CANTO LITÚRGICO
Aquele que a Igreja admite de direito e de fato na celebração litúrgica, e por este mesmo motivo, deve manifestar plenamente a fé católica. A música será litúrgica quando nela a Igreja reconhecer sua oração, quando ela aparece para acompanhar os textos a serem cantados. Como dizia santo Agostinho aos pagãos que indagavam sobre sua fé: "Queres ver em que eu creio, venha à Igreja ouvir o que canto".
É preciso distinguir a diferença que existe entre música liturgia e música religiosa. Faz-se necessário considerar que uma música religiosa, por melhor que seja não serve para o uso litúrgico, mas foi composta para outra finalidade. São aquelas músicas que procuram expressar o sentimento religioso dos fiéis, mas não têm lugar na liturgia. Elas servem para encontros, exercícios de piedade, etc. Na música religiosa podemos encontrar cantos para encontros, para reuniões de grupos de rua, cantos para grupos de oração, etc. Também não se deve nutrir pré-conceito a respeito da música religiosa. Ela tem seu valor na vivência cristã. Pelo fato de não serem adequadas para liturgia não significa que não tem sua importância no sentimento religioso de nosso povo. Porém, não podemos cair no erro de acharmos que temos o direito de colocá-las na liturgia só porque são bonitas e animadas e por conta disto desprezarmos a música litúrgica. Cada canto no seu lugar. Não temos o direito de ignorar as regras litúrgicas e as orientações do Magistério da Igreja.
No presente artigo serão analisados os cantos relativos à celebração da Eucaristia.
A
IMPORTÂNCIA DO CANTO
“A
tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor que ultrapassa
todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado,
intimamente unido com o texto, constitui parte integrante da liturgia solene”
(Constituição Sobre a Sagrada Liturgia).Esta afirmação do Concílio Vaticano II
faz eco à Sagrada Escritura que apresenta em suas páginas mais de seiscentas
referências ao canto e à música. Do primeiro livro, o Gênesis, ao último, o
Apocalipse, o canto aparece como o desenrolar de uma esplendida e majestosa
liturgia. “Celebrai o Senhor, aclamai o seu nome, apregoais entre as nações
suas obras. Cantai-lhe hinos e cânticos, anunciai todas as suas maravilhas”,
diz o rei Davi em 1Cron 16,8-9. Este relato, entre tantos outros, deixa
transparecer uma rica e jubilosa liturgia, na qual as aclamações, a música e o
canto são elementos que fazem parte da fé de um povo. Deste modo, os atos
litúrgicos revestem-se de forma mais elevada e nobre quando os ofícios, nos
quais o canto, celebra-se a vida. Podemos perceber, então, que após a comunhão
sacramental, o canto é o elemento que melhor colabora para uma verdadeira participação
na liturgia, já que é uma das expressões mais profundas e autênticas da própria
liturgia, possibilitando ao mesmo tempo a participação pessoal e comunitária
dos fiéis. Por ser a celebração do Mistério Pascal realizada pelo povo de Deus,
a participação das pessoas é de fundamental importância. Na liturgia, essa
participação manifesta-se também através do canto e da música. Estes, no
contexto da ação litúrgica, não são realidades autônomas, mas sim funcionais,
ou seja, têm uma função: estão a serviço do Mistério da Fé e da assembléia. O
que deve prevalecer não são os gostos, a estética individual de cada um, mas a
essência do Mistério e a participação prazerosa e frutuosa de todos. Como já
foi dito, Deste modo, a liturgia, como exercício da função sacerdotal de
Cristo, comporta um duplo movimento: de Deus para nós homens, para operar nossa
santificação, e de nós homens para Deus, para que possamos adorá-lo em espírito
e verdade. Por isso, a liturgia, de um modo geral, pode ser entendida como um
diálogo entre Deus-Trindade e o Homen-Comunidade. Este diálogo é composto de
vários momentos. Cada momento tem seu “espírito” próprio, seu sentimento
peculiar e, portanto, uma expressão diferenciada. Adaptando-se a essa
espiritualidade, cada momento exige um tipo de expressão musical. Os cantos
litúrgicos da missa devem respeitar cada um dos seus ritos: os Ritos Iniciais,
o Rito da Palavra, o Rito Eucarístico, o Rito da Comunhão e Ritos finais. Devem
ser cantos originais e jamais adaptações de cantos não religiosos. Na liturgia,
os cantos podem ser classificados em dois grupos:
A)
OS CANTOS QUE ACOMPANHAM O RITO.
Os
cantos que acompanham o rito, como a própria definição demonstra, devem
terminar quando o rito terminar. Os cantos que são o próprio rito devem ser cantados
por inteiro, pois não se deve interromper o rito pela metade. São exemplos de
cantos que acompanham o rito: o “canto de abertura” que acompanha o rito da
entrada, o “canto de apresentação das oferendas” que acompanha o rito da
procissão das oferendas, o "cordeiro de Deus" que acompanha a fração
do pão e o “canto de comunhão” que acompanha a procissão de comunhão.
