TOMÁS DE AQUINO, em italiano Tommaso d'Aquino, foi um frade católico italiano da Ordem dos Pregadores cujas obras tiveram enorme influência na teologia e na filosofia, principalmente, na tradição conhecida como Escolástica, e que, por isso, é conhecido como "Doctor Angelicus", "Doctor Communis" e "Doctor Universalis".
A vida e obra de Tomás de Aquino são tão grandiosas que mesmo um resumo apenas razoável é difícil. Viajou muito, conseguindo ainda assim escrever extraordinariamente em quantidade e principalmente qualidade. Professor, pregador, filósofo, teólogo, consultor e conselheiro brilhante, recebeu ainda a graça de visões, e da levitação. São Tomás de Aquino deixou para a Igreja, praticamente, a síntese do pensamento católico.
Tomás nasceu em Roccasecca, no condado de Aquino, região do Lácio, Itália, em 1225 ou 1227. Sua nobre família desejava para ele algum alto cargo civil ou eclesiástico, e tudo fizeram para impedi-lo de seguir a vocação na ordem mendicante dos Dominicanos – até mesmo prendendo-o e levando uma prostituta para tentá-lo. Mas nada disso adiantou e ele foi ordenado sacerdote em 1244, em Nápoles.
No ano seguinte estudou com São Alberto Magno em Paris, que o levou para lecionar em Colônia, Alemanha. Em 1252 voltou a Paris, onde se formou mestre em teologia e lecionou durante três anos. Seguiram-se Nápoles, Orvieto (onde completou a "Suma contra os Gentios"), Roma, e novamente Paris. Em 1272, Tomás pediu licença da Universidade de Paris quando os dominicanos de sua província natal o convocaram para fundar um studium general, espécie de universidade, na cidade de Nápoles.
Em 1274, convocado pelo Papa Gregório X, viaja para participar do Concílio de Lyon. No caminho, montado num burro, bateu a cabeça num galho de uma árvore tombada, ficou seriamente ferido e foi levado às pressas para Monte Cassino. Depois de descansar por algum tempo, tentou seguir viagem, mas teve que parar, doente, na abadia cisterciense de Fossanuova. Faleceu sem completar 49 anos, em 7 de março de 1274. Sua festa em 28 de janeiro comemora o traslado do seu corpo para Tolosa.
A importância do legado teológico de
São Tomás aparece em destaque na síntese coerente da racionalidade presente na
filosofia de Aristóteles com os princípios e tradição católicos. Defendia
também que a política deveria estar subordinada à Igreja, pois possui um
conteúdo ético (busca pelo bem comum, respeito aos direitos dos seres humanos e
busca pela moral). Esta linha de pensamento, a filosofia Tomista, une
harmoniosamente a Fé e a Razão (perspectiva abandonada, ignorada ou combatida
por outras propostas). Das suas talvez 50 eminentes obras, podem ser
consideradas principais “Verdade e Conhecimento (1256-1259)”, “Summa contra
Gentiles” (“Suma contra os Gentios”, 1261-1263) e “Summa Theologiae” (“Suma
Teológica”, 1265-1273); e também os maravilhosos textos litúrgicos para a festa
de Corpus Christi (1261-1265), compostos a pedido do Papa Urbano IV, usados até
hoje.
REFLEXÃO:
A teologia do Aquinate (como também é
conhecido São Tomás pela sua origem em Aquino; por Aquinate entende-se
igualmente o conjunto da sua obra) é obrigatória e fundamental para o
Catolicismo, e de tal forma que nas palavras do Papa Bento XV “a Igreja
declarou os ensinamentos de Tomás como seus próprios”. Não pode haver maior
elogio, considerando que a Igreja é instruída pelo Espírito Santo. A grandeza
de São Tomás, proporcional à sua obra, pode igualmente ser aquilatada por outro
enunciado, dele próprio: "O primeiro degrau para a sabedoria é a
humildade" (lembremos de Maria, a mais humilde das criaturas, que
exatamente por isso mereceu ser Mãe do Verbo divino). Decorrente desta sua
postura de vida, segue-se a simplicidade do que pode ser avaliado como o seu
entendimento sobre o Saber: "Para aqueles que têm fé, nenhuma explicação é
necessária. Para aqueles sem fé, nenhuma explicação é possível".
Nascimento: 1225, Roccasecca, Itália. Falecimento:
7 de março de 1274, Abadia de Fossanova, Abadia de Fossanova, Itália. Influenciado
/ Influenciada: René Descartes, John Stuart Mill. Influenciado por:
Aristóteles, Agostinho de Hipona, Platão. Canonização: 18 de julho de 1323;
Avinhão, Estados Papais; por Papa João XXII. Festa litúrgica: 28 de janeiro.
Oração:
“Ó Deus, que ilustrais a vossa Igreja
com a admirável erudição de S. Tomás, vosso Confessor, e a fecundais pela
santidade das suas obras, concedei-nos a graça, Vos pedimos, de penetrar com
inteligência no que ele ensinou, e, imitando-o, fazer o que ele fez. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo”. (Missale Romanum de 1943, festa de São Tomás de Aquino, 7
de março).
Colaboração:
José Duarte de Barros Filho
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