27 de novembro de 2020

EM 27 DE NOVEMBRO CELEBRAMOS NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DA MEDALHA MILAGROSA

 

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS é uma invocação especial pela qual é conhecida a Santíssima Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Precede as aparições marianas ocorridas em La Salette, em Lourdes, em Fátima e em Campinas-SP.


Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré, então uma noviça da Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo em Paris, França, no século XIX.

 

A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, dia 19 de julho de 1830, quando a Madre Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.




A aparição de Nossa Senhora das Graças a Santa Catarina Labouré.


Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: "Irmã Labouré, vem à capela; a Virgem Maria te aguarda". Mas ela replicou: "Seremos descobertas!". A voz angélica respondeu: "Não te preocupes, já é tarde, todos dormem... vem, estou à tua espera". Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: "A Santíssima Virgem Maria deseja falar-te". Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:

 

SANTA CATARINA LABOURÉ. "Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá". Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.

 

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem Maria sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra "França". Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

 

Então a visão modificou-se e a Virgem Maria apareceu com os braços estendidos e dedos ornados por anéis que irradiavam luz coloridos e raios de luz brancos e rodeada por uma frase que dizia: "Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Desta vez a Santíssima Virgem deu instruções diretas: "Faz cunhar uma medalha onde apareça minha imagem como a vês agora. Todos os que a usarem receberão grandes graças". Catarina perguntou por que alguns anéis não irradiavam luz, e soube que era pelas graças que não eram pedidas. Então Maria voltou-lhe as costas e mostrou como deveria ser o desenho a ser impresso no verso da medalha. Catarina também perguntou como deveria proceder para que a ordem fosse cumprida. A Virgem Maria disse que ela procurasse a ajuda de seu confessor, o padre Jean Marie Aladel.

 

De início o padre Jean não acreditou no que Catarina lhe contou, mas depois de dois anos de cuidadosa observação do proceder da Irmã Catarina ele finalmente dirigiu-se ao arcebispo, que ordenou a cunhagem de duas mil medalhas, ocorrida em 20 de junho de 1832. Desde então a devoção a esta medalha, sob a invocação de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não cessou de crescer. Catarina nunca divulgou as aparições, salvo pouco antes da morte, autorizada pela própria Maria Imaculada.

 

AS APARIÇÕES EM CAMPINAS

 

Foi no Instituto das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, fundado por Dom Francisco de Campos Barreto, Bispo de Campinas, que viveu a Irmã Amália de Jesus Flagelado, a freira espanhola agraciada com o fenômeno dos sagrados estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo e com inúmeras aparições marianas. Esta religiosa fez parte do grupo de primeiras irmãs e foi cofundadora do próprio Instituto, tendo feito os seus votos perpétuos no dia 8 de dezembro de 1931.

Estátua original de Nossa Senhora das Lágrimas em Campinas, no Brasil.

Na década de 1930, na capela da Avenida Benjamin Constant, n.º 1344 (esquina com a Rua Luzitana, n.º 1331), em Campinas, no Estado de São Paulo, no Brasil, a Virgem Maria e o Seu próprio filho, Jesus Cristo, terão aparecido várias vezes à Serva de Deus Irmã Amália de Jesus Flagelado (de seu nome de batismo, Amália Aguirre), comunicando-lhe muitas mensagens com apelos de oração, de sacrifício e de penitência. A Santíssima Virgem Maria, no dia 8 de março de 1930, se apresentou como Nossa Senhora das Lágrimas e lhe ensinou as jaculatórias da Coroa (ou Rosário) das Lágrimas.

 

Medalha de Nossa Senhora das Lágrimas (de Campinas) e de Jesus Manietado.

