11 de abril de 2011

CORAÇÃO DELIRANTE





Coração delirante


atos delirantes

vão além de mim

e não me importo

se for chamado de louco, atroz





uma lâmina cortante

num voo avoado



e dentro do peito

bate um relógio descompassado



:



a janela se abre

e uma febre de amor

anuncia:

calafrios

despropérios

atos infligidos



nessa hora

já não sei de mim...



e apesar de tudo

e todos os momentos

serei um céu difuso

na flor do pântano - um

barco feliz...além do mar



:



absolutamente um astro

rico em poesias

- (prumos e desaprumos)

direto na veia

da loucura de amar





©by Albert Araújo

09-04-11

Um comentário:

Shirley Araújo disse...

Olá mestre Alberto Araújo bom dia. Um texto forte e belíssimo, muito reflexivo. Um coração que ama de uma forma intensa e fica exposto. O mestre versa uma forma de amor profundo e avassalador, um amor que parece não caber dentro do próprio coração e que o leva ao desvario. A última estrofe diz tudo, é o poeta na mais linda inspiração poética afogada no sentimento nobre. As imagens expressam o texto numa sintonia belíssima a musica é linda Aplausos. Sempre fã. Tuela