Hoje, 09 de fevereiro, dia da Beata Ana Catarina Emmerick, virgem
religiosa agostiniana que recebeu os estigmas da Paixão de Nosso Senhor Jesus
Cristo. O nosso classicista e virtual periódico ALBERTO ARAÚJO
& AMIGOS vem, através do texto, "DOM CARLOS ALBERTO NAVARRO RECOMENDOU
MAS...", do jornalista Lobo José, o qual nos enviou gentilmente. Escrito
esse, por se tratar de um tema que, inserido, sempre estará em nosso cotidiano.
Outros pensadores, inclusive, já se manifestaram sobre o assunto e, porém,
continua atualíssimo, sendo assim, servirá para cabível reflexão.
Caro leitor, aproveitando a especial
postagem, queremos homenagear um importante homem de Deus. DOM CARLOS ALBERTO
NAVARRO, reverendo eclesiástico e respeitável Arcebispo de Niterói, presbítero
admirável, em sua luta incansável prestou inúmeros trabalhos caritativos em
nossa metrópole, contudo, os seus magnânimos serviços, em prol das comunidades carentes
e das sociedades paroquianas, serviram de espelhos e se difundiram por todo o
país e mundo.
Assim,
reverenciamos este grande SACERDOTE e o pedido de intercessão por este pároco que,
em vida, deixou, através da peleja e determinação, grandes benfeitorias, ligadas,
em especial, aos mais necessitados. Obrigado, DOM CARLOS ALBERTO NAVARRO!
Fulgure como uma constelação radiosa ao lado de Deus, por toda eternidade.
Portanto, neste dia, fazemos memória da sua
passagem, que aconteceu, exatamente, há 14 anos, no dia 02 de fevereiro de 2003.
Saudades!
Entretanto, por ser significante e
absolutamente expressivo, o publicamos na íntegra para você. Eis, o texto:
DOM CARLOS ALBERTO NAVARRO
RECOMENDOU MAS...
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque deles é o reino dos céus! MT 5, 6.
porque deles é o reino dos céus! MT 5, 6.
Tudo o que quereis que os homens vos façam,
fazei-o vós a eles. Mt. 12,7
fazei-o vós a eles. Mt. 12,7
Caros
amigos, para exercer a minha profissão, aposentado há algum tempo, sempre
tive a necessidade, de pesquisar, isto é: buscar com diligência o máximo
possível de informações ou fatos que pudessem ajudar na consecução de qualquer
trabalho que me competia, daí a curiosidade que sempre tenho de “olhar com
lupa”, mais ainda agora, pois aproveito o “ócio da aposentadoria”, agora que
tenho mais tempo. Por isso, todos os assuntos que envolvem a nossa vida como saúde,
trabalho, segurança, política, educação, religião, etc. mexem com a minha
“ociosidade”, e me levam a “entender” a situação e a buscar “soluções”,
principalmente, quando a análise é feita sob a ótica da administração de empresas,
também como jornalista.
Assim,
na condição de passageiro do barco em que todos nós estamos e observando que o
mar está agitado pela forte ventania, a visibilidade é praticamente zero
e a tripulação não se entende com o seu comandante, fico a pensar, agora que o
barco começa a fazer água que todos nós somos, de uma forma ou de outra
corresponsáveis pela atual situação.
Por quê? Porque escolhemos mal nossos representantes. Não vamos elencar os erros
que cometemos ao escolhermos essas pessoas, pois os jornais nos mostram
diariamente esses “erros”, daí os envolvimentos e prisões de políticos,
empresários e outras pessoas que se envolveram em corrupção e/ou outros atos
ilícitos.
Bom,
deixemos que a Justiça cuide de tudo isto e com a maior brevidade possível para
que essas pessoas sejam julgadas e paguem pelos seus atos contrários à moral
e/ou ao direito.
