O Papa
Francisco canonizou domingo 15 de maio de 2022, no Vaticano, mais 10 beatos,
entre os quais encontramos 4 Marias, todas foram fundadoras de ordens religiosas.
AS
4 MARIAS CANONIZADAS
1
- ANNA MARIA RUBATTO (MARIA FRANCISCA DE JESUS)
Italiana,
a menina nascida em 1844 na província de Turim perdeu a mãe aos 4 anos e o pai
aos 19. Trabalhou como servente e manteve o hábito de visitar todos os dias uma
igreja para rezar. Só descobriria a vocação religiosa, no entanto, aos 40 anos
de idade.
De
fato, ao sair certo dia da igreja, ouviu os gritos de um pedreiro atingido por
uma pedra enquanto trabalhava e foi ajudá-lo a lavar as feridas. Soube então
que a obra em construção era um convento e conheceu o frade capuchinho
responsável por supervisioná-la. Ele a convidou a discernir a vocação
religiosa.
Anna
Maria acabou se tornando não apenas religiosa, mas fundadora e primeira
superiora das Irmãs Capuchinhas Terciárias de Loano, com o nome religioso de
Maria Francisca de Jesus.
Missionária,
a agora Santa Madre Maria Francisca Rubatto cruzou o Oceano Atlântico a bordo
de navio nada menos que sete vezes para trazer a sua congregação para o Brasil,
Uruguai e Argentina.
Atualmente,
as Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto estão presentes em vários países da
América Latina, da Europa e da África.
2
- MARIA DE JESUS SANTOCANALE
Também
italiana, a jovem batizada como Carolina Santocanale, nascida em Palermo em
1852, sentiu ainda cedo o chamado de Deus à vida consagrada – coisa que seu pai
reprovava. Com ajuda do padre Mauro Venuti, seu orientador espiritual, ela
discerniu a vocação a uma vida consagrada ativa, praticando obras de caridade
junto aos pobres.
Foi
provada com força aos 32 anos com sérios problemas de saúde, entre os quais uma
insuportável dor nas pernas que a deixou de cama durante mais de um ano. Após
superar a enfermidade, abraçou com ainda mais paixão a espiritualidade
franciscana.
Professou
os votos religiosos aos 39 anos e, quando não estava adorando a Santíssima
Eucaristia perante o sacrário, trabalhava com entusiasmo junto a crianças de um
orfanato e de uma creche, além de promover vocações à vida religiosa e ao
sacerdócio. De fato, a irmã que se tornou madre e adotou o nome de Maria de
Jesus fundou as Irmãs Capuchinhas da Imaculada de Lourdes, na Sicília, em 1910.
Atualmente,
a congregação da agora Santa Madre Maria de Jesus Santocanale está presente na
Itália, na Albânia, no Brasil e em Madagascar.
3
- MARIA DOMENICA MANTOVANI
Primogênita
de quatro irmãos nascida na província de Verona em 1862, Maria Domenica foi
batizada já no dia seguinte. Recebeu a Crisma aos 8 anos e a Primeira Comunhão
aos 12.
Segundo
o portal do Vaticano, transcorreu a juventude em família até os 30 anos,
distinguindo-se pela bondade, docilidade, transparência de vida e singular
piedade.
Sob
a orientação do Padre José Nascimbeni, seu pároco e diretor espiritual,
discerniu a vocação à vida religiosa e cofundou em 1892, aos 29 anos, a
congregação das Irmãzinhas da Sagrada Família, dedicada a servir aos pobres,
órfãos e doentes. Foi a primeira superiora geral, cargo que ocupou durante mais
de 40 anos. Escreveu as constituições da ordem e supervisionou a abertura de
muitos conventos.
Quando
partiu desta vida, em 1934, as Irmãzinhas da Sagrada Família já tinham se
expandido a ponto de contarem mais de 1.200 irmãs em 150 conventos espalhados
pela Itália e pelo exterior.
4
- MARIE RIVIER
Esta
jovem francesa teve de enfrentar durante a infância uma dolorosa deficiência
que deixava suas articulações inchadas e encolhia os seus membros, o que lhe
tornava difícil até mesmo ficar de pé, inclusive quando se apoiava em muletas.
Esses
problemas de saúde quase comprometeram a sua entrada na vida religiosa, mas
Maria Rivier não desistiu nem se deixou abater. Antes mesmo de fundar a sua
congregação, já ajudava a educar mulheres desempregadas em sua paróquia.
A
brava jovem de 28 anos fundou as Irmãs da Apresentação de Maria, dedicada à
educação de jovens na fé, em plena perseguição promovida pela anticatólica
Revolução Francesa, que obrigou todos os conventos e mosteiros a fecharem as
portas na França. Na época, padres e freiras eram martirizados sob o “Reinado
do Terror” – o que exigia ainda mais bravura da nova congregação, que, em 1801,
recebeu aprovação oficial e começou a se espalhar pelo país.
Pouco
tempo após a sua morte, as Irmãs da Apresentação de Maria já estavam presentes
no Canadá e nos Estados Unidos, expandindo-se em seguida para os cinco
continentes.
Charles de Foulcald Tito Brandsma
Os
novos santos entre tantos, que são conhecidos: Tito Brandsma, carmelita,
intelectual e professor holandês, martirizado no campo de concentração nazista
de Dachau, na Alemanha, em 1942; e o religioso francês Charles de Foulcald,
chamado “pequeno irmão de todos”, autor de textos espirituais e que viveu em
meio a vilas muçulmandas na Argélia, morto em 1916 durante um assalto.
Os
outros beatos canonizados são: Lázaro Devasahayam, César de Bus, Luigi Maria
Palazzolo, Giustino Maria Russolillo, Marie Rivier, Maria Francesca di Gesù
Rubatto, Maria di Gesù Santocanale e Maria Domenica Mantovani.
FONTE
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