B)
OS CANTOS QUE SÃO O PRÓPRIO RITO
São
exemplos de cantos que são o próprio rito: o “santo” que é um grande louvor, o
Ato Penitencia, o Hino de louvor. Se a música for de fato como requer a
Liturgia, será um sinal que nos leva do visível ao invisível, um carisma que
contribui para a edificação de toda a comunidade e a manifestação do mistério
da Igreja, que é o Corpo Místico de Cristo. Enfim, a música auxilia nossa
prece, fortalecendo a Palavra que ouvimos.
O
Canto na Assembléia
Nas
nossas celebrações devemos levar em consideração as pessoas. A liturgia é o
lugar por excelência do encontro das pessoas humanas entre si, e das pessoas
humanas com a as Pessoas Divinas, ou seja, a assembléia reunida encontra-se
consigo mesma e com Deus. Servir a essa assembléia e ajudar a promover esse
encontro é o papel de todos aqueles que atuam na liturgia. Trata-se de
desempenhar seu papel de tal modo que se introduza o povo reunido cada vez
mais, pela fé, nos Mistérios de Cristo, levando em consideração as suas
possibilidades, sua riquezas culturais e seus limites. Este é o caminho mais
seguro para se chegar a uma celebração cheia de vida, sobretudo quando se trata
de canto e música. A assembleia litúrgica não é apenas uma soma dos indivíduos
que a compõem. Ela é a Igreja inteira manifestando-se naqueles que estão
reunidos e Cristo aí está, presente e agindo. É uma comunhão de pessoas e
servir a essa comunhão é a função do agente litúrgico-musical. Assim, não tem
sentido, por exemplo, escolher os cantos de uma celebração em função de alguns
que se apegam a um repertório tradicional ou de outros que só cantam músicas do
seu grupo ou movimento. Todos têm o direito de compreender e participar. É
preciso que se pense em todos, e em cada um na comunhão com os demais. Desse
modo, alguns critérios devem ser observados para que uma música seja executada
na liturgia:
a)
A música deve estar intimamente ligada à ação litúrgica a ser realizada,
exprimindo mais suavemente a oração, favorecendo a unanimidade e dando maior
solenidade aos ritos sagrados.
b)Deve-se
respeitar a sensibilidade religiosa do povo.
c)
A música deve ser adequada ao tipo de celebração na qual será executada,
levando em conta o tempo litúrgico.
d)
Deve estar em sintonia com os textos bíblicos de cada celebração, especialmente
com o Evangelho, no que diz respeito ao canto de comunhão.
e)
A música deve estar de acordo com o tipo de gesto ritual que será executado
pelos ministros e pela assembleia.
MINISTÉRIOS
E SERVIÇOS DO CANTO
Quando
a assembleia litúrgica se reúne para celebrar o Mistério de Cristo, ela se
serve de pessoas (os diversos ministros), e de coisas (música, flores, velas,
etc...) que passam então, a desempenhar um papel ministerial na celebração. Em
se tratando de pessoas, temos aí a equipe de liturgia, que cuida da preparação
da celebração e assume as várias tarefas de animação e coordenação. Entre essas
pessoas temos os cantores e os instrumentistas. Uma coisa importante que temos
que ter em mente é que “nas celebrações litúrgicas, cada um, ministro ou fiel,
ao desempenhar sua função, faça tudo e só aquilo que pela natureza da coisa ou
pelas normas litúrgicas lhe compete”.(Sacrossanto Concilium, nº20). Devemos,
então, evitar o costume de acumular funções e ministérios durante uma
celebração, como por exemplo, uma pessoa tocar um instrumento, cantar e fazer
os comentários da missa. Não esqueçamos que uma assembleia litúrgica se
expressa na diversidade de ministérios e serviços, preservando-se sempre a
unidade. Vejamos algumas funções do ministério da música e suas atribuições:
a)
O cantor. A função do cantor no contexto de uma assembleia litúrgica é mais
antiga do que se pensa e não se resume a animar o canto, mas também, orientar a
escolha das músicas que serão executadas na celebração, para que as mesmas
sejam adequadas ao tempo, à festa, aos ritos. O cantor quando transmite uma
mensagem religiosa ao povo, torna-se um verdadeiro profeta de Deus (1Cron
25,1).
b)
O instrumentista. Como o próprio nome diz, é aquele que se ocupa com os
instrumentos. Estes, os instrumentos podem ser de grande utilidade na liturgia,
quer acompanhando o canto quer sem ele, na medida em que prestam serviço à
palavra cantada, ao ritual e à comunidade em oração. Além de serem usados para
acompanharem o canto, os instrumentos podem ser executados sozinhos em alguns
momentos da celebração, como por exemplo, antes da celebração, para criar um
clima de recolhimento; durante a procissão das oferendas, após a comunhão; no
final da celebração. Um detalhe importante: O recurso de “fundo musical” em
momentos como a proclamação da leitura e durante a oração eucarística será
sempre “inoportuno”. O instrumento deve sempre ser tocado de forma adequada ao
momento celebrativo e à natureza da assembleia, nunca abafando sua voz ou a do
cantor. Da mesma forma, a voz do cantor nunca deve encobrir a da assembleia.
