A Igreja comemora, no dia 1º de maio, a festa de São José Operário, e o Papa Francisco aproveita a oportunidade para fazer uma reflexão sobre o valor do trabalho. Leia a seguir. “Se, há mais de 2000 anos, alguém perguntasse quem poderia conhecer um bom artesão para consertar a rachadura no telhado de madeira da sua casa, os habitantes de Nazaré teriam indicado, provavelmente, a carpintaria do galileu, chamado José, esposo de Maria e pai de Jesus. José era um humilde carpinteiro que trabalhava, honestamente, para sustentar a sua família.
A festa litúrgica de São José Operário foi instituída por Pio XII, em 1º de maio de 1955. Naquela ocasião, o Papa disse: “Queridos trabalhadores e trabalhadoras, vocês aceitam este presente? Tenho certeza que sim, porque o humilde artesão de Nazaré não representa apenas, para Deus e a Santa Igreja, a dignidade de um trabalhador braçal, mas também e sempre o padroeiro de vocês e de suas famílias.
A festa de São José Operário é, portanto, o Dia do Trabalhador. Em 1º de maio de 2020, na celebração da manhã transmitida ao vivo da capela de Santa Marta, o Papa Francisco lembrou que “o trabalho humano é a vocação do homem recebida de Deus no final da criação do universo.”
A Bíblia e os trabalhadores.
Na Bíblia encontramos também citações de profissões
e trabalhadores. O trabalho de carpinteiro, como afirma Silvia Giovanrosa, não
era um dos mais comuns na Palestina, na época de Jesus. Ao artesão não competia
apenas a produção de artefatos de madeira, como mesas, cadeiras e outros
móveis, mas também a produção de vigas, pranchas e estruturas de madeira, necessárias
para a construção das casas.
Na época, a profissão mais popular era a de
agricultor. As pessoas trabalhavam por dia: começavam cedo e acabavam de noite.
Os primeiros Apóstolos, chamados para seguir Jesus,
eram pescadores: Pedro, André, Tiago e João lançavam suas redes no lago de
Tiberíades; a pesca no mar cabia aos fenícios. “Eu vos farei pescadores de
homens”, disse-lhes Jesus. Na verdade, o trabalho de pescador exigia paciência,
espera, vigilância, até nas noites mais escuras, para depois, na hora certa,
lançar as redes.
Além disso, muitos trabalhavam também como
comerciantes, ferreiros, oleiros. Os Escribas ensinavam nas Sinagogas; os
publicanos eram cobradores de impostos.
A Bíblia cita também outros tipos de trabalhadores como os pastores, que viviam à margem da sociedade e eram considerados impuros e não confiáveis, porque estavam em contato com animais. Eles forneciam ovelhas para os sacrifícios no Templo, onde não podiam entrar.
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