Tombamento municipal em 07/10/1993
Processo 110/022/92 - Lei n° 1.227/93
Rua Coronel Tamarindo, 31 - Gragoatá
Construída em 1937 para residência da família Amorim da
Cruz, a edificação eclética é um exemplar típico de residência burguesa do
gênero popularmente, conhecido como "Castelinho". Reformada na década
de 1940, recebeu diversas transformações ao longo dos anos, sem perder as
características arquitetônicas principais.
Sobrado com aproveitamento de sótão, misturando influências
de nacionalidades diversas, como elementos à moda inglesa, normanda e bávara,
próprias da época, o Castelinho do Gragoatá é uma construção de gosto aberto,
lúdico, onde a fantasia e a liberdade de criação se conjuga com a diversidade
de técnicas construtivas, como alvenaria de pedra, ora bruta ora aparelhada,
enxaimel e tijolo aparente. Também se destacam uma escultura de um homem com
cachorro na fachada e um torreão, cuja cobertura original em escamas de folhas
de flandres foi inadequadamente substituída por fibra de vidro translúcido.
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O Castelinho no Gragoatá, o dia que Deus me permitir acertar
a Mega-Sena vou compra- lá e reformar para abrigar a ANBA, AFBA, ANE e o
CENÁCULO juntos seremos mais fortes! Disse: Edson De Luna Freire.
O tombamento é o ato de reconhecimento do valor histórico,
artístico ou cultural de um bem, transformando-o em patrimônio oficial público
e instituindo um regime jurídico especial de propriedade, levando em conta sua
função social e preservando a cédula de identidade de uma comunidade, e assim,
garantir o respeito à memória do local e a manutenção da qualidade de vida. A
etimologia da palavra tombamento advém da Torre do Tombo, arquivo público
português onde são guardados e conservados documentos importantes. Um bem
histórico é tombado quando passa a figurar na relação de bens culturais que
tiveram sua importância histórica, artística ou cultural reconhecida por algum
poder público (federal, estadual ou municipal) através de seus respectivos
órgãos de patrimônio.
O conceito de tombamento é comum em muitos países. Por
exemplo, no Reino Unido é frequente a designação de listed building, que cobre
centenas de milhares de estruturas, incluindo pontes, campos e até mesmo sinais
de trânsito.
Em cidades alemãs,
por exemplo, a proteção do patrimônio cultural é conjugada com a nova
arquitetura, sendo os locais históricos, preservados, objeto de turismo para a
cidade (CARSALADE, 2009). Os cafés e restaurantes se tornam atrações em meio às
atualidades. Nesses municípios, o crescimento urbano respeitou os imóveis
protegidos que integram seu patrimônio; entretanto, trata-se de um país cuja
memória cultural é importante para o povo, pois desenvolveram a educação
patrimonial de forma eficaz, já que não entendem as partes históricas da cidade
como um entrave à evolução urbana.
Assim, há cidades no exterior que preservam mais, em razão
do contexto. Os municípios brasileiros, a partir dos anos 1930, sofreram um
processo de crescimento rápido e súbito com a industrialização. Instalou-se uma
população urbana desenraizada do local. Em Paris e Roma, que preservam mais, as
cidades cresceram ao longo de muitos séculos. Passaram por essa fase de
explosão, mas quando já eram grandes e tinham uma população arraigada, muito
identificada com os centros históricos. Tinham outra relação de pertencimento
ao espaço.
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