A
Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua de sinais usada por surdos dos
centros urbanos brasileiros e legalmente reconhecida como meio de comunicação e
expressão. É derivada tanto de uma língua de sinais autóctone, que é natural da
região ou do território em que habita, quanto da antiga língua de sinais
francesa; por isso, é semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da
América. A Libras não é uma gestualização da língua portuguesa, e sim uma
língua à parte. Em Portugal, adota-se a Língua Gestual Portuguesa (LGP).
Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber, visual-espacial, ou cinésico-visual, para outros. Assim sendo, a comunicação em Libras não envolve apenas os conhecimentos dos sinais, mas o domínio de sua gramática para combinar as frases, estabelecendo a comunicação de forma correta, evitando o uso do "português sinalizado".
Os
sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de
articulação locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos e também de
expressões faciais e corporais que transmitem os sentimentos, que são
transmitidos pela entonação da voz nas línguas orais, os quais juntos compõem
as unidades básicas dessa língua.
Assim, a Libras se apresenta como um sistema
linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de
pessoas surdas do Brasil. Como em qualquer língua, também na Libras, existem
diferenças regionais.
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