23º
DOMINGO DO TEMPO COMUM
MISSA
DAS 18H – SÁBADO, 06 DE SETEMBRO DE 2025
Paróquia
e Santuário São Judas Tadeu – Icaraí
Presidida pelo Padre Alex Abreu
Eu e minha esposa Shirley, como de costume, estávamos presentes. Às 18h, seguimos para a Casa do Senhor, conscientes de que somos templos vivos de Deus.
O sol ainda espalhava seus raios dourados pelo horizonte, e, ao longe, o Cristo Redentor parecia nos abençoar. Já acomodados em nossos lugares, ouvimos o sino das 18h repicar, anunciando a Hora do Angelus, o momento em que recordamos o anúncio da concepção de Cristo à Virgem Maria.
A celebração teve início com o Canto de Entrada: “Senhor, quem entrará no Santuário para te louvar…”. Seguiu-se o Ato Penitencial, com o hino: “Quero confessar a Ti… Kyrie eleison…”, e, logo depois, o Hino de Louvor: “Glória a Deus nas alturas…”.
Por ser setembro, mês dedicado à Bíblia, houve o momento especial da Entrada da Bíblia: uma catequista a conduziu até o altar, onde foi colocada em um lugar de honra e reverência.
Liturgia
da Palavra
Primeira Leitura: Livro da Sabedoria
Salmo Responsorial: “Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós.”
Segunda Leitura: Carta de São Paulo a Filemon (“O meu próprio coração… Já não como escravo…”) A "Carta a Filemon" refere-se à Epístola a Filemon, um dos textos do Novo Testamento da Bíblia, escrita pelo apóstolo Paulo enquanto estava preso em Roma. A carta é um pedido a Filemon, um cristão rico, para que receba de volta o seu escravo Onésimo, que fugiu e encontrou Paulo, tornando-se também cristão. O objetivo de Paulo é que Filemon o acolha não mais como um escravo, mas como um irmão em Cristo.
Aclamação ao Evangelho: “Buscai primeiro o Reino de Deus…”
Evangelho e Tema da Homilia: “Se alguém vem a mim e não carrega a sua cruz, não pode ser meu discípulo” — disse Jesus.
HOMILIA – PADRE ALEX ABREU
23º domingo comum. Meus irmãos e minhas irmãs, o nosso coração é o lugar onde Deus derrama a sua graça e a sua cura — cura que vem pela sabedoria divina. Essa sabedoria é fundamental e essencial para cada um de nós, pois sustenta o nosso ministério e a nossa caminhada de fé. É ela que conduz o nosso coração, dia após dia, para mais perto do Senhor.
Homens e mulheres da Palavra de Deus são capazes de acolher tudo o que Jesus é e tudo o que Ele realiza em nossa vida e em nossa comunidade, conduzindo-nos a um caminho de santidade e perfeição.
Na primeira leitura de hoje, somos chamados a uma profunda reflexão sobre o nosso próprio ser: um ser dotado de corpo e alma, criado para a eternidade, incorruptível, que não se desfaz. Essa é a nossa identidade humana, tantas vezes moldada pelas experiências da vida. E é o próprio Deus quem conduz essa história, pois Ele nos preparou para viver segundo a nossa verdadeira identidade. O tempo que passamos aqui é passageiro.
Por isso, no Evangelho, Jesus nos chama à atenção para o discipulado. Ele diz: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo”. É preciso renunciar a tudo o que nos prende, e com todo o coração, com todo o entendimento e com todas as forças, colocar a nossa confiança n’Ele. É em Jesus que está o sentido exato da nossa vida.
Quando olhamos para o mundo, percebemos como gastamos nossos dias e nossas forças em tantas coisas que julgamos boas, mas que muitas vezes não nos preenchem. Há, dentro de cada um de nós, um espaço que pertence somente a Deus. Nada neste mundo é capaz de saciar plenamente o coração humano. Por isso, vemos tantas pessoas sempre buscando “algo a mais” e, mesmo assim, permanecendo insatisfeitas. É daí que nascem tantas guerras, conflitos e injustiças — da busca pelo poder e pelo domínio.
E, assim, vamos esquecendo daquele que é o princípio da vida humana: Aquele que nos criou, que veio nos salvar e que assumiu sobre si o pecado da nossa humanidade. Ele é quem enche o nosso coração de esperança, mesmo em meio à dor, ao sofrimento e às dificuldades. Essas provações, de algum modo, nos purificam e nos aproximam mais de Deus.
É justamente nos momentos de dor que somos convidados a nos colocar diante da presença do Senhor. Quando tudo está tranquilo, é fácil; mas é na provação que se revela a força da nossa fé. O sofrimento, unido à cruz de Cristo, torna-se também um sacrifício oferecido para a salvação do mundo. E, assim, nossa vida pode ser testemunho para que outros conheçam a Palavra de Deus e desejem viver essa vida verdadeira.
Que neste domingo, o Senhor Jesus conquiste novamente o nosso coração com a Sua Palavra. Que o Espírito Santo nos anime e nos impulsione a viver com sinceridade o discipulado de Cristo. Que possamos buscar, a cada dia, uma vida de profunda união e intimidade com Ele, de modo que, ao olharem para nós, as pessoas reconheçam a presença de Deus, sintam o perfume da santidade e vejam a luz de Cristo.
Que o Senhor nos faça verdadeiros discípulos e missionários da Sua Palavra, autênticos arautos do Evangelho, hoje e sempre.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.
Profissão
de Fé e Preces
Rezamos juntos o Credo Niceno-Constantinopolitano (“Creio no Espírito Santo…”). As Preces da Comunidade foram conduzidas pela ministra da pastoral Teresa Amâncio.
Liturgia
Eucarística
Hino da Consagração: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do Universo…”
Canto da Comunhão: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo…”
Segundo canto da comunhão: “Vejam, procurei bem aquele… Por onde formos, também nós, que brilhe a Tua luz…”
ENCERRAMENTO
A celebração foi concluída com uma Oração Final Reflexiva, conduzida pelo Padre Alex, pedindo que o Senhor nos fortaleça no caminho do discipulado, nos encha de amor e nos faça instrumentos de Sua paz.
ORAÇÃO FINAL REFLEXIVA – PADRE ALEX ABREU
Senhor Jesus, nosso Salvador, mais uma vez o Senhor nos conduz de maneira tão simples e tão próxima de cada um de nós. Louvamos a Tua graça, a Tua unidade, a Tua presença. Bendizemos a Tua misericórdia e o Teu amor.
Hoje, diante de Ti, proclamamos: Corpo, Sangue, Alma e Divindade — mais uma vez declarando o Teu amor, que é tão bom para cada um de nós. O Senhor nos recorda a nossa realidade, a nossa história, a nossa Igreja, e nos convida a seguir firmes no Teu Espírito.
Faz, Senhor, florescer em nós o grande desejo de Vos servir com todo o nosso coração, com todas as nossas forças e com todo o nosso entendimento. Que a nossa vida seja instrumento do Teu projeto, levando libertação e esperança, tornando o Teu amor acessível a todos os homens e mulheres da nossa comunidade.
Por toda a nossa vida, queremos agradecer pela Tua vida, pelo Teu sacrifício e pela Tua entrega por nós. Recebe, Senhor, a nossa gratidão e o nosso louvor.
Amém.
Saímos da igreja com o coração renovado, levando conosco a Palavra e a presença viva de Cristo, para que brilhe em nossas vidas e alcance todos que encontrarmos.
Texto, fotos e transcrições
Alberto Araújo