Deve-se observar também o espaço celebrativo: uma igreja grande requer um som
mais “carregado” e mais instrumentos, enquanto que uma pequena igreja exige um
som mais baixo. Executar um instrumento musical exige atitude espiritual em
qualquer situação, principalmente quando se trata de uma celebração litúrgica.
Portanto, o instrumentista como ministro da celebração, deve estar
profundamente envolvido com a ação litúrgica por sua atenção e participação.
c)O
salmista. É importante valorizar a função do salmista na assembleia, como
ministério específico, como um dom de Deus para a comunidade. Este ministério
poderá ser exercido com habilidade artística, evitando-se o virtuosismo, na
proclamação do salmo e na participação nos outros cantos responsoriais. Durante
o canto da assembleia, o salmista deve cantar sempre a melodia principal
evitando uma segunda voz, a fim de não dificultar o canto da assembleia ou
inibi-la em sua participação, principalmente ao usar o microfone.
ALGUMAS
FALHAS
a)
A postura de alguns animadores de canto nem sempre tem proporcionado um clima
de oração e interiorização. Às vezes, tem-se mais “ruído” e distração do que
contemplação e louvor. Em alguns casos a música é vista como algo complementar
e que serve apenas para quebrar a monotonia de algumas celebrações.
b)
Muitos animadores de canto, por falta de formação litúrgica, desconhecem os
critérios para a escolha dos cantos de uma celebração, esquecem que o canto é
funcional, ou seja, tem uma função a exercer na liturgia.
c)
Muitos desconhecem a hierarquia dos cantos, já que alguns são “elementares”, e
por isso mesmo, mais importantes e necessários; outros são “acessórios”, e
conforme as oportunidades são dispensáveis.
d)
A adequação dos cantos a cada tempo litúrgico, a cada festa, tipo de celebração,
tipo de assembleia, passa às vezes, totalmente despercebidos pelos animadores
de música.
e)
Observa-se uma total separação entre canto e liturgia. Canta-se “na” liturgia
qualquer música religiosa, ao invés de se cantar “a” liturgia.
f)
A questão da comunicação também e problemática, apresentando alguns problemas
que não favorecem a execução do canto: instalação inadequada do som, abuso do
microfone, que abafa a voz da assembleia, bandas e grupos não integrados com a
equipe de celebração, etc.
g)
A mudança constante de repertório faz com que o povo não aprenda bem nenhum
canto, ficando impedido de participar com gosto e prazer, uma vez que a
repetição, em matéria de música, é fundamental no aprendizado.
Os
Diversos Cantos Da Missa
1)
O “canto de abertura”
Deus
caminha ao nosso encontro: esse é o sentido da procissão de entrada. Em
diversas passagens bíblicas vemos o povo de Deus caminhar, seja em busca da
terra prometida, seja em busca de libertação. Ora a caminho de Jerusalém, ora
ao encontro de Jesus. É por isso, que na pessoa do sacerdote, aclamamos a
Cristo que vem ao nosso encontro, com toda a sua majestade, seu poder e
autoridade, para celebrarmos juntos os Mistérios do sacrifício da Missa. O
canto de abertura (ou de entrada) está inserido nos ritos iniciais e cumpre o
papel de criar comunhão. Uma de suas funções é a de acompanhar a procissão do
sacerdote e não para acolher ou receber o sacerdote, pois é este quem acolhe a
todos os presentes na assembléia para participarem do grande sacrificio da
Santa Missa. Toda a assembléia reunida canta a alegria festiva de reunir-se com
os irmãos. Seu mérito é o de convocar a assembléia e, pela fusão de vozes,
juntar os corações ao encontro com do Cristo ressuscitado. Este canto tem que
deixar a assembleia num estado de ânimo apropriado para a escuta da palavra de
Deus, além de deixar claro que festa ou Mistério do tempo litúrgico irá ser
celebrado. Todo o povo deve estar envolvido na execução desta canção. Este
canto não deve ser longo e deve terminar quando o sacerdote chegar ao altar.
2)
O “Ato Penitencial”
Tradicionalmente
esse canto, que era executado em forma de ladainha, era uma oração de louvor ao
Cristo Ressuscitado, aclamado como “Nosso Senhor”. Através dele, a Igreja pedia
que Jesus mostrasse sua bondade. Posteriormente foi incorporado ao rito
penitencial e começou a fazer parte de um momento de reconciliação. Este rito
vem ao encontro daquele que, ao se defrontar com a presença de Deus, sente-se,
talvez, acusado de suas faltas. É um momento de provar da misericórdia de Deus
e receber perdão dos pecados veniais. Como é um canto de repouso, sua melodia
deve traduzir a contrição de quem pede perdão. Não é necessário, nem mesmo
recomendável, que seja um canto muito “florido”, pois a simplicidade é a melhor
forma de expressar o arrependimento. O instrumentista deve traduzir esse
espírito de confiança e invocação, acompanhando de modo suave, quase
imperceptível, pois o canto e a expressão corporal devem neste momento
propiciar o encontro com Deus misericordioso e consolador. Este canto é o
próprio rito do Ato Penitencial e deve ser cantado integralmente, devendo
conter, as súplicas “Senhor, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de
nós. Senhor, tende piedade de nós”. Caso contrário, as súplicas devem ser ditas
pelo sacerdote e respondida pelo povo logo após o canto.