Pesquisando
“coisas no baú do tempo” encontrei no Boletim Escuta, ano II, nº 28 de
outubro de 1998, na pagina 2, da Paróquia de São Judas Tadeu em Icaraí ,
Niterói, na coluna a voz do Pastor, o artigo com o titulo “perfil dos
candidatos” assinado por Dom Carlos Alberto Navarro, arcebispo de Niterói
(12/09/1998) e o repasso aos leitores para reflexão e preparação para as
próximas eleições, já que o momento em que vivemos é de muita apreensão: “
Baseado em declaração passada dos Bispos do Estado do Rio, eis alguns dos
critérios que dou aos fieis. Deus nos ilumine para cumprirmos nossos deveres de
eleitores conscientes e católicos.
Em
primeiro lugar, é preciso que consideremos o passado daquele que pretende nosso
sufrágio. Será ele honesto? Qual o conceito de que goza diante do povo? Nem
sempre, mas, muitas vezes, a “voz do povo é a voz de Deus”.
Segundo.
Atenção! Não basta que ele ou eles falem de Deus ou tenham um “discurso
religioso”. Como também não é suficiente que citem muito a democracia (todas as
ditaduras de esquerda ou de direita empregam palavras ou conceitos similares!).
Alerta ainda para aquele que tem uma bela “retórica popular”, mas que, em vez de
servir ao povo, serve-se do povo.
Terceiro.
E, mais do que tudo, olhe-se para a vivência dele. Qual é o exemplo que
dá? Sua vida é um “testemunho coerente com os valores Cristãos e humanos
fundamentais?” Jesus dizia “É pelos frutos que se conhece a árvore” Mt. 12,33.
Quarto.
Pelo que observa, tem ele um comportamento social e político “comprometido, com
a nobre luta pela justiça”? Cuidado, porém, com os que falam muito sobre
justiça, mas tem “posições ideológicas incompatíveis com a fé cristã” Houve muitos
adeptos da direita ou da esquerda que lutaram pela justiça (!?) através da
“violência” e de “revoluções”, e não através e não através de reformas
profundas e corajosas”, como ensina João Paulo II (Discurso na Bahia, 7 de
julho de 1980).
Quinto.
Outro critério é o de nos perguntar se o candidato poderá prestar contas das
fontes dos investimentos em sua campanha. Não deverá, além do mais, ter
assumido “compromissos com grupos privilegiados, social ou economicamente”. Já
que representará o povo, pensa, de maneira especial, nos mais pobres, carentes
e necessitados.
Sexto.
A que partido político é ele filiado? Terá o mesmo uma “proposta realmente
democrática e cristã?
Sétimo.
Em resumo: há pessoas que são os “católicos de última hora” isto é, nunca o
vimos na igreja ou engajados na pastoral, e que, de uma hora para outra,
aparecem em nosso meio, pedindo votos dos católicos.
Oitavo.
De outro lado, pode haver católicos bons e piedosos, mas que não possuem os
dotes humanos e culturais, nem o conhecimento da doutrina da Igreja, que os
capacitem para bem defender nossas propostas nos vários níveis de representação
política.
Nono.
Uma pergunta poderia ser feita, quando se procura o nome de um católico: como
se relaciona com os pastores da Igreja? È crítico do Papa, da Hierarquia?
Colabora no plano religioso, em espírito de fé, com o Bispo e os sacerdotes?
As. Dom Carlos Alberto Navarro.
As. Dom Carlos Alberto Navarro.
É
isso, caros leitores, a Igreja, como Mãe e Mestra, sempre atenta aos
acontecimentos recomendou em 1998 o que é válido para hoje e para sempre mas...
Por
fim, nada mais a comentar, ou melhor, no cenário em que vivemos tudo, tudo para
reflexão e preparação para as próximas eleições em 2018 e para as seguintes, se
tivermos oportunidade de votar. Portanto, não percamos a oportunidade para
votar bem!
UM POUCO SOBRE
DOM CARLOS ALBERTO
NAVARRO
CARLOS
ALBERTO ETCHANDY GIMENO NAVARRO nasceu
no Rio de Janeiro, em 30 de outubro de 1931. Arcebispo de Niterói. Foi cadete
da Academia Militar de Agulhas Negras entre os anos de 1951 e 1952. Cursou
Filosofia e Teologia no Seminário Arquidiocesano de S. José.
