9 de dezembro de 2020

NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO: DIANTE DO MEDO, FIXEM OS SEUS OLHARES NA DIREÇÃO DE JESUS.





DIANTE DO MEDO, FIXA O SEU OLHAR NA PAIXÃO DE JESUS

 

 

Poucas coisas atingem o medo em nossos corações, como um obstáculo repentino no caminho do que mais desejamos, uma doença, uma crise financeira, um relacionamento rompido ou a perda de um ente querido. São circunstâncias difíceis, que podem nos manter presos ao medo e a raiva, se os deixarmos.

 

Mas para aqueles de nós que se esforçam para amar a Deus de todo o coração, todos os obstáculos são aparentes. Nada pode nos manter longe do amor de Cristo se fizermos da vontade de Deus o nosso objetivo mais elevado. E através da graça de Deus, as provações que passamos podem nos ajudar a nos transformar mais e mais à imagem de Cristo.

 

Então, vi a Virgem Santíssima, indizivelmente bela, que se aproximou de mim, vindo do altar até o meu genuflexório, estreitou-me ao seu Coração e disse-me estas palavras: Sou vossa Mãe pela infinita misericórdia de Deus. A alma que cumpre fielmente a vontade de Deus é a que mais me agrada. — Fez-me compreender que cumpro fielmente todos os desejos de Deus e dessa maneira encontrei graça aos Seus olhos. — Sê corajosa, não tenhas medo das dificuldades ilusórias, mas fixa o teu olhar na Paixão do meu Filho e, dessa maneira, vencerás.  (Diário de Santa Faustina, 449)

 

Julgamentos, é claro, doem. Ninguém quer sofrer. Mas Jesus e a Santíssima Virgem Maria nos ensinam a tirar proveito de nossos sofrimentos. Na passagem acima — número 449 do Diário, Maria nos chama para meditar na paixão de Cristo durante nossas provações. Ao sofrermos, Cristo, sofre dentro de nós, e a Virgem Maria chora por nós, assim como chorou com a morte de Jesus.

 

Se nos voltarmos para Cristo e para a Mãe Santíssima em meio às nossas provações, partes de nós que não glorificarem a Deus serão mortas. Mas, graças à ressurreição de Cristo, nos levantaremos de novo, depois da morte e do julgamento. Ao longo de nossas vidas, o Senhor nos permite experimentar pequenas mortes e pequenas ressurreições. É isso que significa crescer em santidade.

 

Então, durante qualquer obstáculo, devemos manter nosso objetivo em mente: lutar para amar a Deus e fazer a Sua vontade. Ele é a nossa saúde, nossa proteção, nossa libertação, nossa ressurreição, nesta vida e especialmente na vida que está por vir.

 

Jesus nos diz hoje:

 

Não se preocupe com nada. Esforce-se para fazer a Minha vontade e cumprirei os desejos mais profundos do seu coração. Siga o exemplo de Minha mãe, que chorou debaixo da minha cruz, esperando na ressurreição. Ninguém mais te ajudará a fazer a Minha vontade e a receber as minhas graças mais do que ela.

 

Minha oração:

 

Ó Maria, por favor, me consola neste dia e todos os dias diante de quaisquer obstáculos aparentes. Qualquer que seja a dor, seja qual for o desconforto, seja qual for a insegurança, ajude-me a ter em mente a Cruz de Cristo e a esperança da ressurreição. Através das minhas provações, ensina-me a amar a Cristo como você o ama. Amém.

 

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Para os bons filhos desta Virgem, que meditam suas glórias amiúde e Lhe devotam amor a todo instante, contarão esta passagem entre suas prediletas de todo o Evangelho. Ei-lo:

“Enquanto ele [Jesus] assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: ‘Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram!’. Mas Jesus replicou: ‘Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a observam’.” (S. Lucas 11, 27s) Onde Jesus parece rechaçar o elogio a sua mãe e tê-La como comum, na verdade, está Lhe dando a graça preciosa e ao mesmo tempo consoladora de ser humilhada por Deus.

 

Para nós, homens de alma tal como carne (cf. TVD §79), isso é difícil de entender, pois frequentemente gememos contra Deus ao menor sinal de contradição de nossa vontade. Como escrava (cf. S. Lucas 1, 38), a mãe de Nosso Senhor não se interessava em aparecer, mas fazer apenas Deus estar na consideração de todos, por meio de seu Filho Jesus. Pelo contrário, evitava qualquer atenção sobre Si, pois cria que qualquer atenção que causasse, seria atenção a menos a Deus. Considerando isso, então qual não seria o sentimento de Maria quando Nosso Senhor rebateu a exclamação daquela mulher? Ademais, Nossa Senhora recebe de seu Filho uma dupla medalha: corporal e espiritual.

 

Se por um lado Ela é corporalmente feliz por ter carregado em Si o Verbo eterno, também é espiritualmente, bem-aventurada porque ninguém observou a Palavra de Deus com a diligência d’Ela. Por fim, hoje já não subsistem as razões para se ocultar Nossa Senhora, já que, como diz a sã sabedoria, os santos são Evangelho vivo. São Luís Maria (cf. TVD §55) declara que nestes últimos tempos da história Maria deve ser mais conhecida e amada do que nunca; porque, como aurora (cf. Cânticos 6, 3.9), Ela precederá a vinda gloriosa de seu Filho.

 

Tal como na primeira vinda Cristo veio por Maria, também na segunda vez virá por meio d’Ela. A primeira vez veio de modo oculto, mas Maria deve refulgir nestes derradeiros dias (cf. TVD §49). Enquanto nós mesmos não fazemos caso do nosso estado espiritual e vivemos cada dia igual ao outro, o Diabo sabe que está a ficar sem tempo (cf. TVD §§50-51). Ele empenhará esforços para arrastar à perdição os últimos homens maiores que os nossos próprios em nos mantermos na justiça – isso nos deveria fazer entender quanto trabalho damos ao nosso Anjo particular. Contudo, para frustrar as ciladas dos demônios, Nossa Senhora há de formar e educar seus escravos para operar coisas extraordinárias (cf. TVD §35). E para fazer esta excelsa Senhora mais célebre e amada, seu exército de devotos deve, absolutamente, ser expandido. Façamos, portanto, neste mês de Maria, o propósito de conhecermos e difundirmos a Verdadeira Devoção a Nossa Senhora.







 

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