EM 21 DE NOVEMBRO A
IGREJA TERMINA O ANO LITÚRGICO B COM A FESTA DE CRISTO REI DO UNIVERSO.
Esta solenidade foi criada em
1925 pelo Papa Pio XI com o objetivo de relembrar os fiéis católicos que Jesus
reina sobre todos os reinados, governos e instituições.
Como no evangelho de hoje (João 18, 33-37) Jesus diz a Pilatos que “o meu Reino não é deste mundo”. A princípio essa citação pode parecer contraditória com o sentido da festa de hoje.
No ano 325, ocorreu o primeiro
Concílio Ecumênico na cidade de Nicéia, Ásia Menor. Na ocasião, foi definida a
divindade de Cristo contra as heresias de Ario: "Cristo é Deus, Luz da
luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro". Após 1600 anos, em 1925, Pio XI
proclamou o modo melhor para superar as injustiças: o reconhecimento da realeza
de Cristo. De fato, escreveu: “Visto que as festas têm maior eficácia do que
qualquer documento do magistério eclesiástico, por captar a atenção de todos,
não só uma vez, mas o ano inteiro, atingem não só o espírito, mas também os
corações” (Encíclica Quas primas, 11 de dezembro 1925).
A data original da festa de
Cristo Rei era o último domingo de outubro, ou seja, no domingo que precedia a
festa de Todos os Santos, mas, com a nova Reforma de 1969, foi transferida para
o último domingo do Ano Litúrgico. Desta forma, fica claro que Jesus Cristo, o
Rei, é a meta da nossa peregrinação terrena. Os textos bíblicos mudam em todos
os três anos, para que possamos conhecer, plenamente, Jesus.
O reino de Jesus não é de
opressão, mentiras, mas, um reino de amor, de justiça e da esperança do qual o
veremos perfeitamente um dia no Reino dos Céus.
Portanto, hoje, a igreja me
convida e você para refletirmos nossa vida durante este ano litúrgico.
E que este artigo lhe ajude a refletir, meditar e rezar na intenção de conhecer a grandeza de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo e de nossas vidas.
QUANDO JESUS FOI REI?
JESUS FOI REI, durante Sua vida,
em apenas dois momentos: ao entrar em Jerusalém, como um Rei pobre, montado em
um jumento emprestado, e ser humilhado na Paixão, revestido com manto de
”púrpura-gozação e capacete de espinhos”; e, Rei, ao morrer despido, com o
peito transpassado na cruz. Rei da paz e Rei do amor sem limite até a morte. A
realeza de Jesus é a realeza do Amor Ágape de Deus por toda a humanidade e por
toda a criação.
Essa festa é a ocasião propícia
para podermos reconhecer, mais uma vez, que, na cruz de Jesus, o ”poder
dominador”, o ”poder opressor”, criador de desigualdades e exclusões,
espalhador de sofrimento por todos os lados, está definitivamente derrotado.
Isso se deu pelo seu modo de viver para Deus e para os outros. O fracasso na
cruz é a vitória de Jesus sobre o mal, o pecado e a morte, por meio de Sua
Ressurreição.
DEUS É O CRIADOR
Essa festa se torna, então,
reveladora de um tríplice fundamento para a nossa esperança de que as promessas
de Deus serão cumpridas até o fim.
Deus é criador respeitando as
leis daquilo que criou. Nós nos damos conta de que a soberania d’Ele vem se
cumprindo num Universo em expansão, uma vez que a evolução da matéria atingiu
seu ponto ômega ao dar à luz a Jesus de
Nazaré, por meio de Maria, porque, n’Ele está a Humanidade humanizada para todos
os homens e mulheres de todas as gerações.
O segundo fundamento é a pessoa de Jesus de Nazaré. O sonho de uma humanidade humanizada ─ tornada aquilo que ela é ─ vem expresso na primeira leitura do livro de Daniel, na figura de um Filho de Homem ─ figura antitética dos filhos de besta, filhos da truculência, dos povos pagãos que oprimiram Israel com seus exércitos. O sonho tornou-se realidade em Jesus Cristo. Ele nos humaniza com a Sua divindade: nunca Deus esteve tão perto de nós, sendo um de nós e sem privilégios, mas também sem crimes nem pecados (cf. epístola aos Hebreus). Jesus nos diviniza com a sua humanidade, tão humano que é, que só pode vir de Deus e ser de Ele mesmo.
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