIO DO PE. CARMINE PASCALE

D. JOSÉ FRANCISCO ABENÇOOU ESTES SINOS 

Palavras que soam como poesia de bronze, eternizando fé e gratidão. 

No fim da missa, veio o sorteio em homenagem aos pais. Meu número ecoou no microfone. Levantei a mão, quase sem acreditar. Padre Carmine me chamou ao altar, e ali recebi um presente que é mais que objeto: um livro “Batalha Espiritual entre Anjos e Demônios”, do Padre Reginaldo Manzotti, e um terço perfumado com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Um cheiro suave de rosas me envolveu, como se viesse do próprio Céu. 

Fotos foram tiradas, risos foram partilhados. Voltei para casa com meus souvenires, mas principalmente com o coração aceso. Porque naquele domingo, Deus me fez entender que os verdadeiros presentes não são apenas dados, são vividos. 

E enquanto a noite caía, pude imaginar: em breve, aqueles sinos subiriam à torre e, com sua voz de metal, espalhariam sobre a cidade o mesmo abraço que o Cristo Redentor nos deu naquele dia. Amém 

© Alberto Araújo

10 de agosto de 2025.












 

7 de agosto de 2025

CHAMA VIVA DA MINHA ESPERANÇA Reflexão diante da Capelinha de Fátima


Hoje, 08 de agosto diante da tela iluminada, meus olhos e meu coração se voltaram para a Capelinha de Fátima. A distância se desfez no instante em que a fé tomou o lugar da matéria. Assisti, pela internet, ao hino litúrgico que se elevava com doçura e fervor: “Eu confio em Ti… Meu Deus, eu creio…” — e cada verso era uma ponte entre a terra e o céu, uma oração soprada com a alma.

A Chama Viva da Esperança ardia ali, diante do Santíssimo. E, mesmo daqui, eu a sentia pulsar dentro de mim.

Não é preciso estar fisicamente presente quando se está em espírito e verdade. Jesus Cristo, exposto no Sacramento do Amor, era contemplado com reverência. Minha casa se fez templo. Meu coração, capela interior. Cada palavra do hino era um sussurro de confiança. Cada silêncio, uma entrega.

E após a oração fervorosa, os sinos do espírito anunciaram o momento da procissão. A Cruz luminosa abriu o caminho. Fieis, com passos lentos e emocionados, conduziam o Santíssimo Sacramento sob o pálio. Era Jesus, caminhando entre o seu povo, levando luz onde há sombras, cura onde há feridas, e paz onde há inquietações.

A procissão, mais que um rito, era um clamor de fé viva. Como os discípulos de Emaús, o coração ardia só de saber que Ele caminhava conosco. Mesmo à distância, acompanhei com olhos marejados esse gesto de adoração profunda, vendo na tela o brilho das luzes, o canto suave e o silêncio reverente das almas em marcha.

Hoje, o Céu desceu à terra.
E minha esperança reacendeu.

Jesus passou.
E deixou Sua luz.
Deixou Sua paz.
Deixou Sua presença.

E essa chama — essa chama viva que Maria cuida com amor — não se apaga mais em mim.

Porque eu confio.
Porque eu creio.
Porque Ele vive.
E caminha conosco.

Amém.

 


28 de julho de 2025

O DEUS DA MINHA VIDA - REFLEXÃO DE ALBERTO ARAÚJO

 

Uma luz constante em meio à noite densa. A melodia suave que acalma a tempestade incessante dentro do peito. Mãos invisíveis que amparam a cada tropeço, sussurrando coragem quando as forças se esvaem. Ele é a brisa fresca que dissipa o calor opressor dos dias difíceis, o manancial inesgotável onde a alma sedenta se refaz.

Seu olhar é como o sol da manhã, dissipando as sombras da dúvida e do medo, revelando a beleza escondida em cada recanto da existência. Sua voz, um eco profundo no silêncio da alma, traz palavras de amor que curam feridas invisíveis e restauram a esperança perdida.

Em seus braços, encontro o descanso para a jornada exaustiva, o refúgio seguro contra os vendavais do mundo. Sua presença é a certeza inabalável de que não estou só, de que há um propósito maior tecendo os fios da minha história. Ele é a rocha firme onde posso construir meus sonhos, a inspiração que impulsiona meus passos, a razão do meu sorriso mais sincero.