Ordenado
sacerdote em 1959, desempenhou funções em nível estadual e nacional. Foi Bispo
Auxiliar do Rio de Janeiro e Bispo de Campos. Compositor de cantos litúrgicos,
sendo famosos Belo pra mim e Vitória e Tu
reinarás. Publicou: A Poesia de Tudo
e este desejo de Deus, poesia. Participou da antologia Água Escondida (1994), de Neide Barros Rego. Colaborou em diversos
jornais. Faleceu em 02 de fevereiro de 2003 aos 71 anos.
LEIA
A POESIA PUBLICADA NA
ANTOLOGIA
ÁGUA ESCONDIDA
Organização de NEIDE BARROS RÊGO.
CARREGADO
DE POESIA
Estou carregado de poesia.
Como uma árvore.
Há séculos – vinte, trinta, quarenta anos.
É uma semente que cresce e que morre.
Um vulcão que anseia explodir e se cala.
(Explodir e dizer...
O quê?... Se tudo já foi dito!)
Dentro
em mim uma criança se agita
e faz acenos.
Uma fonte nasce, borbulha
e nem eu bebo desta água.
Uma onda cresce, levanta-se
e pára no alto... sem arrebentar.
Parto num vôo... sem destino.
Escrevo carta para mim e
não sei que nome
assino.
Componho a sinfonia em
suas primeiras notas...
e restam inertes centenas
de folhas em branco.
Sinto "um amor que não se basta
com todos os amores do mundo".
Respiro em cores:
laranja, vermelho, azul, verde,
branco,
violeta.
Desejo ser ar – vento – voz
nos quatro cantos do mundo.
Ser lágrima em cada rosto de doente.
Luz em cada olhar do feliz.
Um desejo de tudo... de tudo...
E este desejo de Deus!...
Antologia Água Escondida (1994).
Página:
72 - há 23 anos.
UM POUCO SOBRE O
JORNALISTA LOBO JOSÉ
Lobo José - jornalista
e acólito eclesiástico.
JOSÉ
AUGUSTO LOBO, conhecido profissionalmente como LOBO JOSÉ. O niteroiense é
jornalista, possui uma coluna no jornal Unidade,
um dos principais periódicos católicos, que circula em nossa cidade, há vários
anos. Além de escrever para o importante tabloide, tem uma ocupação humanitária
brilhante!
O
periodista é acólito e eclesiástico, na Paróquia de São Judas Tadeu, em
Icaraí,Niterói, não é extraordinária essa tarefa? Um comprometimento admirável!
Sim, é mesmo muito importante, ele auxilia os presbíteros, principalmente,
Padre CARMINE PASCALE, Vigário Geral da
nossa Arquidiocese e pároco da Igreja São Judas Tadeu, na transmissão da
Palavra do Onipotente.
Portanto
é também um HOMEM DE DEUS! Em seu voluntariado, une sua essência religiosa ao
coração da Igreja, em sentido pleno. Difundidor e amoroso pela obra de
Deus. Presença constante nas missas
dominicais. Obediente à Igreja, segue em tudo as determinações do Papa e
transmite a todos os amigos o seu amor ao Sumo Pontífice. Por último, descobri,
a pouco tempo, que é um fervoroso devoto de Nossa Senhora Aparecida, a
Padroeira do Brasil.
Pelo seu carisma,
companheirismo e importante divulgador da Palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo,
merece todo nosso respeito e admiração.
Alberto
Araújo -
Diretor
- Editor
do
Focus Portal Cultural.
Alberto Araújo - editor do Focus Portal Cultural
posa ao lado do casal Ermita e Lobo José,
na Paróquia São Judas Tadeu - Niterói.
Um achado o decálogo eleitoral de Dom Carlos Alberto Navarro. Exatamente! Dez mandamentos de um eleitor sério (e verdadeiramente cristão!) editados, originalmente, em 1998.
