25 de janeiro de 2017

PARABÉNS, SÃO PAULO PELOS SEUS 463 ANOS. UMA HOMENAGEM DO ALBERTO ARAÚJO & AMIGOS.





 
Do alto, da esquerda para a direita: Catedral da Sé, Centro Empresarial Nações UnPaulo (MASP) na Avenida Paulista,  Museu do Ipiranga, Monumento às Bandeiras, Ponte Octávio Frias de Oliveira e visão geral do centro velho da cidade a partido Edifício Altino Arantes.


A data de 25 de janeiro é especial para os paulistanos e habitantes que vivem na maior capital da América Latina e uma das maiores cidades do mundo. Em 2017, São Paulo completa 463 anos.

 
Esta imensa metrópole, que é carinhosamente chamada de Sampa, Pauliceia e Terra da Garoa, é o maior centro financeiro da América do Sul. O Focus Portal Cultural a parabeniza pelo motivo, além de ser um importante centro artístico e cultural. São Paulo é rica em cores, raças, gírias e ritmos, com seus mais de 12 milhões de habitantes, museus, teatros e cinemas, restaurantes de todos os sabores, dentre outras diversas atividades.

 
São Paulo é um município brasileiro, capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América do Sul. É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério sul. São Paulo é a cidade brasileira mais influente no cenário global, sendo considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta, recebendo a classificação de cidade global alfa, por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). O lema da cidade, presente em seu brasão oficial, é "Non ducor, duco", frase latina que significa "Não sou conduzido, conduzo".


Ponte Estaiada ao lado do CENU

 
Assim como o todo o país, São Paulo cresceu muito com a chegada de imigrantes de outros lugares do mundo. Por isso a cidade possui a maior colônia de japoneses, italianos, portugueses e libaneses fora de seus respectivos países.

 
São Paulo é a sétima cidade mais populosa do mundo, atrás apenas de Xangai (China), Lagos (Nigéria), Karachi (Paquistão), Istambul (Turquia), Mumbai (Índia) e Moscou (Rússia). De acordo com o último censo realizado, a cidade atualmente abriga 12,04 milhões de habitantes.


A cidade tem cerca de 20 mil bares e 15 mil restaurantes, sendo que um terço são pizzarias. A pizza é um dos pratos favoritos dos habitantes. São Paulo é a segunda cidade que mais consome pizzas no mundo, atrás apenas de Nova York. Surpreendentemente, o segundo prato mais consumido é o sushi: são mais de 400 mil por dia.


A capital paulista tem a maior quantidade de museus do Brasil e está entre as cinco entre todo o mundo, atrás apenas de Londres, Berlim, Paris e Nova York. São mais de 100 museus. A cidade sempre abriga diversos festivais de música e recebe muitos artistas internacionais e exposições.
 

Edifícios comerciais na Avenida Paulista - São Paulo - SP.
 

O Produto Interno Bruto (PIB) é de cerca de 320 bilhões de reais, o que corresponde a 15% do PIB de toda a América do Sul.

Fundada em 1554 por padres jesuítas, a cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Memorial da América Latina, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Ipiranga, o MASP, o Parque Ibirapuera, o Jardim Botânico de São Paulo e a avenida Paulista, e eventos de grande repercussão, como a Bienal Internacional de Arte, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a São Paulo Fashion Week.


Metro de São Paulo - Estação da Luz.
 

O município possui o 10º maior PIB do mundo, representando, isoladamente, 10,7% de todo o PIB brasileiro e 36% de toda a produção de bens e serviços do estado de São Paulo, sendo sede de 63% das multinacionais estabelecidas no Brasil, além de ter sido responsável por 28% de toda a produção científica nacional (2005) e por mais de 40% das patentes produzidas no país. A cidade também é a sede da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado. São Paulo também concentra muitos dos edifícios mais altos do Brasil, como os edifícios Mirante do Vale, Itália, Altino Arantes, a Torre Norte, entre outros.