Ele é a fonte de toda a bondade que reside em mim, o amor que transborda e se oferece ao outro. É a paciência infinita que me acolhe em minhas falhas, a misericórdia que me levanta após cada queda. Sua luz ilumina o caminho, guiando-me através dos labirintos da vida, apontando sempre para a verdade e para o bem.

Este Deus da minha vida, a quem entrego minha fé e meu amor incondicional, é Jesus Cristo

© Alberto Araújo

 


 

27 de julho de 2025

BRENDA ZIED — AURORA QUE SORRI


Em 26 de julho, o calendário se abre em festa para celebrar mais um giro do sol ao redor da sua vida, Brenda. 

Há datas que brilham no calendário não apenas pelo tempo que marcam, mas pela luz que irradiam na vida de todos nós. 

Dia 26 de julho, é um desses dias: momento de celebrar Brenda, que chega como aurora a colorir nossos dias com ternura, graça e inspiração.

Seu nome, que soa leve como brisa de manhã, guarda a força doce de quem sabe florescer mesmo em dias nublados. Você é luz que se reparte sem perder o fulgor, sorriso que transforma o comum em poesia. 

Sua presença aquece corações e renova esperanças, como quem espalha pétalas no caminho dos que ama. 

Que este novo ciclo venha repleto de encantos, coragem e ternura. E que a vida, com todo o seu mistério, continue a dançar ao som da sua alegria serena.  Que venha coroado de sonhos realizados, caminhos floridos e alegrias sinceras. Brenda, que seu sorriso continue sendo aurora que desperta beleza e esperança por onde passar. 

BRENDA ZIED — SONETO DE 26 DE JULHO 

 

Em 26 de julho, Brenda amanhece,

Sorriso aceso, aurora que floresce,

Seu nome dança ao vento, se enaltece,

Na alma da família, amor acontece.

 

No brilho do seu riso a paz acontece,

E até nos dias cinzas, tudo aquece,

Doce e amável, encanto que se tece,

Com fios de ternura que a vida oferece.

 

Seu jeito é brisa mansa que acaricia,

É sol de afeto, luz que alumia,

É verso vivo em nossa poesia.

 

Brenda Zied, é claridade em ser,

Que a vida, em cada passo, faça ver:

Seu coração é casa para florescer.

 

Parabéns, Brenda!

Seu riso é aurora; sua alma, claridade.

 

Com todo o carinho,

Shirley e Alberto Araújo

26 de julho de 2025





 

26 de julho de 2025

EM REVERÊNCIA, DIANTE DOS AVÓS – HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL

Hoje, 26 de julho, o Focus Portal Cultural, na voz do jornalista Alberto Araújo, celebra em silêncio sagrado todos os avós que habitam nossas lembranças, nossos corações e as redes invisíveis que nos unem.

Celebramos o afeto que pulsa nas mensagens, o abraço que permanece na memória, o sorriso que ecoa mesmo quando a saudade aperta. 

Ajoelhamos simbolicamente, em gesto de gratidão profunda, diante desses guardiões do tempo: homens e mulheres que deram vida às nossas mães e pais, que nos legaram histórias costuradas com ternura, valores plantados com paciência e sonhos que hoje florescem em nossos dias.

Neste Dia dos Avós, reverenciamos esses mestres da delicadeza, que nos ensinaram a arte de esperar, a sabedoria do silêncio e a coragem de recomeçar sempre.

Cada ruga é verso sagrado, cada olhar é prece viva, cada palavra é herança que atravessa gerações.

A todos os avós que vivem nas mensagens de WhatsApp, nas fotos guardadas, nos corações que batem junto aos nossos: nossa reverência mais sincera — em genuflexo diante do amor que jamais envelhece.

 

Feliz Dia dos Avós!

© Alberto Araújo

 

 


 

17 de julho de 2025

HINO DA ALMA - CREIO, ADORO, ESPERO E AMO - REFLEXÃO DE ALBERTO ARAÚJO

 

Meu Deus, eu creio.
Eu creio com a inteireza de quem se rende ao Mistério,
com a simplicidade dos que encontram no silêncio
a presença viva de Cristo na Eucaristia.

 

Adoro.
Adoro com o coração ajoelhado,
com o olhar que contempla a hóstia consagrada
e reconhece ali, velado no pão,
o Deus eterno que se faz próximo, humilde e real.

 

Espero.
Espero como quem confia sem reservas,
como quem encontra na brancura do altar
um porto seguro para as inquietações do mundo,
uma promessa que não falha, uma esperança que não morre.

