O maior presente que Deus deu ao homem foi a Bíblia e a pureza das suas palavras." (Abraham Lincoln)
A minha ida junto com Mara Duarte e Flávia Ferreira para o Vale da Benção, Missão Antioquia foi muito abençoada.
Deus nos deu a alegria de voarmos além das nuvens, mas com o coração em terra e pensando em nossa chegada ao Vale da Benção.
Desembarcamos em Congonhas e saímos apressados a procurar um ponto de ônibus, pois teríamos que chegar até a Estação de São Judas Tadeu para pegarmos um metrô que nos deixaria na estação da Barra Funda, onde pegaríamos um ônibus até Araçariguama, KM 50 da avenida Amaral Peixoto.
Enfrentamos um forte calor que quase nos fez passar mau. Mas não nos deixávamos abater pelo cansaço. As irmãs chamavam a minha atenção pra beber água e ir ao banheiro. Pegamos um ônibus às 15 horas, que pegou uma linha reta até o Vale da Benção. Mas parecia que aqueles 50 km eram milhas e milhas de distância. Ah, ansiedade de chegar logo a nosso destino.
Nossa ida foi uma experiência inesquecível. Éramos tres pessoas com a vontade de centenas. Colocamos as malas debaixo dos bancos e ficamos quietos. Foram longas horas de viagem, no primeiro trajeto, até o Vale da Benção. Graças a Deus, eu havia levado minha câmera fotográfica e não poderia deixar de registrar a nossa chegada.
No primeiro dia que chegamos, já houve a abertura da conferência, mas antes tivemos um bom jantar. Durante o culto sentimos uma presença de Deus muito forte. Sobretudo com a pregação da Palavra com o pastor norte americano Corey Russell. Aquela primeira noite foi realmente de muita unção de Deus em nossas vidas. Ficamos encantados com os missionários que tivemos contato e com os testemunhos que eles deram. Fomos motivados por cada palavra e enchíamos os nossos corações com a certeza de nosso chamado missionário.
Após o culto compramos algumas coisinhas e fomos para os alojamentos. Eu dormi poucas horas porque, vez por outra acordava por causa do barulho que as pessoas faziam: conversas, risos, roncos ou passeios pelos corredores. Naquela primeira noite tive a oportunidade de passar um longo período em oração, ali mesmo, em minha cama, pois os pernilongos não me permitiam ter um sono tranquilo. Em minha intercessão eu pedia pra que Deus me ajudasse a está firme na obra e pedia pela minha família que ficara no Rio de Janeiro.
Na manhã de sábado acordamos bem cedo, por volta das 7 horas e fomos tomar café juntos. Havia uma mesa enorme com todo tipo de bolos e pães Frances , geleia, manteiga, frutas, sucos, ovos fritos com bacon, iogurte e granola, suco de laranja e abacaxi. Ficamos felizes e víamos isso em todas as pessoas ali. Muitos adolescentes trabalhavam servindo e cuidando de tudo no refeitório.
Ficamos encantados com a organização e aparente dedicação de todos que trabalhavam ali no Vale da Benção. Após o café fomos para o Templo ouvir testemunhos de missionários e louvores voltados pra missões. E pra finalizar a pregação da Palavra com o pastor Corey RusselI, homem cheio de unção e poder de Deus. E nós outra vez sendo tocados pelo poder do Espírito Santo de Deus, que nos enchia de alegria e fé. Como Deus falou conosco nesse evento. Na saída tiramos fotos pra registrar nossa alegria. E, assim íamos aproveitando o tempo que passávamos ali.
Um irmão achou uma carteira de um funcionário do Vale com uma boa quantia em dinheiro e me pediu pra ser testemunha para devolver a carteira na igreja, pois havia um crachá com a identificação do irmão. Até isso ficávamos alegres e adorávamos a Deus pela sua grandeza em nossas vidas.
