Novena de São Judas Tadeu em Icaraí - Uma Jornada de Fé e Renovação
O sino da igreja ressoou por Icaraí como um abraço divino. Seu som não era apenas metálico, era espiritual. Cada badalada anunciava que algo sagrado estava prestes a acontecer. Era o chamado para a novena de São Judas Tadeu, nosso padroeiro, apóstolo e mártir, celebrada com fervor entre os dias 19 e 27 de outubro. E como diz a Escritura: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), essa foi a verdade que guiou cada passo da nossa caminhada espiritual.
São Judas Tadeu, primo de Jesus e um dos doze apóstolos, é conhecido como o santo das causas impossíveis. Mas para nós, em Icaraí, ele é muito mais do que isso. Ele é símbolo de perseverança, de fé que não vacila, de amor que não se cansa. Em tempos de incerteza, ele nos lembra que a esperança não é um sentimento passageiro, é uma virtude que nasce da confiança em Deus. E foi com esse espírito que vivemos dias felizes, intensos e profundamente tocantes durante a novena.
Este ano, tivemos a graça de contar com o Padre Jean da Conceição Lopes, que presidiu com zelo e espiritualidade oito dias da novena. Sua palavra firme e ao mesmo tempo acolhedora conduziu os fiéis por uma jornada de reflexão e renovação. Uma das celebrações foi presidida por nosso pároco geral, Padre Carmine Pascale, cuja sabedoria e carinho pela comunidade tornaram o encerramento ainda mais especial. Juntos, eles nos guiaram pelo tema central da novena: Esperança na Fé de Deus.
Cada noite foi marcada por momentos de oração, louvor e escuta da Palavra. As homilias nos convidaram a olhar para dentro, a reconhecer nossas fragilidades e a entregá-las nas mãos de Deus. A esperança, como nos ensinou São Judas Tadeu, não é ausência de dor, mas presença de fé. É saber que, mesmo nas tempestades, há um porto seguro — e esse porto é o coração de Cristo.
A igreja se encheu de rostos emocionados, mãos erguidas, lágrimas sinceras. Famílias inteiras se reuniram, jovens redescobriram a beleza da fé, idosos encontraram consolo. A novena não foi apenas um evento religioso — foi um reencontro com o sagrado. Foi como se São Judas Tadeu estivesse ali, caminhando entre os bancos, acolhendo cada súplica, cada agradecimento, cada gesto de devoção.
A cada dia, uma nova dimensão da esperança foi revelada. Falamos sobre a esperança que cura, que transforma, que liberta. Refletimos sobre como a fé em Deus nos sustenta quando tudo parece perdido. E aprendemos que, mesmo diante das causas impossíveis, há um Deus que tudo pode, e um santo que intercede por nós com amor e fidelidade.
O altar, adornado com flores e velas, parecia pulsar com a presença divina. A imagem de São Judas Tadeu, com seu semblante sereno e olhar compassivo, nos lembrava que não estamos sozinhos. Ele, que enfrentou perseguições e entregou sua vida por amor ao Evangelho, é testemunha de que a fé verdadeira é capaz de mover montanhas.
Ao final da novena, no dia 28, celebramos com júbilo a festa de nosso padroeiro. Foi um dia de comunhão, de alegria, de gratidão. A procissão pelas ruas de Icaraí foi um testemunho público de nossa fé. Cantamos, rezamos, celebramos. E em cada passo, levávamos conosco a certeza de que São Judas Tadeu continua intercedendo por nossa comunidade, fortalecendo nossa esperança e renovando nossa fé.
Foram dias felizes, sim. Dias em que o céu tocou a terra, em que corações se abriram, em que milagres silenciosos aconteceram. A novena de São Judas Tadeu é mais do que tradição, é encontro, é renovação, é vida. Que possamos guardar em nossos corações tudo o que vivemos, e que a esperança na fé de Deus continue sendo nossa luz, nosso guia, nosso sustento.
São
Judas Tadeu, apóstolo fiel, mártir da esperança, rogai por nós!













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