Revitalizando a proposta, o jornalista Lobo José alerta-nos, com olhos nas eleições de 2018 (duas décadas passadas), sobre a necessidade de uma reflexão isenta e madura para o exercício da votação no próximo ano eleitoral.
O que mudou? Nada! Durante os últimos 20 anos temos elegido péssimos representantes, temos trocado nossos votos por promessas vãs, quando não os vendemos por meia dúzia de sacos de cimento.
E assim, relaxadamente, reafirmamos a máxima de que "cada povo tem o governo que merece".
Será este o legado asinino que perpetuaremos?
Ou vamos, pela vida a fora, "dar um jeitinho" para "tirar vantagem em tudo" e "empurrar a vida com a barriga" pra não acordar "o gigante adormecido"?
Nosso país foi abençoado por Deus ao receber as terras de um continente que traz fartura, riquezas naturais, águas e florestas excepcionais, mas - cruz credo! - olhem o povinho que ocupou estas bandas.
Dom Carlos consagrou as Tábuas de Lei Eleitoral de forma cristalina e direta. Temos preferido a leitura fácil dos talões da mega-sena para a construção do nosso futuro. E ainda recomendamos a nossos filhos: "fé em Deus e pé na tábua!".
Lemme.
Luiz Carlos Lemme
é poeta, presidente do
Instituto Esquina da Arte
em Niterói.
*****************************
Caríssimo Alberto,
Muito oportuno esse texto no momento tão sofrido que nós estamos atravessando em relação à nossa própria nação. Muito elucidativo.
Muito oportuno esse texto no momento tão sofrido que nós estamos atravessando em relação à nossa própria nação. Muito elucidativo.
Matilde.
Matilde Carone Slaibi Conti
É escritora, acadêmica, Intelectual do Ano 2016.
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3 comentários:
Um achado o decálogo eleitoral de Dom Carlos Alberto Navarro. Exatamente! Dez mandamentos de um eleitor sério (e verdadeiramente cristão!) editados, originalmente, em 1998.
Revitalizando a proposta, o jornalista Lobo José alerta-nos, com olhos nas eleições de 2018 (duas décadas passadas), sobre a necessidade de uma reflexão isenta e madura para o exercício da votação no próximo ano eleitoral.
O que mudou? Nada! Durante os últimos 20 anos temos elegido péssimos representantes, temos trocado nossos votos por promessas vãs, quando não os vendemos por meia dúzia de sacos de cimento.
E assim, relaxadamente, reafirmamos a máxima de que "cada povo tem o governo que merece".
Será este o legado asinino que perpetuaremos?
Ou vamos, pela vida a fora, "dar um jeitinho" para "tirar vantagem em tudo" e "empurrar a vida com a barriga" pra não acordar "o gigante adormecido"?
Nosso país foi abençoado por Deus ao receber as terras de um continente que traz fartura, riquezas naturais, águas e florestas excepcionais, mas - cruz credo! - olhem o povinho que ocupou estas bandas.
Dom Carlos consagrou as Tábuas de Lei Eleitoral de forma cristalina e direta. Temos preferido a leitura fácil dos talões da mega-sena para a construção do nosso futuro. E ainda recomendamos a nossos filhos: "fé em Deus e pé na tábua!"
Caríssimo Alberto,
Muito oportuno esse texto no momento tão sofrido que nós estamos atravessando em relação à nossa própria nação .
Muito elucidativo.
Boa tarde, amigos, irmãos!!
Humildemente estou organizando um festival de música para reacender a chama e o ardor dos músicos espalhados poe esse Brasil.
Com músicas compostas por Dom Carlos A. Navarro.
Trabalho com projeto de Música nas Igrejas e gostaria de fazer essa singela homenagem ao nosso querido e inesquecível Bispo, músico aqui da Arquidiocese de Niterói.
Como percebi, vocês devem ter bastante material dele, poderiam me ajudar?
Desde já agradeço.
Paz e Bem
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