3)
O “Glória”
O
Hino de Louvor, ou Glória, expressa o louvor de toda a criatura ao Criador, o
louvor do homem remido dos pecados ao Senhor e do homem imperfeito ao Espírito
Consolador. Relembra os pontos principais de todo o Mistério de nossa salvação
em Jesus Cristo. Este canto deve fazer o verdadeiro louvor, louvor que
glorifica a Deus pelo que ELE É, e não pelo que Ele faz. É um hino muito antigo
e já era cantado pelos cristãos no séc. IV, como homenagem a Jesus Cristo, e
relembra a alegria dos anjos e pastores, que entoaram este canto na noite do
nascimento do Salvador (Lc 2,14). Este hino não é, portanto, uma aclamação
trinitária, mas sim cristológica. Como ele é o próprio rito, deve ser cantado
integralmente. Por isso, para que um canto de “Glória” seja litúrgico, ele deve
conter, obrigatoriamente, todo o hino de louvor. Portanto, é falsa a idéia de
que basta ter as invocações “Glória ao Pai”, “Glória ao Filho" e “Glória
ao Espírito Santo”, para que o canto seja um verdadeiro hino de louvor. A
entoação inicial não é mais reservada a quem preside a celebração e pode ser
feita pela equipe de música. {C A liturgia não usa este hino nos tempos
litúrgicos do Advento e da Quaresma, pelo fato de que um hino festivo não
sintoniza com um tempo de penitência e contrição. Como se trata de um hino,
deveria sempre ser cantado, pois hinos se cantam, não se falam. Ou se canta, ou
não é hino.
{C
4) O canto de “Procissão da Bíblia”
Na
Missa, celebramos a Palavra e a Eucaristia. A Palavra é a Bíblia, que é a
revelação do amor de Deus, fonte de salvação, o Verbo de Deus, que na liturgia
eucarística se tornará carne que habitará entre nós (Evang. de São João cap. 1
e 6). Portanto a Palavra é o próprio Deus que se revela ao homem, e é por isso,
que a aclamamos de todo o coração e de toda a alma. Deste modo, este canto deve
provocar uma atitude de alerta e exultação no momento em que o Livro Sagrado é
introduzido solenemente na assembléia. Nesta procissão podem ser utilizadas a
Bíblia, o Lecionário ou o Evangeliário. {C Este canto não faz parte
“oficialmente” da liturgia, sendo, então, facultativo. Geralmente é usado em
missas solenes e no mês de setembro, que é o mês da Bíblia. {C É um canto que
acompanha o rito da procissão da Bíblia e, por isso, deve ser encerrado ao
término desta procissão.
{C
5) O “Salmo Responsorial”
{C
Para a Liturgia da Palavra ser mais proveitosa, há séculos um salmo tem sido
cantado como prolongamento meditativo e orante da palavra de Deus proclamada.
Por isso, o salmo de resposta é parte integrante da Liturgia da Palavra. O
salmo é responsorial, ou seja, é de resposta, pois, ao ouvir a Palavra de Deus,
o povo responde em concordância com o que acabou de ouvir. A tradicional execução
do salmo responsorial é dialogal: o povo responde com um curto refrão, aos
versos cantados por um solista. {C A palavra salmo significa oração cantada e
acompanhada de instrumentos musicais e é originária das poesias colhidas na fé
do povo israelita. É por isso que todo salmo deve ser cantado e toda a assembleia
deve responder cantando o refrão. Segundo a Instrução Geral do Missal
Romano(IGMR), “como parte integrante da Liturgia da Palavra, o salmo é sempre
um texto bíblico, comumente extraído do saltério”. {C Não é necessário que o
salmo seja um dos 150 existentes na Bíblia. Ele pode ser substituído por outro
texto bíblico, desde que esteja de acordo com a primeira leitura, com quem está
teologicamente ligado. Seria muito recomendável um momento de silêncio entre o
final da proclamação da leitura e o canto do salmo responsorial. Por fazer
parte da liturgia da palavra, deve ser cantado ou proclamado do ambão.
