Alguns
fatores de risco de demência não podem ser alterados, como avanço da idade e
histórico familiar. No entanto, cientistas identificaram hábitos que podem
induzir ao surgimento da doença, pois aumentam o declínio cognitivo.
Selecionamos nove deles. Caso algum se encaixe no seu dia a dia, é hora de
mudar.
1.
NÃO CONSUMIR AZEITE DE OLIVA
O
azeite é um dos alimentos mais antigos da culinária, e seus benefícios vão
muito além do sabor. Se consumido com moderação, ele oferece uma gama de
benefícios, incluindo redução de inflamações, diminuição de risco de doença
cardíaca, de depressão e também de demência.
Na
verdade, o azeite é considerado um dos melhores alimentos para aumentar a saúde
do cérebro, pois melhora a memória e o foco. Um estudo recente da Universidade
Temple (Estados Unidos) mostrou que o consumo do azeite extra virgem pode
reduzir a formação de placa no cérebro, que são indicadores da doença de
Alzheimer.
2.
TER UMA DIETA RICA EM GORDURAS SATURADAS
Uma
pesquisa médica mostrou que pessoas com uma alimentação rica em gorduras
saturadas, como o óleo de canola, são mais propensas a desenvolver demência. A
melhor dieta que você pode dar ao seu cérebro é uma alimentação com muitas
frutas, grãos, vegetais e nozes. Substitua a manteiga por gorduras saudáveis,
como o azeite (mencionado acima), e troque a carne vermelha por fontes magras
de proteína, como peixes e peito de frango.
3.
CONSUMIR MUITO AÇÚCAR
A
ciência alerta cada vez mais que o consumo de açúcar pode ser nocivo. Agora,
você tem mais um motivo para evitá-lo, pois, além de outros danos à saúde,
também pode desencadear a demênica se consumido em excesso. Pesquisadores da
Universidade de Bath e do King's College de Londres testaram as amostras de
cérebro de 30 indivíduos com e sem Alzheimer para analisar a glicação, a
condição de ter moléculas de açúcar no organismo.
Eles
descobriram que aqueles com doença de Alzheimer eram mais propensos a ter
problemas com uma enzima vital chamada MIF (fator de inibição da migração de
macrófagos) como resultado da glicação. Com isso, os pesquisadores conseguiram
vincular os altos níveis de açúcar no sangue com o Alzheimer.
4.
IGNORAR A DOENÇA CRÔNICA
Doenças
crônicas como diabetes e hipertensão podem ser fatores de alto risco para
demência se não forem cuidadas adequadamente. Diabéticos têm um risco maior de
até 73% em desenvolver demência em comparação a quem não tem a doença.
Para ambas as doenças, basta tomar os
medicamentos adequados, ter uma dieta regular e praticar exercícios já diminui
significativamente o risco de demência. Para conter – ou evitar – doenças
crônicas, certifique-se de acompanhar seus compromissos com o médico.
"Pacientes que visitam os médicos são menos propensos a sofrer demência,
como hipertensão arterial, diabetes e hipertensão. Tudo isso pode ser
modificado quando estão sob a vigilância de um médico", diz Clifford
Segil, DO, neurologista no Centro de Saúde Providence Saint John em Santa
Mônica, Califórnia.
5.
EXCESSO DE ÁLCOOL
Beber
demais pode aumentar o risco de muitos problemas de saúde, incluindo acidente
vascular cerebral (AVC), pressão arterial elevada, doença hepática e demência.
"Beber demais pode atrofiar o cérebro das pessoas ou causar outros danos,
o que causa perda de memória de início precoce", diz o Dr. Segil.
Além disso, anos de consumo de álcool podem
causar formas raras de perda de memória que levam a um tipo de confusão mental
conhecida como Síndrome de Wernicke-Korsakoff. Todos nós podemos consumir
álcool, mas sempre com moderação – um copo por dia para mulheres e dois para
homens. Na verdade, o consumo de vinho, especialmente o tinto, pode ser bom
para a saúde do cérebro e para o bem-estar geral, pois os flavonoides do vinho
tinto estão ligados a um menor risco de demência em idosos.
6.
FUMAR
Tanto
o cigarro quanto a fumaça contêm mais de 4.700 substâncias químicas. Além
disso, os estudos mostraram que pessoas que fumam correm maior risco de
desenvolver todos os tipos de demência e um risco muito maior de Alzheimer,
especificamente. A boa notícia é que os ex-fumantes têm um risco de demência
muito menor do que os fumantes atuais, então, quanto mais cedo você parar,
melhor.
7.
SER SEDENTÁRIO
Mais
de um milhão de casos de doença de Alzheimer nos Estados Unidos podem estar
ligados a falta de exercícios. No entanto, quase um terço dos americanos
permanecem fisicamente inativos.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que
adultos tenham pelo menos 150 minutos de exercícios aeróbicos de intensidade
moderada todas as semanas, o que equivale a 30 minutos por dia, cinco vezes por
semana.
8.
SER UMA PESSOA SOLITÁRIA
Pesquisadores
do Hospital Brigham and Women, nos Estados Unidos, publicaram um estudo que
encontrou uma associação entre o sentimento de solidão e isolamento social e a
acumulação de beta-amiloide – uma proteína ligada à doença de Alzheimer.
Portanto,
mesmo se você seja uma pessoa introvertida e gosta de passar um tempo sozinha,
mesmo assim é preciso sair, socializar e ter mais atividades sociais.
9.
TOMAR ANTI-HISTAMÍNICOS COM MUITA FREQUÊNCIA
Uma
pesquisa associou o uso a longo prazo do anti-histamínico ao aumento do risco
de demência. "Os anti-histamínicos compensam o que a medicação da demência
está tentando fazer, que é aumentar a quantidade de acetilcolina no
organismo", explica Philip Stieg, chefe do Weill Cornell Brain and Spine
Center, e chefe de neurocirurgia no hospital NewYork-Presbyterian, nos Estados
Unidos.
Portanto,
se você toma medicamentos sem receita frequentemente, pergunte ao seu médico,
nutricionista ou farmacêutico sobre tratamentos alternativos, como adicionar
maçãs e vitamina C à sua dieta.
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