18 de março de 2020

MARIA MADALENA – HISTÓRIA, TRADIÇÃO E LENDAS

 

 
 
 

MARIA MADALENA – HISTÓRIA, TRADIÇÃO E LENDAS




Maria Madalena – história, tradição e lendas é um desdobramento para pesquisa de três anos de mestrado da autora Wilma Steagall De Tommaso, que em sua minuciosa análise procura revelar diante de um contexto histórico, os principais fatos e o que é tradição e lenda sobre uma das figuras mais importantes e contraditórias da Igreja.

Conforme Wilma, ao trabalhar na dissertação: Maria Madalena redimida na obra de El Greco, fato que ocorreu simultaneamente à volta de Madalena, pela obra de Dan Brown, O código Da Vinci, a autora começou a ser chamada para ministrar cursos livres sobre o tema. Nessas palestras surgiam questões interessantes de pessoas crentes e não crentes, homens e mulheres, de toda faixa etária: “Com base nesses questionamentos fiz alguns artigos e decidi escrever uma obra que pudesse resgatar a identidade de Maria Madalena, começando por sua vida desde a Galileia, em Midgal – sua cidade natal, por isso ser também conhecida como Maria da Magdala –, até hoje quando muitos autores pensam revelar seus segredos e atribuir-lhe atos que ela mesma desconheceu”, diz.

Wilma afirma que pesquisar foi fundamental para discernir os fatos que são historicamente comprovados daqueles que, embora contenham alguma lógica possível, foram descartados por falta total de provas ou conteúdo. E quem desconhece a história geral e a história da Igreja irá encontrar nesta obra detalhes sobre Maria Madalena. A autora procurou sua identidade nos evangelhos; estudou a Igreja do Oriente e do Ocidente; a Tradição da Igreja; foi em busca das lendas que envolvem Maria Madalena; buscou reflexões de muitos Pais da Igreja; no renascimento italiano; no Iluminismo, no Concílio Vaticano II e apresenta diversas imagens da Madalena de dois artistas sacros contemporâneos: Padre Mark Ivan Rupnik (1954-), esloveno, que se expressa na maravilha dos mosaicos e na pintura; e de Claudio Pastro (1948-2016), maior artista sacro brasileiro; os dois artistas, com traços simples e marcantes, retratam Maria Madalena resgatando a identidade da santa em formas simples e simbólicas.

Padre Rupnik, um dos mais importantes autores e pensadores da arte sacra na atualidade e também responsável pelo prefácio do livro, enfatiza que Maria Madalena se tornou a imagem da humanidade nova, da comunidade eclesial, a humanidade redimida do Filho de Deus: “A chave da leitura que Maria Madalena nos deu é a do amor […] Portanto, é extremamente importante e enriquecedor realizar uma pesquisa artística sobre essa mulher, sempre com estrito rigor, o objetivo de trazer à tona a autenticidade, a grandeza e o brilho dessa figura tão significativa na primeira Igreja. Nossa autora teve a coragem de iniciar uma busca completa, folheando os vários traços, leituras e representações que Madalena sempre inspirou ao longo dos séculos. O resultado é um trabalho muito pontual e que revela, além do conhecimento preciso e fundamentado que emerge, um percurso de fé, um estudo sincero e apaixonado – por essa mulher – do desejo de coração que resta a cada um, ser chamado pelo Senhor pelo seu próprio nome”, afirma.


Wilma Steagall De Tommaso é doutora em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora no Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS-SP); professora, pesquisadora e coordenadora do Grupo de Pesquisa Arte Sacra no Laboratório de Política, Comportamento e Mídia, da PUC-SP (LABÔ); membro pesquisadora da Sociedade Brasileira de Teologia e Ciências da Religião (SOTER); membro da Academia Marial de Aparecida; membro da Asociación Latino Americana de Literatura y Teologia (ALALITE). Experiência nas áreas de Educação e Filosofia, com ênfase em arte sacra. Autora do livro O Cristo Pantocrator – Da origem às igrejas no Brasil, na obra de Cláudio Pastro (Paulus, 2017). 











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