{C
6) O canto de “Aclamação ao Evangelho”
{C
A aclamação “hallelu-jah!”, que quer dizer louvai ao senhor, tem sua origem na
liturgia judaica e ocupa um lugar de destaque na tradição cristã. Sempre foi
uma expressão de acolhimento solene de Cristo que vem após sua palavra viva,
sendo deste modo uma manifestação de fé na presença atuante do Senhor. Como o
Evangelho é o próprio Cristo que fala, devemos estar de pé, na posição de quem
ouve o recado para ir anunciar as palavras de salvação. {C Este canto é o
próprio rito de aclamação ao Evangelho e deve ser cantado integralmente. Para
que um determinado canto possa ser considerado como canto de aclamação ao
Evangelho, este deve, obrigatoriamente, conter a palavra “aleluia!”, que
demonstra alegria, com exceção do tempo da Quaresma, onde o “aleluia!” é vetado
em virtude do forte tempo de contrição e penitência. Neste caso, pode-se cantar
um verso aclamativo da Sagrada Escritura (como por exemplo, Mt 4,4) ou uma
doxologia (como está em 1Tim 6,16; 1Ped 4,11; Apoc 1,6). {C O “Aleluia!” ou o
versículo antes do Evangelho podem ser omitidos, quando não são cantados, e
substituídos por um momento de silêncio. O “Aleluia!” pode ser repetido após a
proclamação do Evangelho.
{C
7) A “Profissão de Fé” (Credo)
A
“Profissão de Fé”, ou o “Credo”, é uma resposta à Palavra de Deus. É uma
resposta de fé e de compromisso da comunidade. Nela, expressamos os principais
dogmas de nossa fé. A Profissão de Fé pode ser cantada, mas toda a assembleia
deve conhecer bem o canto, para que ninguém fique sem manifestar publicamente a
sua fé, por não conhecer a melodia ou a letra. No Brasil não é comum cantá-la,
mas quando isso for feito, devemos observar que esse canto é o próprio rito da
Profissão de Fé, devendo todo o seu conteúdo ser preservado. Nunca se deve
substituir a recitação do Credo por um canto que não contenha integralmente a
sua letra.
8)
Canto da “Apresentação das Oferendas”
{C
Este canto acompanha a procissão das oferendas que leva ao altar o pão e o
vinho que serão consagrados, e também o gesto de “colocar os bens em comum,
para as necessidades da comunidade” (Rm 12,1-2; Ef 4,28). Em nossas comunidades
o canto de “apresentação das oferendas” tornou-se um momento em que o povo
deseja expressar sua disposição de querer oferecer sua vida, sua luta e
trabalho ao Senhor, o que parece ter um alto valor espiritual. {C Não é um
canto muito necessário, principalmente quando não há a tradicional procissão
dos dons que serão ofertados. A sua letra não precisa falar necessariamente de
pão e vinho ou de ofertório,podendo ser um texto de louvor apropriado com o
tempo litúrgico, porém seria incoerente numa Missa, o canto não conter estas
palavras. Deve-se observar um canto que não contenha "pão e vinho" em
celebração da Palavra, pois não há apresentação de oferendas.O término deste
canto não precisa coincidir como fim da apresentação das oferendas, mas pode
ser cantado inteiramente, devendo ser encerrado, no máximo, quando o sacerdote
termina de oferecer o pão e o vinho e purifica as mãos. O Canto de Apresentação
das Oferendas pode ser substituído por uma música instrumental.
{C
9) O canto do “Santo”
{C
Para concluir o prefácio da Oração Eucarística o povo aclama o Senhor com as
palavras que o profeta Isaías ouviu os serafins cantarem no templo, em sua
visão (Is 6,3). O “Santo” é um dos principais cantos da Missa. Nele, toda a assembleia
se une aos anjos e santos, para proclamarem as maravilhas do Deus Uno e trino.
É o canto dos anjos (Is 6,2-3) e também dos homens (Lc 19,38). Este canto
pertence, então, a comunidade toda e não teria sentido convidar os céus e a
terra, os anjos e santos para cantarem a uma só voz, e, depois, somente um
coral ou um solista executar o canto sozinho. {C Neste canto é indispensável a
participação dos instrumentos para solenizar esta vibrante saudação. O “Santo”
é o próprio rito da aclamação e deve ser cantado integralmente.Para que um
canto do “Santo” seja considerado litúrgico, ele deve conter, obrigatoriamente,
todas as palavras da oração recitada. Ou seja: “Santo, Santo, Santo (três
vezes) + Bendito o que vem em nome do Senhor + Hosana nas alturas”. O
recomendável mesmo é que o canto se atenha à própria aclamação, sem introduzir
alterações no texto original, que, aliás, é bíblico. {C Um ponto importante:
quando a “apresentação das oferendas” for acompanhada por um canto, seria
conveniente que o “santo” fosse sempre cantado, para não parecer que a
“apresentação das oferendas” é mais importante que a oração Eucarística.
