5 de junho de 2021

NOSSA SENHORA E A COMUNHÃO DE CRISTO

 




A DEVOÇÃO A VIRGEM MARIA ANTES DA COMUNHÃO

 

A preparação para a comunhão começa antes mesmo da celebração da Santa Missa, ou da Palavra com comunhão, com o jejum eucarístico de pelo menos de uma hora antes – que tem como finalidade não somente de abster-nos de comida e de bebida, mas principalmente de despertar em nós “fome” e “sede” de Deus – e a busca do silêncio e do recolhimento interior. Além disso, as práticas seguintes, ensinadas por São Luís Maria para antes da comunhão, podem ser feitas durante a celebração, mas é muito salutar se forem vividas antes, ainda que num breve momento de meditação e oração. De qualquer forma, nesta preparação para a comunhão, devemos:

1º – Humilhar-nos profundamente diante de Deus;

2º – Renunciar ao nosso fundo mau, todo corrompido, e às nossas más disposições, embora o nosso amor próprio as faça parecer boas;

3º – Renovar a nossa consagração dizendo: “’Todo Vosso sou, ó querida Mãe, e tudo o que tenho é Vosso!‘ (Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt!)”;

4º – Suplicar a Virgem Maria que nos empreste o seu Coração de Mãe, para nele receber seu Filho com as disposições dela. Pois, a glória de seu Filho exige que não seja recebido num coração tão manchado e tão inconstante como o nosso. Se recebermos o Senhor em nosso coração, este não demorará em fazer-nos perdê-Lo, ou em privar-nos da Sua glória. Mas, se Nossa Senhora quiser vir habitar em nosso coração para receber seu Filho, poderá fazê-lo pelo domínio que tem sobre os corações. Dessa forma, seu Filho será bem recebido, sem mancha nem perigo de ser ultrajado ou perdido. Então, digamos confiantemente a Mãe de Deus que tudo o que lhe oferecemos dos nossos bens é bem pouca coisa para honrá-la. Por isso, desejamos dar-lhe, pela santa comunhão, o mesmo presente que o Pai Eterno lhe deu: seu Filho Jesus Cristo. Deste modo, a Virgem Maria será mais honrada do que se lhe oferecêssemos todos os bens do mundo. Podemos dizer a Virgem de Nazaré que seu Filho Jesus a ama muito particularmente, e que ainda quer ter nela as suas alegrias e o seu repouso, mesmo que agora seja em nossa alma, mais suja e pobre que o estábulo, onde Jesus não pôs dificuldades em vir, porque ela lá estava. Enfim, peçamos a Nossa Senhora o seu Coração, com estas ternas palavras: “Tomo-Vos como toda a minha riqueza. Dai-me o Vosso Coração, ó Maria!”.

SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT, ensina como os consagrados a Nossa Senhora devem participar da comunhão eucarística, no final do seu extraordinário livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”. Apesar de este ser o último tema do Livro, não é o menos importante. Ao contrário, o grande Santo nos fala da comunhão separadamente das práticas interiores e exteriores justamente por causa da sua importância na santa escravidão a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria. Podemos dizer que esta última parte do Tratado é um coroamento da devoção que São Luís Maria nos ensinou. Não poderia ser diferente, pois participar bem da Santa Missa, principalmente da comunhão, recebendo o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo devotamente, em estado de graça e com um coração bem disposto, faz toda a diferença para o crescimento na vida espiritual.



















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