São Paulo é a 7ª cidade mais populosa do planeta e sua região metropolitana, com cerca de 20 milhões de habitantes, é a 8ª maior aglomeração urbana do mundo. A cidade também possui um caráter cosmopolita, sendo que, em 2016, possuía moradores nativos de 196 países diferentes. Regiões ao redor da Grande São Paulo também são metrópoles, como Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba; além de outras cidades próximas, que compreendem aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Sorocaba e Jundiaí. Esse complexo de metrópoles — o chamado Complexo Metropolitano Expandido — ultrapassa 30 milhões de habitantes (cerca de 75% da população do estado) e forma a primeira megalópole do hemisfério sul.

 

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No aniversário de 463 anos da cidade de São Paulo, comemorado nesta quarta-feira (25), diversos pontos da cidade têm programação especial para todas as idades, preparada para marcar a data, além das exposições já em cartaz nos museus da capital.
 
Conexão Cultural São Paulo
 
Um dos destaques é a nova edição do Conexão Cultural São Paulo, no Museu da Imagem e do Som (MIS), das 12h às 20h. “É um evento que cobre o museu todo praticamente, com exposições, arte urbana, apresentações musicais, gastronomia, food truck na área externa do museu. É um grande momento, é uma feira cultural para comemorarmos o aniversário da cidade”, disse a diretora de Museus da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Cristiane Batista Santana.
 
Pinacoteca
 
A Pinacoteca vai ter o horário de funcionamento ampliado, das 10h até as 19h, com apresentações do grupo Aqui do Bom Retiro, música boliviana, tradicionais ciganas e judaicas. "Vai ser um encontro com o bairro, para quem quiser conhecer um pouco mais da nossa história”, disse. Ela acrescenta que a história da cidade “está sendo ressignificada com os novos movimentos migratórios, [que estão] convivendo com os movimentos já históricos e tradicionais do bairro [do Bom Retiro], como bolivianos e judeus”.
 
Passaporte
 
Os museus ligados à Secretaria de Cultura vão distribuir um passaporte que dá direito a uma visita gratuita em cada um dos museus da capital, na data em que o visitante preferir. 
 
Para retirar o passaporte, a pessoa precisa fazer o check-in na página do Facebook do museu onde está e apresentá-lo na bilheteria. Com isso, poderá retirar o passaporte e usá-lo nos próximos dias, nos outros museus da cidade. A quantidade de bilhetes disponível é limitada e será entregue por ordem de chegada.
 
“Fazendo o check in no Facebook, é só apresentar na bilheteria de cada museu e retirar uma via do Passaporte de Museus”, explicou. O passaporte é impresso e lembra um passaporte de verdade, o que faz parte da diversão: o visitante pode personalizar, colocando a foto e o nome e poderá visitar gratuitamente os museus.
 
O passaporte será distribuído ao longo desta quarta-feira nos seguintes locais: Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida, Catavento Cultural, Memorial da Resistência, Museu Afro Brasil, Museu da Casa Brasileira, Museu da Imagem e do Som, Paço das Artes, Museu da Imigração, Museu do Futebol, Museu de Arte Sacra, Estação Pinacoteca, Pinacoteca do Estado e Museu da Diversidade Sexual.
 
Fora do centro
 
As fábricas de cultura, que ficam em bairros mais afastados do centro da cidade, também terão programação especial. A entrada é de graça. Durante o dia todo, a Fábrica de Sapopemba terá a Rádio SP tocando músicas que falam da capital.
 
No Parque Belém, às 15h, a história de São Paulo será apresentada por meio de comparações entre imagens antigas e fotos atuais de Gilberto Calixto, acompanhadas pela leitura de um trecho do livro A árvore que canta, o pássaro que fala e a fonte que rejuvenesce, de Maté.
 
Na Fábrica de Cidade Tiradentes, às 11h, os aprendizes da fábrica discutem o desenvolvimento da cidade por meio de pesquisas na internet e comparações com outras metrópoles do mundo. Na unidade de Itaim Paulista, às 11h e às 15h, a equipe da biblioteca debate a relação com a cidade e as referências cartográficas oficiais, convidando os participantes a encontrar os lugares que frequentam na capital.
 
