ANA
LINS DOS GUIMARÃES PEIXOTO BRETAS, o nome de batismo da talentosa poetisa CORA
CORALINA, diante da vida, diante dos ensinamentos sagrados de vida, essa suave
figura de avó ocupou, anos depois de sua opção literária, lugar de proa no
coração de um fiel e crescente séquito de leitores.
CORA
CORALINA nasceu em Goiás Velho-GO, no dia 20 de agosto de 1889 escritora Cora
Coralina, poetisa e contista, lançou sete livros, o primeiro deles aos 75 anos.
Os doces e a terra natal são as maiores paixões presentes em seus textos.
Considerada
uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro
publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando
já tinha quase 76 anos de idade.
Foi
ao ter a segunda edição (1978) de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais,
composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás,
com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas
pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio
de Oswaldino Marques, saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do
Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina,
ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o Brasil. "Não estou
fazendo comercial de editora, em época de festas. A obra foi publicada pela
Universidade Federal de Goiás. Se há livros comovedores, este é um deles."
Manifesta-se, ao ensejo, o vate Drummond.
A
primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, seu primeiro
livro, foi publicado pela Editora: "José Olympio" em 1965, quando a
poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que consagraram o estilo da
autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de Língua Portuguesa do
século XX. Já a segunda edição, repetindo, saiu em 1978 pela imprensa da UFG. E
a terceira, em 1980. Desta vez, pela recém-implantada editora da UFG, dentro da
Coleção Documentos Goianos.
Onze
anos depois da primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais,
compôs, em 1976, Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançou Vintém de
Cobre - Meias Confissões de Aninha (Ed. Global).
Cora
Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo
depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio
Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, morreu. A
31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e
Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O
Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim,
Cora torna-se autora canônica.
LIVROS
PUBLICADOS
Poemas
dos Becos de Goiás e estórias mais (poesia), 1965 (Editora José Olympio).
Meu
Livro de Cordel, (poesia), 1976
Vintém
de Cobre - Meias confissões de Aninha (poesia), 1983
Estórias
da Casa Velha da Ponte (contos), 1985
Meninos
Verdes (infantil), 1986 (póstumo)
Tesouro
da Casa Velha (poesia), 1996 (póstumo)
A
Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (infantil), 1999 (póstumo)
Vila
Boa de Goiás (poesia), 2001 (póstumo)
O
Prato Azul-Pombinho (infantil), 2002 (póstumo)
Em
Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha, a poetisa confirma sua apurada
sensibilidade, traça uma espécie de radiografia de sua vida. Seria, em qualquer
circunstância, um caso digno de nota. Não é todo dia que uma doceira nascida e
crescida num remoto lugarejo encravado no interior do país, simbolizado Goiás
Velho, onde a poetisa nasceu no ano da Proclamação da República, 1889, na
Fazenda Paraíso, onde a autora gastou parte de sua juventude.
Cora
Coralina faleceu no dia 10 de abril de 1985, aos 94 anos, em Goiás Velho (GO).
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