{C
10) A “Aclamação Memorial”
{C
A “Aclamação Memorial” é uma das aclamações mais importantes da missa e seria
muito conveniente se fosse sempre cantada por todos, em resposta à introdução
“eis o Mistério da fé”, entoada pelo presidente da celebração. Esta aclamação
nunca deve ser substituída por textos que expressam a Presença real de Cristo
na eucaristia, pois altera o sentido litúrgico do Mistério que se celebra. Este
é o momento do memorial, do anúncio do mistério pascal, da Morte e Ressurreição
de Cristo e não o momento de devoção à Presença Real.Portanto, não se deve
substituir essa aclamação por um canto eucarístico. {C De uma maneira geral,
temos duas aclamações como resposta: “Toda a vez que se come deste pão, toda
vez que se bebe deste vinho, se recorda a Paixão de Jesus Cristo e se fica
esperando a sua volta!”, é reservada especificamente para a Oração Eucarística
nº 5. A outra resposta “Anunciamos a sua morte Senhor, e proclamamos a sua
ressurreição!”, pode ser usada nas outras Orações Eucarísticas.
{C
11) A “Doxologia Final” (ou “Grande Amém”)
{C
O “Grande Amém” é o Amém! mais importante da missa, pois finaliza com a
confirmação de que “assim seja”, todo o Mistério salvífico apresentado e
realizado na Oração Eucarística. Esta aclamação deveria sempre ser cantada e
pode ser repetida três vezes. O “Amém!” é uma aclamação comunitária e, quando
cantado, deveria sempre ser acompanhado dos instrumentos para reforçá-lo.
{C
12) O “Pai-Nosso”
{C
A “Oração do Senhor” introduz nossa preparação imediata para a participação no
Banquete Pascal. Geralmente em nossas igrejas é recitada de maneira apressada,
e às vezes, de forma totalmente desorganizada, o que se torna uma verdadeira
falta de respeito para com a oração que o próprio Cristo nos ensinou. Quando
for cantado, o “Pai-Nosso” deve ser executado numa melodia simples, deforma que
todos possam cantá-lo, utilizando-se os instrumentos apenas como sustentação,
evitando distrair a atenção do principal que é a oração. Aliás, sem nem todos
puderem cantá-lo, é melhor que seja recitado. {C O “Pai-Nosso” é um canto que é
o próprio rito e deve ser cantado integralmente, evitando-se as versões
alternativas, já que é um texto bíblico. Uma observação importante: a Oração do
Senhor é uma oração inserida dentro de um rito, por isso, quer seja recitado, quer
seja cantado, nunca se deve dizer “amém” como forma conclusiva. Esse “amém” só
deve ser utilizado para encerrar a oração quando esta é feita de forma isolada
ou fora do contexto litúrgico da Santa Missa.
{C
13) O “canto da Paz”
{C
Através da saudação da paz, o sacerdote implora a paz e a unidade para a Igreja
toda e para toda a comunidade humana e os fiéis manifestam mutuamente a
caridade, antes de participar do mesmo pão. A “saudação da paz”, antes da
Oração do Pai-Nosso, está liturgicamente prescrita e por ser um gesto
simbólico, deve ser dada com sobriedade aos que estão mais próximos, do lado,
preferencialmente, sem sair do lugar. A Instrução Geral do Missal Romano diz
que o sacerdote deve permanecer no presbitério, podendo saudar o ministro ou alguém
na assembleia, mas permanecendo no âmbito do presbitério. A saudação é prevista,
mas o canto não, e entre cantar ou não, melhor que não se cante para valorizar
o gesto, não causar dispersão na assembleia e, também, não abafar o canto do
“Cordeiro de Deus”, já que este tem a preferência durante o rito de “Fração do
Pão”.
{C
14) O canto do “Cordeiro de Deus”
{C
Após a “Saudação da Paz”, o sacerdote fraciona o Pão (Corpo de Cristo) e
mistura-o ao Vinho (Sangue de Cristo). Com esse gesto, relembramos Jesus na
Última Ceia, bem como as celebrações das primeiras comunidades cristãs, que,
reunidas, partiam o pão entre si, celebrando os Mistérios da Salvação. Esse
gesto nos faz lembrar, também, dos discípulos de Emaús, onde reconheceram o
Cristo Ressuscitado somente no momento de partir o pão. Após o ato da “Fração
do Pão”, o sacerdote apresenta para a assembleia o Cordeiro Imolado, assim como
João Batista mostrou ao mundo o Cordeiro de Deus, aquele que superaria todos os
sacrifícios e seria imolado, remindo toda a humanidade consigo. {C Este canto é
o próprio rito de aclamação ao Cordeiro e deve ser cantado integralmente,
devendo ser iniciado justamente no momento em que o sacerdote toma nas mãos o
Corpo de Cristo, fraciona-o e põe um fragmento no cálice junto com o Sangue. É
muito importante que o grupo de canto esteja atento a este momento. A invocação
e súplica podem ser repetidas quantas vezes o exigir a ação que acompanham, mas
atenção, devem terminar sempre com a súplica “dai-nos a paz”. Quem inicia este
canto não é quem preside, mas a assembleia ou mesmo o grupo de canto. {C Uma
observação importante: como este canto acompanha o rito de “partir o pão”,
antes de proceder a sua distribuição, não deve ser usado como se fosse uma
maneira de encerrar o movimento criado na assembleia durante o momento do
abraço da paz.
