ELE, O SANTO
Embarco no tempo,
estou em Belém
e vejo o menino
Jesus que já vem.
O berço é modesto,
forrado de palha
tal qual no presépio,
mas Deus agasalha.
Sou anjo invisível
e tudo acompanho,
me junto aos pastores
seguindo o rebanho.
A estrela brilhante
os magos seguiram.
Olhando pro céu,
Jesus eles viram.
A virgem Maria
e o pai São José
nos olhos revelam
em Deus toda fé.
Fugindo de Herodes
ao cerco escaparam.
Pro Egito eles fogem,
cansados chegaram.
Os anos passaram,
já é carpinteiro
e lá no Jordão
se faz mensageiro.
Batista batiza
o novo profeta;
o filho de Deus,
figura discreta.
Deixou Nazaré,
então foi pregar.
Caminhos difíceis
foi ele enfrentar.
Palavaras sinceras
ao povo dizia.
“Um santo”, gritavam,
milagres fazia.
Nas ruas e casas,
em todos espaços,
na busca de Deus
seguiram seus passos.
A todos pregava
o amor mais profundo,
dizia “meu reino”
não é deste mundo.
Os donos da terra,
judeus e romanos
de nada gostaram,
causava-lhes danos.
Assim foi que um dia
na cruz foi pregado.
“O filho de Deus
pra nós é culpado”.
Nem todos do povo
por ele choraram,
alguns até pedra
no santo jogaram.
Mas Ele era o santo
que vinha da Luz,
voltou para a glória
o nosso Jesus.
De volta ao agora,
Seu rosto contemplo
− o filho de Deus,
meu guia e exemplo.
Não ando na sombra,
eu ando na luz.
Eu sigo na trilha
do homem Jesus.
Gilson Rangel Rolim – Escritor,
poeta, contador, acadêmico. Nasceu em 13 de abril de 1929, na cidade de Mimoso
do Sul - ES, filho de Lauro de Azevedo Rolim e Maria Izabel Rangel Rolim.
Deixou a cidade natal aos dois anos, seguindo para a localidade de Chave de
Santa Maria, no município de Campos.
Em 1934 veio para Niterói, onde
permaneceu até 1939. De janeiro de 1940 a agosto de 1943 residiu em Macaé,
período marcante de sua vida: a pré-adolescência. Deixando Macaé, por falecimento
de sua mãe, retornou a Niterói. Cursava o terceiro ano ginasial no Ginásio
Municipal de Macaé quando da mudança. Já na antiga capital fluminense,
completou o ginasial no Colégio Plínio Leite. Em 1945, as circunstâncias
levaram-no a trabalhar de dia e estudar à noite; mudou-se, então, para o Rio,
capital federal na época. Após três anos na Academia de Comércio do Rio de
Janeiro (Cândido Mendes), obteve o grau de Contador, equivalente, hoje, ao de
Ciências Contábeis. Em setembro de 1947 voltou a residir em Niterói,
permanecendo até hoje.
Vida Literária
Em 1954, no Diário do Povo, escreve as primeiras crônicas de cinema; foram,
apenas, alguns meses. Em setembro de 1961, a convite de Carlos Couto, passa a
colaborar com o semanário PRAIA GRANDE EM REVISTA, como crítico
cinematográfico, atividade que manteve durante o pouco mais de um ano que teve
o PGR. Em 1965 escreveu o poema O GRITO o qual, devidamente traduzido para o
Inglês, foi enviado ao Pastor Martin Luther King Junior. Em carta pessoal, que
o autor guarda com carinho, o grande líder agradeceu essa colaboração a sua
luta. Em 1966 e 1967 teve seus primeiros poemas publicados em O Fluminense, na
seção Prosa & Verso, então sob a direção de Sávio Soares de Sousa.
Em 1968, é selecionado para a final
do Festival Fluminense da Canção (O Brasil Canta no Rio), transmitido pela TV
Excelsior, com a canção Eu Andei Pelo Mundo, musicada por Frederico Leite
Pereira; o resultado final deu-lhe o oitavo lugar entre as trinta e seis
finalistas. Seus trabalhos literários vão sendo guardados até que, em 1988, sob
o patrocínio da empresa NITRIFLEX, tem publicado o livro: ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA, que teve boa receptividade entre os
críticos de nossa cidade. Depois desse, e até que viesse a publicar O TEMPO NEM ME VIU PASSAR, em 2004,
publicou artesanalmente com divulgação em âmbito restrito, os seguintes livros:
Mais ALGUNS VERSOS, ALGUMA POESIA Talvez (1991), PROSA, VERSOS & ETC (1997), Um
Pouco Mais de PROSA, VERSOS & ETC (1999) e CONTOS, VERSOS & OUTROS ESCRITOS (2002). Em 2005, lançou o
livro REVIVENDO MEUS PASSOS (Retalhos
de Memória). Em maio de 2006, lançou o livro DOIS MOMENTOS, de prosa e versos, com prefácios de Sávio Soares de
Sousa para os versos, e de Antonio Soares para a prosa. Fez acompanhar este
livro de uma coletânea de versos que intitulou VERSOS A GRANEL.
Ainda em 2006, escreveu uma sinopse
do famoso romance de José Cândido de Caravalho, O Coronel e o lobisomem. Em
2008, publicou UM SIMPLES CURSO D’ÁGUA,
em 2009, ESTAÇÃO OITENTA e, em 2010, NA POEIRA DO TEMPO, e lançou
recentemente o livro “Puxando Conversa”.
Além de trabalhos literários,
escreveu um pequeno livro profissional intitulado ELEMENTOS BÁSICOS DE CONTABILIDADE PARA PROFISSIONAIS DE OUTRAS ÁREAS.
É acadêmico titular da Academia Niteroiense de Letras, desde a posse em 12 de
setembro de 2004. É também membro da Academia Brasileira de Literatura desde
2008. Paralelamente a essa atividade literária, e intimamente ligada a ela,
produziu composições musicais de caráter popular (letra e música), em alguns
casos em parceria com seu professor, o consagrado e saudoso músico Sylvio
Vianna, seu amigo e professor. Em 2006, fez palestra sobre o Centro de Niterói,
dentro do VIII Curso de História de Niterói, do IHGN. Muitos de seus trabalhos
têm sido publicados no jornal UNIDADE, do qual é assíduo colaborador.
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Contato:
Um comentário:
Alberto.
Agradeço a gentileza da divulgação de meu trabalho.
Abç. Gilson
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