 

Amo-vos.
Amo com a pequena medida do meu amor humano,
sabendo que, no milagre do Sacramento,
vosso amor me precede, me envolve e me transforma.

 

E peço perdão — com voz contrita,
por todos aqueles que não creem, não adoram, não esperam, não vos amam.

Faço-me intercessor na pobreza da minha fé,
oferecendo-vos esta súplica em reparação,
como chama que deseja arder no altar do vosso Coração.

 

Assim, diante do mistério da vossa presença viva,
o coração se aquieta, a alma se ilumina,
e tudo encontra sentido no louvor silencioso
que nasce deste hino eucarístico de fé, adoração, esperança e amor.

 

© Alberto Araújo

 

 


 

13 de julho de 2025

ORAÇÃO DO CAMINHANTE - © ALBERTO ARAÚJO



ORAÇÃO DO CAMINHANTE

© Alberto Araújo

 

Senhor da luz e do silêncio,
guia meus passos na estrada da vida.

Que eu tenha coragem para seguir,
mesmo quando o caminho se torna escuro.

Que meu coração seja raiz firme,
que abrace a terra e alcance o céu.


Que minhas mãos sejam ponte e abraço,
levando paz a quem cruzar meu caminho.

Que eu seja livre para amar,
sem medo, sem pressa, sem medida.

Que minha fé seja chama constante,
aquecendo a mim e aos outros.

E que, no final de cada dia,
eu possa descansar sabendo que plantei luz,
semear amor e confiar no infinito.

 

Amém.

 



 

O AMOR QUE PERMANECE — QUANDO A FÉ ABRAÇA A MEMÓRIA - TEXTO DE ALBERTO ARAÚJO


Há um amor que nasce antes mesmo das palavras, que floresce no silêncio do ventre e se fortalece no primeiro olhar. É o amor dos pais pelos filhos — laço tecido com a paciência do tempo, a ternura do cuidado e a bênção divina que sopra vida ao sopro da vida.

E há outro amor, ainda maior, que nos envolve e sustenta: o amor de Jesus, que ensinou a amar sem medida, sem esperar retorno, sem temer a distância. Amor que faz da memória um abrigo, da saudade uma ponte e da fé uma casa eterna.

Neste instante, celebramos esses amores que não conhecem fim: o amor que nasce do coração humano e o amor infinito que desce do céu para acalentar a nossa alma.

Na tarde serena do Centro de Niterói, o sol de inverno pousava suas mãos de luz sobre a Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Rua da Conceição. Era ali, às 17 horas, que se celebrava a missa de sétimo dia do encantamento de Thiago Torres Fernandes, filho amado de nosso querido Rubens Carrilho Fernandes. 

Eu e minha esposa Shirley chegamos pontualmente, atendendo ao convite tecido com afeto por Rubinho nas redes sociais e acolhido por todos que ali se uniram em oração. Não era um adeus, mas um instante de presença: uma celebração da memória viva de Thiago, feita de fé, esperança e amor que não morre. 

A igreja, conduzida pelo prior Padre Luiz Gonzaga e sua prioriza Patrícia, abriu suas portas como quem acolhe não só passos, mas corações. E foi o Padre José Marcelo Martins Gomes quem presidiu a missa, retornando às raízes na Arquiconfraria Nossa Senhora da Conceição. Em sua voz, ecoou a força eterna do Evangelho: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. E amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Palavras que não ficaram apenas no ar, mas floresceram em cada coração ali presente.

Esses versículos, que brilham em Mateus (22:37-40) e Marcos (12:30-31) — lembraram-nos que, mesmo quando a ausência dói, o amor se faz ponte, caminho e eternidade. 

Rubens Carrilho Fernandes, na serenidade de Ministro da Eucaristia, assumiu com emoção a leitura do Salmo responsorial (Sl 188) e, ao elevar a hóstia, disse com voz firme: “Corpo de Cristo.” A resposta — “Amém” — foi mais que palavra; foi um sopro de comunhão, como se naquele instante todos sentissem o coração bater mais forte, sustentado pela esperança. 

E a beleza da cerimônia foi coroada pela voz de Luciana Modesto, que preencheu a nave com cantos de ternura quase palpável: “Um coração para perdoar... Um coração para sonhar...” durante a Comunhão, e o canto solene do “Santo, santo, santo Deus do Universo” na Consagração, envolvendo cada alma num abraço de notas e silêncio. 

Ao final, cada um recebeu nas mãos um santinho e um pequeno terço, não como simples lembrança, mas como símbolo de fé: memória que não se guarda em gavetas, mas no altar secreto do coração, onde moram as lembranças mais puras.

