7 de setembro de 2017

ALBERTO ARAÚJO & AMIGOS: "VICENTINHO” O PRIMEIRO ROMANCE DE MARIA SAMPAIO, FILHA DA ATRIZ ISADORA RIBEIRO.

 
 
 
 
O blog Alberto Araújo e amigos de hoje (07), homenageia a admirável e premiada curitibana, que mora atualmente, no Rio de Janeiro, escritora Maria Sampaio pelo lançamento do romance 'Vicentinho' publicado pela Editora Giostri, sua primeira ficção para público adulto.
 
 
 
 
MARIA SAMPAIO - ESCRITORA
 
 

Com apenas 19 anos, Maria já recebeu prêmio por contos e teve 5 crônicas publicadas em antologias da Coleção Rumos.
 
 
 
 
O livro narra uma catástrofe em plena madrugada, um motorista inconsequente e um adolescente morto. É em meio do luto de seu unigênito que Gustavo abandona no Brasil sua mulher Berenice sem aviso prévio para isolar-se em um casebre no Chile, com o intuito de escrever para uma editora sobre suas experiências. Embebido em vinho branco, o relato fica cada dia menos apresentável, e o tempo na Patagônia se prolonga. Nessa viagem espontânea, Gustavo se envolve mais que o planejado com os residentes da província e seus impulsos colocam em questão sua ética e sanidade.
 
 
Maria Sampaio - escritora
 
 
 
Maria Sampaio aos três anos de idade começou a narrar histórias que eram redigidos pela sua mãe. As leituras sempre foram objeto de curiosidade, de prazer e de questionamento. Frequentou escola que incentivava às artes. Autodidata, aprendeu diversas linguagens da arte. Estudou técnicas literárias e de roteiros. Publicou crônicas. Autografou seu livro no Teatro dos Quatro, Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro.
Maria Sampaio participa com crônicas nos livros da coleção "Crônicas de Viagem", organizada pelo editor do Instituto Memória, o escritor Anthony Leahy.
 A autora comenta: Sempre escrevi. Não saberia precisar quando comecei a arquivar textos, seja em formato de conto, de crônicas ou de histórias maiores. Escrever sempre foi um hábito muito presente na minha vida.
Sobre sua maneira de criar textos, Maria esclareceu: “A inspiração me vem como ondas, indo e voltando, e aproveito os momentos de vinda para moldar a ideia num texto. Na maioria das vezes, não tenho ciência do final de uma história até que seja escrita. As palavras vão sendo colocadas uma a uma de acordo com o fio da inspiração, que surge das mais variadas formas. Seja de uma página de um livro, seja captando de rabo de ouvido uma conversa alheia, seja visualizando uma paisagem cotidiana. Ler o dicionário, por exemplo, é outra fonte que tende a me inspirar repentinamente.”

 
Escritora Maria Sampaio posa ao lado da mãe
Isadora Ribeiro (Foto -Divulgação)
 

 
"Geralmente quando o filho diz que deseja ser artista, os pais ficam assustados, mas a minha mãe sempre me apoiou”, resume Maria Sampaio, de 19 anos, A mãe dela é a atriz Isadora Ribeiro, que a adolescente define como muito coruja, mas que não deixa de comentar quando algo não a agrada. “Ela não tem o menor medo em falar que não gostou. Eu sei que quando ela elogia alguma coisa é de verdade”, comenta a adolescente.
O apoio da mãe começou cedo. Aos três anos, Maria narrava histórias, e Isadora as colocava no papel. Hoje em dia, porém, a atriz só tem acesso às obras da jovem quando já estão prontas. “A ideia muda durante o processo de criação, por isso só mostro depois que finalizo”, conta ela, que já teve crônicas de viagens publicadas num livro. Agora, pensa em reunir outras com temas diferentes numa mesma obra.
Atualmente, Isadora Ribeiro mora em Curitiba, e Maria vive no Rio, com a avó paterna. Segundo a adolescente, isso fez bem para a relação entre elas. “Deixamos de ter uma relação cotidiana como a tradicional entre mãe e filha e nos tratamos como amigas. É ainda melhor”, avalia ela, que faz questão de mandar mensagens todos os dias para os pais desejando bom dia. “Sei que isso faz a diferença para eles”.
Mas a influência da mãe não é o suficiente para que Maria Sampaio queira seguir a profissão da mãe, mesmo que no colégio onde estuda ela frequente aulas de teatro. “Também já fiz cursos de interpretação fora dela (da escola) também, participei de algumas peças e gostei muito da experiência, mas apenas como um hobby! Não me vejo como uma atriz profissional”, afirma.
Em “Vicentinho”, Maria Sampaio conta a história de um pai que perdeu o único filho e se isolou na Patagônia para escrever sobre a sua dor. Ela conta que fez questão de abordar um tema que fosse completamente fora de sua realidade. “Mesmo sendo uma experiência que não vivi,  como ter um filho e perdê-lo, procurei não me inspirar em nada que já exista”, diz a jovem autora.
Apesar da paixão pela literatura, ainda tem muitas dúvidas em relação ao futuro: “Penso em cursar Letras, mas também me interesso pela área de genética”. Entre os seus amigos, ela comenta, nem todos são fãs de carteirinha, mas todos apoiam. “Alguns são entusiastas, mas outros comentam que não sabem como eu consigo chegar até o final. Independente disso, tenho recebido muito carinho”, comenta Maria Sampaio.
 