Na unidade da Vila Curuçá, às 15h, o público vai viajar pela geografia da cidade, com a ajuda do personagem Charllynho, do livro A vida sem graça de Charllynho Peruca, de Gustavo Piqueira, que conta a história de um garoto que entrega lanches nas ruas de São Paulo. Todas as atividades são gratuitas e não é necessária inscrição prévia.
 
Memorial da Inclusão
 
A exposição São Paulo, terra boa!  apresenta releituras de monumentos da cidade por artistas que pintam com a boca e os pés. São 29 telas que retratam pontos simbólicos da maior cidade do país, como a Avenida Paulista, o Estádio do Pacaembu e o Mercadão Municipal. 
 
As obras são produzidas com óleo sobre tela, tinta acrílica sobre tela e aquarela sobre papel. A proposta da exposição é a acessibilidade. Os módulos de expositores são acessíveis, haverá leitura dos textos em português ampliado e braile e audiodescrição. “As telas não são em alto-relevo, mas as pessoas podem utilizar a audiodescrição para compreender a tela, assim todo o público pode usar a audiodescrição como audioguia”, explica a museóloga do memorial, Carla Grião.
 
A exposição foi proposta pela Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP), com sede em São Paulo. 
Pintor desde os 10 anos de idade, Gonçalo Borges, 65 anos, escolheu retratar no quadro a sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), um edifício da década de 1940, em estilo neoclássico, localizado no centro da cidade. “O prédio sempre foi a principal referência de São Paulo”. Paulista de Novo Horizonte, mas criado na capital, Borges usou a técnica de aquarela na tela exposta. “Faço a pintura com a boca e com os pés, mas a obra que está exposta foi feita com a boca”, disse o artista, que é membro da APBP.
 
A exposição pode ser visitada até o dia 23 de fevereiro, de segunda a sexta, das 10h às 17h, no Memorial da Inclusão, que fica na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, na Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10, na Barra Funda. A entrada é gratuita.
 
MASP
 
 
Até então marginalizado pela história da arte oficial, Agostinho Batista de Freitas tem suas obras em cartaz no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Elas nostram vários pontos da cidade em 74 pinturas feitas entre as décadas de 1950 e 1990, incluindo cinco telas recentemente doadas ao acervo do museu, fazendo com que, pela primeira vez, a obra do artista (1927-1997) esteja presente na coleção do Masp, corrigindo uma lacuna histórica.

O artista foi descoberto por Pietro Maria Bardi (1900-1999), diretor fundador do Masp, vendendo as obras na Praça dos Correios. As histórias de Batista de Freitas e do museu se misturam. Bardi introduziu o trabalho de Freitas no circuito de arte em 1952. Na época, Freitas tinha apenas 25 anos, morava no bairro do Imirim, na zona norte, e mostrava suas pinturas nas ruas. 
  
A curadoria da exposição é de Fernando Oliva e Rodrigo Moura, curador e curador adjunto de arte brasileira do Masp. Ambos pesquisaram a obra de Freitas, localizando mais de 300 trabalhos em cerca de 50 coleções e acervos diferentes, além de raros documentos, fotografias e croquis feitos pelo artista, e agora reproduzidos no catálogo da mostra. “O aspecto singular da exposição é a própria reunião de obras de uma artista que há muito tempo não era exibido nessa escala numa instituição pública no Brasil”, disse Oliva.
As obras fazem parte de um importante eixo da direção artística do Masp, que pretende questionar os conceitos de arte erudita e popular, dedicando mostras a artistas autodidatas, frequentemente de origem humilde ou reclusos, operando fora dos circuitos tradicionais do sistema da arte. 
  
A exposição pode ser visitada até o dia 9 de abril, no segundo subsolo do Masp (Avenida Paulista, 1578, Cerqueira César). De terça a domingo, das 10h às 18h; quinta-feira, das 10h às 20h. Ingressos a R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada). O Masp tem entrada gratuita às terças-feiras. 
  
Reportagem de Camila Boehm e Ludmilla Souza

 

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