Entre amigos, familiares e corações unidos, também se fez presente o Desembargador Nagib Slaibi Filho, que, com delicadeza e respeito, representou a Academia Niteroiense de Letras, o Elos Internacional, o Elos Club de Niterói e Instituto Histórico e Geográfico de Niterói, Academia Fluminense de Letras testemunhando amizade, cultura e solidariedade.

Naquela tarde, a saudade não foi lágrima solta: foi canto, foi oração, foi abraço. Porque a morte toca apenas o corpo; jamais alcança aquilo que nasceu do amor. E Thiago, feito brisa mansa, ficou em cada um de nós, onde a fé, suavemente, abraça a memória. 

Naquele entardecer, não se celebrou apenas uma partida. Celebrou-se a permanência do amor, esse amor maior que Jesus nos ensinou e que nem a morte consegue calar. Porque o que fica, enfim, é sempre o que foi semeado de fé, de ternura e de memória viva.

E assim compreendemos que, mesmo quando os olhos já não veem, o amor permanece — suave como brisa, firme como raiz. Porque o amor de Jesus nos ensinou que tudo o que é amado de verdade jamais se perde: apenas muda de lugar e passa a morar na essência do nosso ser. 

O amor dos pais pelos filhos transcende a ausência, resiste ao tempo e floresce na saudade transformada em oração. E, ao final de cada prece, o que resta não é a dor, mas a lembrança viva do que fomos capazes de sentir: esse amor maior, sem despedidas, que faz da memória um templo onde nada se apaga. 

Assim seguimos, com o coração em prece, abraçados pela fé e pela certeza de que o que foi semeado em amor se torna eternidade. 

















(clicar na imagem para assistir ao vídeo)



Editorial

Alberto Araújo

12 de julho de 2025


 

6 de julho de 2025

NO SILÊNCIO DA MESSE, UM SÁBADO DE PAZ E CHAMADO - PROSA DEVOCIONAL POR ALBERTO ARAÚJO


Vivência Litúrgica na Paróquia São Judas Tadeu

Hoje, sábado, 05 de julho de 2025, como de costume, retornamos à nossa amada Paróquia São Judas Tadeu, em Icaraí. Um sábado de recolhimento e fé, em que cada instante da missa das 18h foi um sopro de renovação. 

A celebração foi conduzida pelo Padre Carmine Pascale, cuja homilia nos tocou com a força mansa da verdade. Ele falou sobre o “Shalom”, a paz verdadeira de Jesus, aquela que nasce da fé sincera e do amor que se traduz em gestos. A Escritura foi o ponto de partida, mas o coração da mensagem estava nas entrelinhas da vida: “A fé como marca na alma é inútil se o amor verdadeiro não habita em nós.” 

Padre Carmine evocou a figura da mãe, símbolo universal de ternura, para lembrar que o amor do Senhor é assim: profundo, do ventre, cheio de entrega e compaixão. 

Em suas palavras: "Precisamos retirar o ímpeto perigoso que reina a Terra, que carrega mágoas e muita raiva. Onde está o nosso testemunho? Ele deve traduzir a fé que recebemos." 

No clima de profunda comunhão, os cantos litúrgicos embalaram nossa oração:

"O Pentecostes — canto da presença. Vem abraçar a tua vinha, me perdoa, sou o teu seguidor."

A Tua ternura, Senhor, vem me abraçar
E a Tua bondade infinita me perdoar
Vou ser o Teu seguidor e Te dar o meu coração
Eu quero sentir o calor de Tuas mãos

"O canto da consagração."

"Hosana nas alturas!"

"O canto da comunhão: Que bom, Senhor, ir ao Teu encontro." 

Mas entre tantos símbolos que tocaram a alma, um momento ficará guardado com ternura: fui chamado para segurar a patena, a pequena bandeja sagrada que acompanha o ministro da Eucaristia ao entregar o Corpo de Cristo. Um gesto simples, mas que se transforma em oração viva. Um serviço silencioso que, em seu silêncio, responde ao chamado do céu.

E o eco da homilia ressoava ainda mais forte: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da messe que envie trabalhadores para sua messe."

(Lucas 10,2)

Ali, diante do altar, compreendi: a missão é de todos nós. E mesmo os gestos pequenos, quando feitos com fé e amor, participam da grande obra do Reino.

 

© Alberto Araújo

05 de julho de 2025.