{C
15) O canto de “Comunhão”
{C
O “Canto de Comunhão” é o canto mais antigo da Missa. Por ele, através da
procissão e da união das vozes, expressamos nossa união espiritual em torno de
Jesus. Todos ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma Igreja,
participamos do mesmo Pão do Céu. E esta é realmente a função do canto de
comunhão: fomentar o sentido de unidade. Desta forma, ele manifesta a alegria
da unidade do Corpo de Cristo, que é a Igreja, e alegria pela realização do
Mistério que está sendo celebrado. {C Os hinos eucarísticos usados na adoração
ao Santíssimo Sacramento não são apropriados para o momento de comunhão, pois
eles destacam apenas a fé na Presença Real de Cristo na Eucaristia, mas não
manifestam o sentido de unidade da participação em comum. {C A letra deste
canto não deve ser individualista, ou seja, manifestar a comunhão apenas
daquele que comunga, mas sim coletiva, isto é, deve provocar na assembleia uma
sensação de que todos comungam ao mesmo tempo. Este canto acompanha o rito da
comunhão e deve terminar quando a última pessoa comungar. {C Em certas
oportunidades, este canto deve favorecer o acolhimento, para evitar um comungar
puramente rotineiro e inconsciente. Em outras, principalmente nas ocasiões de
festas maiores, deve propiciar a alegria e exultação. {C É comum escutarmos que
se deveria fazer silêncio durante a comunhão, para que cada um pudesse se
entreter num encontro pessoal com Cristo. É certo que a comunhão é um ato
pessoal, mas como já foi dito, deve manifestar-se através de um ato
comunitário. Por isso, todo o povo deve participar deste canto. O silêncio
eucarístico necessário ao encontro e oração pessoal se dará, mais
oportunamente, no momento seguinte.
{C
16) O canto de “Ação de Graças”
{C
Como já foi visto, após a comunhão deve-se adotar o silêncio sagrado, onde
todos meditam, louvam e rezam a Deus no íntimo de seu coração. Esse momento é
dedicado exclusivamente a Deus, onde a criatura adora o Criador.
A
assembleia pode cantar um hino que una todas as preces de louvor e adoração num
só propósito. Alguns consideram esse canto como inapropriado ao momento, porque
toda a Missa é ação de Graças e o momento é particular entre quem recebeu a
santa Eucaristia e Deus, mas ele está previsto no Missal Romano. Portanto, pode
ser cantado, muito embora seja facultativo. {C Deve ser, obrigatoriamente, um
canto onde o destinatário seja o próprio Deus, ou seja, deve ser um canto que
ajude no diálogo com Deus, com o Cristo Eucarístico. Jamais deve ser executado
um canto a Nossa Senhora, ou a qualquer outro santo. É preferível que este canto
seja breve e executado por todos, com moderação no volume dos instrumentos e
dos microfones. {C É preciso que o ministro de música tenha a devida
sensibilidade e discernimento para saber se este canto é conveniente neste
momento. O canto de “ação de graças” não é recomendável, e nem mesmo desejável,
quando o canto de comunhão se prolongou após o rito da comunhão. Deve-se
evitá-lo também, quando a celebração estiver muito prolongada. {C E muita
atenção: o “canto de ação de graças” não deve e não pode excluir o silêncio
sacramental após a comunhão.
{C
17) “Canto Final”
A
reforma litúrgica realizada pelo Concílio Vaticano II propôs, como última
fórmula da celebração litúrgica, o “Ide em paz”. Um canto “final” após este
momento seria ilógico, pois a assembleia está dispensada. O que temos, na
verdade, é um canto de despedida. Este canto de despedida, executado durante a
saída do povo, pode ser substituído por uma música instrumental. Se em alguma
ocasião parecer oportuno um “canto final”, por exemplo, o hino do padroeiro ou
da padroeira da festa, ou um hino em honra da Mãe do Senhor em algumas de suas
comemorações, deve ser cantado após a “Benção final” e antes do “Ide em Paz”.
Vemos, então, que existe uma certa confusão entre “Canto Final” e “Canto de Despedida”.
Critérios
para escolha dos cantos litúrgicos
Não
é qualquer canto que se escolhe para as celebrações. Existem cantos litúrgicos
(para as missas) e cantos mensagem (para outras ocasiões, encontros, etc...).
As características do Canto litúrgico são:
1.
Conteúdo ou inspiração bíblica;
2.
Qualquer salmo cantado é litúrgico;
3.
Deve ter melodia fácil;
4.
Todos os cânticos litúrgicos são personalizados (ritmo próprio, letra própria e
momento próprio);
5.
Ter cuidado com as músicas destinadas às partes fixas da Celebração (Glória,
Santo, Pai Nosso, Cordeiro), pois cada um tem o seu conteúdo próprio e isto é
da Tradição da Igreja.
Obs:
Existem cantos que são o rito e outros que acompanham o rito: IGMR 37, e cantos
suplementares: IGMR 26/ D0c 79-318
As
características a serem levadas em consideração são:
1.
Canto de entrada: (IGMR 47)
Letra:
Deve ser um convite à celebração! Deve falar do motivo da celebração.