Escritora Maria Sampaio ao lado da mãe Isadora Ribeiro,
em lançamento do livro Vicentinho.
 
 
Em entrevista ao site londrino "BONDE" Maria Sampaio fala do lançamento do romance.
Bonde: Maria, como surgiu o livro Vicentinho, qual foi o ponto de partida?
Eu vinha escrevendo crônicas e queria dar início a um projeto maior. Um romance inteiro. E a partir disso fui tentando encontrar uma ideia que fugisse totalmente de qualquer coisa que eu já tivesse vivido. Pensei em falar sobre uma dor gigantesca capaz de levar à loucura. E nisso, a história surgiu.
M - Como foi a criação de personagens? Você se baseou em pessoas reais?
Eu comecei criando Gustavo - o pai desolado - e com essa personalidade pronta sabia apenas que ele tinha um filho e uma esposa. Tentei enxergar esses dois últimos pelo olhar de Gustavo e a história foi sendo criada junto com os perfis de personagem. Não são inspirados em pessoas reais.
B - Você imaginou um público alvo para Vicentinho?
M - Pelas críticas e comentários que tenho recebido, é sem dúvida um livro para o público adulto. Mas eu realmente não tive esse tópico em mente durante o processo de criação.
B - Como foi a experiência de lançar um livro?
Foi um sonho realizado! Ver sua obra circulando nas mãos das pessoas, receber opiniões, ter leitores, é uma experiência totalmente diferente de ter o arquivo pronto no computador. O livro não é uma peça estática, existe agora a interação da história com o público e ter contato com isso é impagável.
B - Você lançará esse livro em outros estados do Brasil?
M - Sim! Já estamos pensando em fazer um lançamento em Curitiba e de repente em São Paulo, mas para as pessoas de outros estados o livro está disponível para compra online no site das grandes livrarias.
 

O ator Anselmo Vasconcelos recita textos
do livro Vicentinho de Maria Sampaio.

 

 
 
 
 
OUTRA OBRA DA AUTORA
 
 
 
 

 
Ornado pelos preconceitos e embates que pulverizaram a história mundial, este romance trará ao leitor uma trama emocionada, que levanta a questão de gênero no século 20. Questionando o senso comum da sociedade através das décadas, a obra trata do amor em suas diferentes facetas: entre indivíduos apaixonados, entre famílias e entre pátria.
 
 
 






FONTE:

http://www.bonde.com.br/blog/falando-de-literatura/vicentinho-o-primeiro-romance-de-maria-sampaio-filha-de-isadora-ribeiro--339234.html



Um comentário:

Unknown disse...

Costumo desejar muito boa sorte a todas as pessoas de expressão artística, esteja ela enquadrada em qualquer das formas de comunicação. Aos dezenove anos, Maria Sampaio parece-me, após leitura de sua entrevista concedida ao "site" londrino BONDE, uma promessa garantida de sucesso. Muito boa sorte, Maria Sampaio!