Mas como tudo que é bom passa rápido, chegamos no domingo, último dia da conferência. Como de costume, acordamos às 7 horas e fomos tomar café juntos. Estávamos alegres, pois iríamos mais uma vez encontrar a mesa farta com tudo de bom pra se comer pela manhã. E lá estava o refeitório a nossa espera. Ficávamos contentes quando nos servíamos de tantas coisas gostosas. Depois do café íamos para a igreja assistir mais um testemunho de um missionário, sem falar dos louvores de adoração acompanhado por algumas meninas, que dançavam cheias de unção, vestidas de uma calça preta bem leve, parecendo um vestido longo e uma camisa de malha com a frente, sendo a bandeira de algum pais evangelizado. Após a dança lá vinha o pastor Corey Russel outra vez com mais uma mensagem impactante. Depois do culto saiamos direto para o refeitório para um caprichoso almoço, feito por mãos santas que deixavam o arroz, o feijão, as carnes e saladas deliciosas. Como era o nosso último dia no Vale, após o almoço decidimos descansar, pois iríamos passar a noite no aeroporto de Congonhas e só embarcaríamos às 6:45 da manha de segunda-feira dia 03.11. Mas antes de irmos pro alojamento tiramos mais umas fotos e subimos contentes para descansar. Entrei no quarto e fiquei revendo algumas fotos que fiz e os vídeos das meninas dançando. Depois fiquei refletindo sobre a pregação do pastor Russell, quando ouvi alguém bater na porta e me chamar. Era a irmão Flávia que veio me pedir pra eu ir até o alojamento, pois a Mara precisava falar comigo. Tomei um susto, pois sabia que ela estava grávida e temi ter acontecido algo. Mas ela me informou que o irmão Diogenes havia acabado de falecer durante a Santa Ceia da Igreja. Aquilo veio como uma banho de água fria em nós. Estávamos contentes com os presentinhos que íamos levar e fomos abalados pela noticia. Oramos e decidimos continuar descansando. Eu fui até o lugar de oração e fiquei clamando mais de uma hora, pois tive a necessidade de orar naquele momento. E Deus me deu novo ânimo e voltei pro alojamento e descansei.
A noite fomos jantar, mas antes preparamos tudo para nossa viagem de volta. Liguei para um taxista de apelido Karioca, que iria nos levar em Congonhas por R$180,00. Ficou acertado que ele nos apanharia às 22:30 em frente a igreja, no final do culto.
Tudo estava acontecendo conforme planejamos. Assistimos o culto com mais uma pregação do pastor Corey Russell e nos sentimos totalmente impactados pela Palavra. Sem dúvida este evento no Vale da Benção marcou a nossa história. E lá estávamos nós no taxi com o carioca que foi nos contanto sobre a vida dele e a doença que teve que lhe obrigou a deixar a carreira de engenheiro civil e a separação da família que ficou no Rio de Janeiro. Havia nele um olhar muito triste. Jeito de quem está preso ao passado. Mas enfim, tentamos dar a ele palavras de motivação para servir a Deus e fizemos algumas fotos de recordação. No aeroporto ficamos esperando o voo 6000 da Avianca, que iria sair às 6:45 nos levando de volta ao Rio de Janeiro. Entretanto um pedacinho de nosso coração ficou alojado no Vale da Benção deixamos a certeza que em breve voltaríamos para lá e cumprir mais uma parte de nosso chamado missionário.
E voando lembrei-me dos nossos missionários… Que Deus abençoe e guarde os nossos missionários que estão no campo, há tanto tempo longe da igreja, de casa e da família. Somente o Espírito Santo pode trazer consolo e encorajamento efetivos a esses corações. Que jamais deixemos de orar pelos nossos irmãos e irmãs para que Deus os livre de todo mal, de toda cilada e de toda contaminação pelo pecado. Nós somos, em oração, responsáveis pelos nossos missionários. Muito pode, em sua eficácia, a súplica do justo.
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