 

No dia 8 de abril de 1930, Nossa Senhora revelou também à Irmã Amália uma nova medalha milagrosa, a medalha da evocação às Suas lágrimas, e lhe pediu que, conjuntamente com a Coroa (ou Rosário), a difundisse pelo mundo inteiro, pois através dessa mesma medalha se dariam muitos prodígios, um grande número de conversões e muitas almas seriam salvas.  Por ordem da Mãe de Deus, a medalha traz cunhada na frente a imagem de Nossa Senhora das Lágrimas entregando a Coroa (ou Rosário) das Lágrimas à Irmã Amália, exatamente como aconteceu na aparição de 8 de março de 1930, e com as palavras ao redor: '"Ó Virgem Dolorosíssima, as Vossas Lágrimas derrubaram o império infernal!"; no verso, a medalha traz cunhada a imagem de Jesus Manietado (ou seja, com as mãos amarradas durante a Sua Paixão) com as seguintes palavras: "Por Vossa Mansidão Divina, ó Jesus Manietado, salvai o mundo do erro que o ameaça!".

 

Embora a Irmã Amália de Jesus Flagelado, nesse ano de 1930, tenha conseguido divulgar a Medalha e a Coroa das Lágrimas, e essa devoção até tenha chegado a alguns países estrangeiros, esses meios de salvação revelados pela Mãe de Deus permanecem ainda muito desconhecidos.

 

Reconhecimento canônico

 

Virgem Maria na arte

 

Em 8 de março de 1932, o Senhor Bispo de Campinas, Dom Francisco de Campos Barreto, reconheceu a veracidade das aparições marianas à Irmã Amália de Jesus Flagelado e concedeu as devidas autorizações – entre elas, o Imprimatur – para a publicação dos seus escritos (que incluíam as mensagens originais de Jesus e de Nossa Senhora) e das orações da Coroa (ou Rosário) de Nossa Senhora das Lágrimas.

 

Em 20 de fevereiro de 1934, o mesmo prelado publicou uma declaração episcopal e reforçou a importância da devoção a Nossa Senhora das Lágrimas.

 

Apostolado Internacional


Depois de dez anos de uma profunda investigação, de recolha de informação e de testemunhos pessoais, Renato Carrasquinho recompilou os escritos e as mensagens originais ditadas pelo Céu à Irmã Amália de Jesus Flagelado, e ainda reconstituiu biograficamente a vida da religiosa missionária com pleno rigor. Em 2017, para assinalar o centenário das aparições marianas de Fátima, em Portugal, as quais antecederam as aparições de Campinas, no Brasil, e ainda como resposta efetiva aos apelos da Virgem Maria, o autor fundou, com representação mundial, o Apostolado Internacional de Nossa Senhora das Lágrimas.

 





Na maior parte da Imaculada Conceição de Bartolomé Esteban Murillo, da qual cerca de vinte e quatro foram pintadas, a Virgem Maria aparece vestida com uma túnica branca e um manto azul, com as mãos cruzadas sobre o peito, e ao mesmo tempo com uma lua crescente a seus pés e com os olhos fixos no céu. Esta obra foi encomendada a Murillo por Justino de Neve (1625-1685), que era cônego da Catedral de Sevilha, com destino ao Hospital de los Venerables da cidade de Sevilha, já que na Espanha havia se espalhado, extraordinariamente, desde o A devoção do século XVI à Imaculada Conceição de Maria, também referido país sendo o principal defensor do mistério e aquele que mais lutou até se tornar um dos dogmas da Fé Católica, embora isso não ocorresse oficialmente até 1854 Ao longo de sua vida, Murillo pintou cerca de duas dúzias de Conquistas Imaculadas que se encontram atualmente em todo o mundo, embora quatro delas sejam mantidas no Museu do Prado e muitas outras no Museu de Belas Artes de Sevilha. a cidade natal do pintor.


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A devoção à Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa teve início com as aparições da Virgem Maria à piedosa irmã Catarina Labouré. Foram, ao todo, três aparições que aconteceram, em 1830, no convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, na Rue du Bac, em Paris, na França. Na segunda aparição, a Santíssima Virgem mandou que fossem cunhadas medalhas, conforme as visões concedidas a Catarina. Com a aprovação eclesiástica, as medalhas foram confeccionadas e distribuídas, inicialmente na França, e depois pelo mundo todo.

 



FONTE 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_das_Gra%C3%A7as

https://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_das_L%C3%A1grimas#As_apari%C3%A7%C3%B5es_em_Campinas

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