Esta é uma das obras mais propagadas da espiritualidade cristã. É por ela que a espiritualidade moderna ganha seu florescimento com decisivos traços psicológicos preocupados, sobretudo, em discernir os movimentos da alma que busca seguir a Jesus Cristo. A obra traduz uma pedagogia religiosa sinalizada pelo caminho da vida interior. Trata-se de uma coletânea de reflexões escritas em estilo simples, destinadas a alimentar a vida espiritual dos cristãos.
SOBRE O AUTOR
Tomás de Kempis nasceu no ano de 1380, em Kempen, pequeno povoado da diocese de Köln, na Renânia do Norte (perto de Colônia).
Em 1391 tomou o hábito dos regulares de Santo Agostinho, no Mosteiro de Santa Ana. Ordenado sacerdote em 1412, ocupou durante toda a sua longa vida o cargo importante de mestre de noviços.
Aos 12 anos, foi estudar para a escola de Deventer, na Holanda. Durante os seus estudos em Humanidades, Tomás de Kempis revelou muito talento na transcrição de manuscritos. Concluída a sua formação, em 1399, o jovem foi admitido no grupo Irmãos Regulares da vida em Comum que, ainda sem instalações definitivas, viviam no Monte de Santa Inês (ou St. Agnès), perto de Zwolle, na Holanda, onde o seu irmão era prior. Sob a direção do prior Florêncio Radewijn, Tomás de Kempis iniciou uma vida de pobreza, castidade, devoção e obediência, em comunidade, tendo feito votos de noviço apenas em 1406 e, sido ordenado padre em 1413, um ano depois de ter sido edificada a igreja daquela comunidade religiosa. Mais tarde, foi eleito subprior, mas devido a um exílio da comunidade, entre 1429 e 1432, Tomás de Kempis exerceu durante pouco tempo essa função. Durante esse período, esteve com o irmão num convento perto da cidade holandesa de Arnhem, o qual falecera em novembro de 1432. De regresso ao Monte de Santa Inês, Tomás de Kempis foi reeleito subprior, em 1448, permanecendo nessas funções até ao final da sua vida.
Tomás de Kempis produziu cerca de
quarenta obras representantes da literatura devocional moderna. Destaca-se o
seu livro mais célebre, Imitação de Cristo, composto por quatro volumes, no
qual apela a uma vida seguida no exemplo de Cristo, valorizando a comunhão como
forma de reforçar a fé.
Faleceu em 24 de julho de 1471, no Mosteiro de Santa Inês, na idade avançada de 91 anos, legando à posterioridade, além dos quatros livros da Imitação de Cristo, muitas outras obras ascéticas, isto é, que buscam o aperfeiçoamento ou a perfeição espiritual. Que não se deixa corromper; incorruptível. Que se dedica ao aperfeiçoamento espiritual, entre as quais se destacam as seguintes: Soliloquium animae, Orationes et meditationes de Vita Christi, Vita Gerardi Magni; Chronica Montis S. Agnetis entre outras.
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