Música:
De ritmo alegre, festivo, que expresse a abertura da celebração.
2.
Canto penitencial:(IGMR 51,52)
De
cunho introspectivo, a ser cantado com expressão de piedade. Deve expressar
confiança no perdão de Deus.
Letra:
Deve conter um pedido de perdão, sem necessariamente seguir a fórmula do
Missal.
Música:
Lenta, que leve à introspecção. Sejam usados especialmente instrumentos mais
suaves.
3.
Canto do glória: (IGMR 53)
Letra:
Não constitui o “Glória” um hino trinitário, mas cristológico. Hino antigo, do
século IV, por ele a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica
a Deus Pai e ao Cordeiro (IGMR 31ª). Não acompanha um rito, mas é ele o próprio
rito. Sendo glorificação e súplica da Igreja, deve ser cantado por todos. Não é
cantado no Advento e na Quaresma.
Música:
Festiva, de louvor a Deus. Podem ser usados vários instrumentos.
4.
Salmo Responsorial: (IGMR 61)(Doc 79-302)
Letra:
Faz parte integrante da liturgia da palavra: tem que ser um salmo. Deve ser
cantado, revezando solo e povo, ou, ao menos o refrão. Não pode ser trocado por
um canto de meditação.
Letra:
Salmo próprio do dia ou outro texto bíblico de acordo com a liturgia do dia.
Música:
Mais suave. Instrumentos mais doces.
5.
Aclamação ao Evangelho: (IGMR 62-64)(Doc 79-302)
Letra:
Tem que ter ALELUIA (louvor a Deus), exceto na Quaresma. É um convite para
ouvir; é o anúncio da Palavra de Jesus. Deve ser curto, e tirado do lecionário,
próprio do dia.
Música:
De ritmo vibrante, alegra, festivo e acolhedor. Podem ser usados outros
instrumentos.
6.
Canto das oferendas: (IGMR 74)(doc 79-319)
É
um canto facultativo. A equipe decide e combina com o padre. Caso não seja
cantado, é oportuno um fundo musical (exceto Advento e Quaresma), até que as
ofertas cheguem até o altar, cessando então, para que se ouça as orações de
oferecimento que o padre rezará, então, em voz alta.
Letra:
É bom que se fale de pão e vinho, por estarmos no rito das oferendas. Pode
também falar do oferecimento da vida, etc...
Música:
Melodia calma, suave. Uso de instrumentos suaves.
7.
Santo: (Doc 79-303)
O
“Santo” é uma aclamação de todo o povo. Seu conteúdo faz parte de três textos
bíblicos: o louvor celeste dos serafins, na visão de Isaías (Cf. Is 6,3), e o
brado de triunfo messiânico do povo de Deus, ao acolher o Salvador (Cf. Sl
118,26 (117); Mt 21,9). Este canto une, em espiritualidade bíblica, a liturgia
terrena, celebrada pela assembleia e à liturgia celeste, cantada pelos anjos.
Letra:
Santo, Santo, Santo. Senhor Deus do universo, o céu e a terra proclama a vossa
glória. Hosana nas alturas. Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas
alturas.
Música:
Que os instrumentos expressem a exultação desse momento e a santidade de Deus.
Deve ser sempre cantado.
8.
Doxologia: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo”
É
uma hora muito importante e solene. É o verdadeiro e próprio ofertório da
missa. É cantado apenas pelo Sacerdote. O AMÉM conclusivo, aí sim cantado pelo
povo é o mais importante da Missa e deve ser cantado sempre que possível.
9.
Pai-Nosso: (Doc 79-309,306)
Pode
ser cantado, mas desde que com as mesmas e exatas palavras da oração. Não de
diz o Amém, mesmo quando cantado.
10.
Canto da Paz: É um canto facultativo.(Doc 79-322)
11.
Cordeiro de Deus: (IGMR 83(Doc 79-310)
Pode
ser cantado com melodia não muito rápida e sempre com as mesmas palavras da
oração. Parte fixa da missa.
12.
Canto de Comunhão: (IGMR 86-87)(Doc 79-314)
É
um canto processional, para se cantar andando.
Letra:
Preferência que tenha sintonia com o Evangelho e que seja “Eucarística”.
Música:
Processional, toada, balada, etc...
13.
Meditação ou Louvor: (IGMR 88)(Doc 79-320)
Se
for o caso, se canta dando graças, louvando e agradecendo o encontro com o
Senhor e com os Irmãos. No entanto, que se tenha tempo de silêncio profundo e
de adoração e intimidade com o Senhor. Instrumentos mais doces e melodia lenta
e que leve a adoração.
14.
Canto final: Não é previsto no Missal Romano.
É
para ser cantado após a Bênção Final, enquanto o povo se retira da Igreja: é o
canto de despedida.
Letra:
Deve conter uma mensagem que levaremos para a vida, se possível, referente ao
Evangelho do dia.
Música:
Alegre, vibrante. Podem ser usados outros instrumentos.
FONTES:
EXTRAÍDAS DO: INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO
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