A IGREJA DE NOSSA SENHORA DA LAPA DOS MERCADORES, é uma pérola da arquitetura oitocentista carioca e tem uma história muito rica.
A histórica Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, foi construída em 1750 e, após décadas, volta a sinalizar as horas do dia em alto e bom som para os frequentadores da região.
Os sinos das igrejas nasceram de uma tradição antiga na Igreja Católica de rezar esta oração conhecida como Angelus. O nome vem da primeira palavra de uma oração em latim, Angelus Domini nuntiavit Mariæ (“O Anjo do Senhor anunciou Maria”). Ela recorda a encarnação de Jesus Cristo e invoca a intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria. As badaladas teriam origem num costume dos monastérios no sentido de tocar sinos para chamar os seus monges à oração. Por muitos séculos, homens e mulheres religiosos adotaram o costume de orar várias vezes ao dia, com base em uma prática judaica encontrada no Antigo Testamento. Para os católicos, os sinos são tão importantes que quando um novo sino é instalado em uma igreja, ele é tradicionalmente abençoado pelo bispo. A cerimônia da bênção de um novo sino é quase como um batismo, e a cerimônia ainda exige o uso da água benta. Os sinos chegam a receber até nomes, homenageando geralmente um santo padroeiro ou a Santíssima Virgem Maria.
HISTÓRIA
No ano de 1747, os comerciantes do entorno da antiga Rua da Cruz (atual Rua do Ouvidor) se reuniram para formar uma confraria, bem como para construir uma igreja em honra a Nossa Senhora da Lapa. No ano de 1755 já estava terminada a obra, que, com o passar dos anos, ficou conhecida como igreja de Nossa Senhora da Lapa “dos Mercadores”.
É uma igreja de pequenas dimensões, porém feita com muito esmero e dedicação. No século XIX, passou por uma remodelação completa, seguindo o estilo híbrido luso-italiano (à maneira de outras igrejas cariocas, como a da Candelária). A talha da igreja é de autoria de Antônio do Pádua e Castro, o mesmo que fez a decoração interna na igreja do Carmo. No seu interior, a nave é em formato circular, com teto abobadado (que lembra igrejas barrocas italianas), e a capela-mor, por sua vez, segue o estilo tradicional português.
Conta-se que, durante a Revolta da
Armada, ocorrida em 1893 (após a Proclamação da República), algumas escaramuças
ocorreram em vários locais e fortalezas próximas à orla do Rio de Janeiro.
Certo dia, uma bala de canhão, disparada de um encouraçado, voou em direção à
igreja, mas apenas quebrou alguns dedos de uma das estátuas que ornamentam o
exterior do templo. Esse fato foi entendido como um milagre, e a bala continua guardada
até hoje nas dependências da igreja.
O novo gestor da Irmandade dos Mercadores,
Cláudio André de Castro, trouxe inovações.
Igreja da Lapa dos Mercadores /
Imagem: Comissão de Patrimônio da Arquidiocese
FONTE: www.riodejaneiroaqui.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário