3 de maio de 2025

LINA: E O ECO DE UM SÉCULO - POEMA DE ALBERTO ARAÚJO




 

Em Onano, terra simples,

no dia em que o mundo celebra a luz,

nasceu Natalina.

Mas o destino a vestiu de outro nome: Lina.

 

A voz, cedo descoberta, um rio a fluir,

forçada ao aprendizado,

e a sombra do mestre, a flor roubada.

Alessandro, único laço, raiz fincada em seu ventre.

Mãe-ilha, seu porto seguro.

 

Roma a viu menina-prodígio,

a voz que encanta, o gesto que prende.

Nápoles acenou com seus teatros vibrantes.

Paris... Ah, Paris da Belle Époque!

Folies Bérgères, o palco da metamorfose.

Lina, estrela ascendente, corpo e alma a irradiar beleza.

Símbolo de uma era de sonhos e art nouveau.

 

O século novo a elevou ao Olimpo da lírica.

Ao lado dos titãs Caruso, Tamagno,

sua voz ecoou em teatros do mundo.

Nova York, o Met, a consagração.

A diva internacional, farol para os homens,

mito sussurrado entre as mulheres.

 

A tela prateada a seduziu, novo palco de ilusões.

O cinema a acolheu como deusa.

Mas a arte, por vezes, cansa a alma inquieta.

Aos quarenta e poucos, o adeus sereno.

"Aposento-me sem pânico", disse ela,

da corrida ruidosa.

 

Paris a reviu, não mais cantora, não mais atriz.

Empresária da beleza, salão elegante.

Rosto a estampar cremes, testemunha de um tempo.

Palmolive, o aroma da fama.

 

E a vida privada... um turbilhão de afetos.

Príncipes, milionários, artistas.

Casamentos breves, paixões intensas.

O russo ciumento, o americano fortunado,

o tenor francês, o herdeiro italiano.

O amor, labirinto de encontros e desencontros.

 

A guerra, sombra longa sobre a Europa.

Lina, outrora diva, veste a farda da enfermeira.

A beleza a serviço da dor.

 

Florença, 1944.

O céu vomita fogo, a terra treme.

Sob o bombardeio, o fim trágico.

Uma nota breve, anônima, a anunciar sua partida.

Oceanos de tinta a celebrar a vida,

um sussurro para a morte.

 

Mas no testamento, a memória da infância pobre.

O gesto nobre, a doação generosa.

Cem mil liras, um tesouro para jovens vozes.

A Academia de Santa Cecília, o legado musical.

Que a lembrem, não só pelo rosto de Vênus,

mas pelo coração que soube partilhar a luz.

 

Lina Cavalieri.

Um meteoro de beleza e talento.

O eco de um século que sonhou com a eternidade.

E em cada nota suspensa no ar,

em cada imagem desbotada,

reside a força de sua passagem fugaz.

A mulher mais linda do mundo,

e muito mais que isso.

Uma história gravada no tempo,

sem a métrica fácil da rima,

mas com a força bruta da vida que pulsa.

 

© Alberto Araújo

 


O METEORO DE BELEZA E TALENTO CHAMADO LINA CAVALIERI 

Ela incandesceu a Belle Époque, cativou corações e fez suspirar o mundo. Lina Cavalieri, nascida Natalina em um humilde Natal de 1874, em Onano, foi muito mais do que o epíteto de "a mulher mais linda do mundo" que lhe conferiu D'Annunzio. Sua trajetória, um verdadeiro conto de fadas da vida real, entrelaçou o brilho dos palcos com a turbulência de paixões e a força de uma mulher à frente de seu tempo. 

Desde cedo, a voz melodiosa de Lina prenunciava um destino artístico. Incentivada pela mãe, teve aulas de canto, mas a inocência juvenil foi precocemente interrompida, resultando no nascimento de seu único filho, Alessandro, a quem criou com independência e profundo afeto. 

Aos 15 anos, Roma testemunhou a estreia de um talento fulgurante. Sua voz encantadora e a graça de sua presença cênica logo a transportaram para os palcos vibrantes de Nápoles e, em seguida, para a efervescente Paris. No Folies Bérgères, Lina Cavalieri ascendeu rapidamente ao panteão dos símbolos da Belle Époque francesa, irradiando beleza e talento. 

O novo século a consagrou como uma estrela lírica de calibre mundial, dividindo o palco com lendas como Enrico Caruso e Francesco Tamagno. Sua chegada ao Metropolitan Opera de Nova York consolidou seu status de diva internacional, um sonho para os homens e um ícone para as mulheres da época. 

Em 1914, no auge de sua fama teatral, Lina surpreendeu o público ao trocar os palcos pelas telas de cinema, onde também brilhou intensamente. Contudo, em 1921, aos 47 anos, despediu-se das câmeras com uma declaração marcante: "Eu me aposento da arte sem pânico depois de uma corrida, talvez muito barulhenta".

 

Longe de se recolher, Lina demonstrou sua visão empreendedora ao abrir um salão de beleza em Paris e tornar-se garota-propaganda de marcas renomadas como Palmolive, provando que sua influência transcendia os palcos e as telas. 

Sua vida amorosa, tão fascinante quanto sua carreira, foi marcada por múltiplos casamentos. De um príncipe russo consumido pelo ciúme a um milionário americano, passando por um colega de palco francês e o herdeiro de uma famosa companhia de bebidas, Lina viveu paixões intensas e construiu uma considerável fortuna. 

Após se afastar definitivamente da vida pública, o destino pregou uma peça trágica. Em 9 de março de 1944, Lina Cavalieri faleceu em Florença, vítima dos bombardeios aliados. Sua morte, ironicamente, recebeu apenas uma breve menção anônima, contrastando com os rios de tinta que celebraram sua vida. 

No entanto, a generosidade de Lina perdurou. Em seu testamento, a diva, que conheceu a pobreza na juventude, destinou uma quantia significativa à Academia de S. Cecília para a criação de bolsas de estudo para jovens talentosas sem recursos, garantindo que sua memória fosse associada não apenas à sua beleza estonteante, mas também à sua nobreza de espírito. Lina Cavalieri, um meteoro de beleza e talento que iluminou o mundo e deixou uma marca indelével na história. 

Carreira 

Sua estreia operística ocorreu em 1900, em Lisboa, no papel de Nedda na ópera Pagliacci.

Em 1904, cantou na Ópera de Monte Carlo e, em 1905, no Teatro Sarah Bernhardt em Paris, atuando ao lado de Enrico Caruso na ópera Fedora.

Sua estreia no Metropolitan Opera de Nova York aconteceu em 1906, também com Fedora e novamente contracenando com Caruso. 

Permaneceu no Metropolitan Opera por duas temporadas, cantando novamente com Caruso em Manon Lescaut, de Puccini, em 1907.

Além de sua carreira operística, Lina Cavalieri também atuou em filmes, principalmente durante a Primeira Guerra Mundial. Alguns de seus filmes incluem Manon Lescaut (1914), The Eternal Temptress (1917) e The Two Brides (1919). A maioria de seus filmes é considerada perdida. 

Mesmo após se aposentar dos palcos e do cinema, Lina manteve uma ligação com o mundo artístico e a beleza, abrindo um salão de beleza em Paris e lançando sua própria linha de cosméticos e produtos de beleza. Ela escreveu um livro sobre seus segredos de beleza em 1914, intitulado "My Secrets of Beauty". 

Perdeu os pais aos 15 anos e viveu em um orfanato católico antes de fugir com um grupo teatral. Teve um filho, Alessandro, fruto de um relacionamento precoce. Casou-se quatro vezes: com o príncipe russo Alexander Bariatinsky, com o milionário americano Robert Winthrop Chanler, com o tenor francês Lucien Muratore e com Giovanni Campari, herdeiro da companhia de bebidas Campari.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ofereceu-se como enfermeira voluntária.

Faleceu em 1944, durante um bombardeio aliado em Florença, enquanto tentava proteger suas joias.

 

Lina Cavalieri foi uma das celebridades mais fotografadas de sua época e é frequentemente lembrada como um ícone de beleza da Belle Époque. 

O artista italiano Piero Fornasetti utilizou o rosto de Lina Cavalieri como um motivo recorrente em suas obras de arte. 

Em 1955, a atriz Gina Lollobrigida interpretou Lina Cavalieri no filme "A Mulher Mais Bonita do Mundo". 

Desde jovem, Lina demonstrou uma forte independência ao criar seu filho sozinha e ao buscar sua carreira artística contra as convenções da época. Sua decisão de deixar o teatro no auge para se reinventar como empresária também reflete sua determinação. 

Relatos da época descrevem Lina como possuidora de um carisma inegável, tanto nos palcos quanto na vida pessoal. Sua beleza era inegável, mas era combinada com uma vivacidade e uma presença que cativavam a todos. 

Lina tinha consciência de sua beleza e a utilizava, mas não se limitava a ela. Sua incursão no mundo dos cosméticos e seu livro sobre segredos de beleza demonstram uma compreensão de seu apelo e uma vontade de compartilhar seus conhecimentos.

Seu testamento, destinando recursos para jovens aspirantes à música, revela um lado generoso e uma memória de suas próprias dificuldades iniciais.

Lina Cavalieri personificou o ideal de beleza da Belle Époque, uma era de otimismo, elegância e florescimento artístico. Seu rosto e sua figura eram amplamente divulgados em cartões postais, revistas e anúncios, tornando-se um padrão de beleza da época. 

Sua beleza e estilo influenciavam a moda feminina. Penteados, vestidos e acessórios eram inspirados em suas aparições públicas e em seus papéis no palco. Além de D'Annunzio, outros artistas e escritores encontraram inspiração em sua figura. Sua beleza e sua história de vida alimentaram a imaginação de muitos. 

Ao transitar entre a ópera, o cinema e o mundo dos negócios, Lina demonstrou uma versatilidade incomum para a época, abrindo caminho para outras artistas explorarem diferentes facetas de suas carreiras. 

O apelido "Vênus na Terra": A famosa definição de D'Annunzio solidificou sua imagem como a encarnação da beleza clássica.

O fato de a maioria de seus filmes ser considerada perdida é lamentável, pois priva-nos de testemunhar sua atuação em outra mídia. 

Morrer em um bombardeio, ironicamente em um período de grande conflito mundial que contrastava com a beleza e a elegância de sua época, adiciona uma camada trágica à sua história.

A obsessão do artista Piero Fornasetti com o rosto de Lina Cavalieri, utilizando-o em centenas de variações em suas obras, demonstra o poder duradouro de sua imagem. Para Fornasetti, o rosto de Lina era "o arquétipo da beleza clássica, enigmática e atemporal".

Lina Cavalieri foi uma figura complexa e multifacetada, que transcendeu a sua beleza física para se tornar um símbolo de sua época, uma artista talentosa e uma mulher de forte personalidade. Sua história continua a fascinar, oferecendo insights sobre a Belle Époque, o mundo do entretenimento no início do século XX e a vida de uma mulher que desafiou convenções e deixou uma marca indelével na história cultural.

© Alberto Araújo











UM RIO DE GENEROSIDADE: A FORÇA DA UNIÃO QUE TRANSFORMA


Em um mundo onde a individualidade muitas vezes grita mais alto, gestos como o da livraria em Chelsea, Michigan, no Condado de Washtenaw nos Estados Unidos ecoam como um farol de esperança e um lembrete poderoso da nossa humanidade compartilhada. Ver mais de mil pessoas unindo forças, passando livros de mão em mão para construir um novo lar para o conhecimento, não é apenas inspirador, é a prova viva do impacto profundo que a disposição de ajudar o próximo pode gerar. 

Essa imagem transcende a simples mudança de uma loja; ela revela a beleza intrínseca que reside na colaboração, na empatia e na genuína vontade de contribuir para o bem-estar coletivo. Cada livro passado, cada sorriso trocado, cada passo dado em uníssono constrói não apenas uma nova livraria, mas também pontes de conexão entre corações e mentes. 

Que essa cena vibrante nos inspire a olhar ao nosso redor com mais atenção, a identificar as oportunidades de estender a mão e a nos dispormos a ajudar, seja com um grande esforço coletivo ou com um singelo ato de bondade no nosso dia a dia. A verdadeira riqueza de uma comunidade reside na força dos seus laços, na capacidade de seus membros de se apoiarem mutuamente e de construírem juntos um futuro mais promissor. 

Lembremos sempre: a corrente da generosidade começa com um único elo. Que sejamos cada um de nós esse elo forte e disposto a fazer a diferença na vida do nosso semelhante. A união transforma desafios em conquistas e semeia um futuro onde a ajuda mútua floresce em cada esquina. 

© Alberto Araújo.


 

2 de maio de 2025

DESPERTAR PARA A GRATIDÃO: A DÁDIVA DE MAIS UM AMANHECER REFLEXÃO DE ALBERTO ARAÚJO



A imagem nos saúda com um caloroso "Bom dia! SEXTA" e nos lembra, com singela profundidade, de um dos mais belos milagres que vivenciamos: "Um dos milagres mais lindos é podermos acordar todos os dias e recebermos de Deus o maior presente: A vida!".  A data de hoje, 02.05, marca mais um ciclo que se inicia, mais uma oportunidade de respirar, sentir e vivenciar. 

A mensagem ecoa um sentimento essencial para uma jornada plena: a gratidão. "Gratidão por mais um dia!" - essa simples frase carrega em si um reconhecimento poderoso do dom da existência. Em meio à rotina e aos desafios, parar para contemplar a dádiva de acordar, de ter a chance de experimentar o mundo e de interagir com ele, é um exercício que nutre a alma e ilumina o caminho.

Cada amanhecer é um novo começo, uma tela em branco onde podemos pintar novas histórias, aprender lições valiosas e fortalecer os laços que nos unem. A vida, em sua essência, é um presente inestimável, repleto de nuances, aprendizados e momentos únicos. 

Que esta sexta-feira, 02 de maio, seja um convite à reflexão sobre a beleza da vida e à prática da gratidão. Que possamos reconhecer a grandiosidade de cada novo dia e vivê-lo com alegria, propósito e apreço por cada instante. Que a nossa jornada seja marcada pela consciência do presente que recebemos a cada despertar. Um bom dia e uma sexta-feira abençoada!

 

© Alberto Araújo

02 de maio de 2025.

 

 

 

 


 

SEXTA-FEIRA ABENÇOADA: A RIQUEZA QUE MORA EM NÓS REFLEXÃO DE ALBERTO ARAÚJO


 

Por intermédio da imagem que a companheira Dulce Mattos postou em nosso grupo foculistas. 

A imagem nos presenteia com uma verdade simples, mas profunda: "Ser feliz não é obter todas as riquezas do mundo e sim acreditar que você é a maior delas." Que epígrafe inspiradora para iniciarmos esta sexta-feira! 

Em meio à agitação da vida e à constante busca por conquistas materiais, muitas vezes nos esquecemos do valor intrínseco que reside em cada um de nós. A verdadeira riqueza não se acumula em cofres ou se exibe em bens, mas floresce na aceitação e no reconhecimento do nosso próprio ser. 

Acreditar em si mesmo é o alicerce sobre o qual construímos a felicidade genuína. É reconhecer nossas qualidades, celebrar nossas conquistas e aprender com nossos desafios. Quando cultivamos essa autoconfiança, o mundo ao nosso redor se transforma. As dificuldades se tornam degraus para o crescimento, os obstáculos se mostram oportunidades disfarçadas e a jornada da vida se torna mais leve e significativa.

Nesta sexta-feira abençoada, que possamos internalizar essa poderosa mensagem. Que a nossa maior busca seja a de fortalecer o amor-próprio e a fé em nosso potencial. Ao reconhecermos a riqueza que já possuímos em nosso interior, estaremos mais preparados para apreciar as belezas do mundo e para construir uma felicidade que transcende o material.

Que este dia seja repleto de momentos que reforcem a sua crença em si mesmo e que a felicidade seja a sua maior e mais valiosa conquista. Uma sexta-feira abençoada para você!

Crédito da imagem

Compartilhada por Dulce Mattos, obrigado! 

© Alberto Araújo

02 de maio de 2025

 


 

23 de abril de 2025

FLORES PARA MARIA OTILIA CAMILLO SONETO DE ALBERTO ARAÚJO



FLORES PARA MARIA OTILIA CAMILLO

SONETO DE ALBERTO ARAÚJO

 

Que doce melodia agora ascenda,

Por Maria Otília, ser de luz infinda,

Cujo exemplo de conduta nos prenda,

Com altruísmo e respeito, alma tão linda.

 

Carinho, amor, amizade em você reside,

Neste abril que sua vida nos revela,

Alberto Araújo sua gratidão decide,

Por sua amizade, tão sincera e bela.

 

Que Deus lhe abençoe em cada aurora nova,

E a paz, a saúde, o amor sempre a envolva,

Fazendo seu coração feliz sem prova.

 

Hoje a alegria em nós também se mova,

Pois sua festa é de quem bem a estima,

Ó Maria Otília, prezada alma prima!

 

Homenagem de © Alberto Araújo

Em 23 de abril de 2025, Dia do aniversário de Maria Otilia Camillo.

 

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MARIA OTÍLIA CAMILLO: UM PILAR DE INSPIRAÇÃO EM NOSSO CONVÍVIO 

No limiar de mais um ciclo solar, quando o 23 de abril floresce em cores vibrantes, nossos pensamentos e corações se voltam para uma amiga singular que estrutura nossa confraria: Maria Otília Camillo. hoje, não será apenas um dia no calendário, mas a celebração da vida de uma companheira que tece em seu cotidiano fios de bondade, respeito e um altruísmo que nos inspira profundamente. 

Maria Otília personifica a gentileza em cada gesto, a sabedoria em cada palavra e a lealdade em cada laço que constrói. Sua conduta exemplar não é apenas um ideal a ser admirado, mas uma prática constante que enriquece o tecido de nossas relações. A amiga é o carinho que acolhe, o amor que nutre e a amizade sincera que fortalece os elos que nos unem. 

Neste dia que marca sua chegada ao mundo, reconhecemos o presente inestimável que Deus nos concedeu ao nos permitir compartilhar a jornada com Maria Otília. Sua vida é um testemunho de generosidade, e sua presença, um bálsamo para os corações que a conhecem. 

Que este novo ano que se inicia para você, querida Maria Otília, seja repleto de alegrias transbordantes, saúde inabalável e paz que acalma a alma. Que a felicidade seja sua constante companheira, e que o amor que você irradia retorne em ondas ainda mais intensas. 

Hoje, a festa é sua, mas a celebração é de todos nós que temos o privilégio de admirar a luz que emana de sua essência. Feliz Aniversário, nossa querida confreira Maria Otília Camillo! Que seu dia seja tão especial quanto a pessoa extraordinária que você representa em todo a nossa comunidade cultural 

Shirley & Alberto Araújo

23 de abril de 2025








21 de abril de 2025

FELIZ SEMANA A TODOS OS AMIGOS FOCULISTAS!



FELIZ SEMANA A TODOS OS AMIGOS FOCULISTAS! 

Que a semana floresça com alegria, conquistas e muita energia positiva, e que recebamos essa dose extra de ânimo para cada dia. Uma semana extraordinária para todos nós! 

Alberto Araújo.

 

O SILÊNCIO DO PASTOR A HERANÇA DE FRANCISCO, ENTRE O LUTO E A NOVA AURORA. TEXTO JORNALÍSTICO/LITERÁRIO POR ALBERTO ARAÚJO


No dia 21 de abril de 2025, o silêncio ecoa na Praça de São Pedro, um vazio palpável que se estende pelas ruas de Roma e pelos corações de mais de um bilhão de fiéis. O anúncio oficial ressoa como um trovão: o Papa Francisco não está mais entre nós. A notícia, embora esperada, golpeia com a força de uma onda, deixando um rastro de incredulidade e tristeza. 

Não é apenas a morte de um homem, mas a partida de um líder que ousou desafiar convenções, um pastor que buscou aproximar a Igreja dos marginalizados, um pontífice que clamou por justiça e sustentabilidade em um mundo em crise. A sua voz, tantas vezes um bálsamo para os aflitos e um alerta para os poderosos, agora silenciou, deixando um eco profundo. 

O luto se espalha como uma névoa densa, envolvendo cada catedral, cada igreja, cada lar católico. Orações silenciosas se elevam, súplicas por conforto e esperança em meio à dor. Os "nove dias de luto" se iniciam, um período de introspecção e memória, onde a figura do Papa Francisco será recordada em missas e homenagens solenes.

Enquanto isso, nos corredores do Vaticano, o tempo parece suspenso. O Cardeal Camerlengo, com a solenidade de um guardião de segredos ancestrais, confirma a partida do líder. A Capela Sistina se prepara para receber os cardeais eleitores, os homens que terão a missão de escolher o sucessor de Francisco. O conclave, um ritual milenar, se inicia. A fumaça, um símbolo de esperança, será o sinal para o mundo: branco, a confirmação de um novo Papa; negro, a continuidade da espera.

A eleição do novo pontífice não é apenas um evento religioso, mas um momento de reflexão global. O mundo observa, com expectativa e apreensão, o desenrolar de um processo que moldará o futuro da Igreja Católica e, de certa forma, influenciará o curso da história. A partida do Papa Francisco deixa um legado de compaixão e mudança, e a escolha de seu sucessor definirá se esse legado continuará a inspirar a humanidade, ou se um novo capítulo será escrito nas páginas da fé. 

A Igreja Católica tem cerca de aproximadamente 1.406 milhões, em 2023 seguidores em todo o mundo estatística feita 2023, e contempla 17% da população mundial, segundo dados do Vaticano. A América concentra o maior número de católicos do mundo são mais de 660 milhões de fiéis e é o continente com maior proporção de seguidores da religião em sua população (64%). 

© Alberto Araújo

21 de abril de 2025, Dia em que o Papa Francisco faleceu. Ele nasceu em 17 de dezembro de 1936, faleceu aos 89 anos.




20 de abril de 2025

O SILÊNCIO ESTRONDOSO DAS OMISSÕES



A imagem em preto e branco nos confronta com uma súplica visceral: "tira da minha vida, Deus... tudo aquilo que me impede de prosperar." Mas, por um instante, desviemos o olhar da prece explícita e mergulhemos no abismo silencioso das omissões.

Quantas vezes a verdadeira barreira para a nossa prosperidade não reside no que clamamos para ser retirado, mas sim naquilo que evitamos confrontar? Nos medos paralisantes que nos confinam em zonas de conforto estagnadas? Nas verdades inconvenientes que varremos para debaixo do tapete da ilusão?

Essa imagem, com sua atmosfera carregada de fervor religioso, paradoxalmente nos lança um desafio laico e urgente: a coragem de olhar para dentro e identificar os sabotadores invisíveis que residem em nossas próprias escolhas e inações.

Não são apenas os obstáculos externos que nos detêm. Muitas vezes, são as âncoras internas forjadas pela procrastinação, pela autocrítica implacável, pela recusa em assumir riscos e pela teimosa insistência em padrões autodestrutivos.

A prece por remoção se torna, então, um espelho que reflete a nossa própria responsabilidade. Deus, ou qualquer força superior em que acreditemos, pode até ouvir o clamor, mas a verdadeira transformação reside na nossa disposição de desenterrar as raízes profundas daquilo que nos impede de florescer.

Este não é apenas um pedido de ajuda divina; é um chamado à ação humana. É um convite a romper o silêncio ensurdecedor das nossas próprias omissões, a encarar as sombras que projetamos em nosso caminho e a assumir a árdua, mas libertadora, tarefa de nos desvencilharmos daquilo que, sutilmente, nos aprisiona. A verdadeira prosperidade começa no instante em que ousamos confrontar o que realmente nos impede de avançar.

 



 

NESTE SIMBÓLICO OVO DE PÁSCOA, O PLANETA PULSA EM UM UNÍSSONO DESEJO: A PAZ QUE FLORESCE EM CADA NAÇÃO.


Na imagem, o mundo se apresenta como um ovo frágil e precioso, clamando por um futuro onde a paz não seja apenas um sonho, mas uma realidade compartilhada por todas as suas cores e culturas. Um mosaico de identidades unidas em um único formato: o ovo, símbolo de renascimento, agora veste as cores do mundo em um eloquente pedido por paz.

Que esta mensagem germine em cada coração. Que este "ovo" de nações inspire uma ação global pela paz. Que o desejo aqui representado se manifeste em um mundo onde a harmonia prevaleça. Como é majestosa esta representação do mundo clama por uma paz que envolva cada cultura, cada fronteira, cada ser humano.

FELIZ PÁSCOA!


 

O SOL DA ESPERANÇA RESSURGE - REFLEXÃO DE ALBERTO ARAÚJO

 


Na penumbra da Sexta-feira Santa, o mundo prendeu a respiração diante do sacrifício. A dor e a aparente derrota pairavam no ar, carregando o peso da humanidade. Mas a história não terminou ali. Assim como a aurora sempre vence a escuridão, a madrugada do domingo trouxe consigo a explosão de vida que mudaria para sempre o curso da existência.

A ressurreição de Jesus Cristo não foi apenas um milagre; foi a confirmação da vitória do amor incondicional sobre a morte, da esperança triunfando sobre o desespero. Aquele túmulo vazio ecoa através dos séculos, proclamando que as correntes que nos aprisionavam foram quebradas.

Hoje, celebramos essa luz que irrompeu na história, dissipando as sombras do pecado e da finitude. A Páscoa é a renovação da nossa fé, a certeza de que, assim como Jesus venceu, nós também podemos superar os desafios e encontrar a vida plena. É tempo de renascer com Ele, fortalecidos pela esperança que a ressurreição nos oferece.

Feliz Páscoa



DOMINGO DE PÁSCOA EM NITERÓI: A CELEBRAÇÃO DA VIDA QUE FLORESCE

A frase "Cristo ressuscitou" é um dos pilares centrais da fé cristã, celebrando o evento da ressurreição de Jesus Cristo após sua crucificação. Esta crença é fundamental para o cristianismo, representando a vitória sobre a morte e a promessa de vida eterna.

Neste radiante domingo de Páscoa, a brisa que sopra sobre as praias de Niterói parece carregar consigo a alegria da ressurreição. O sol da manhã ilumina o contorno do Rio, abençoando a cidade com a promessa de um novo começo.

Hoje, os corações niteroienses pulsam em uníssono com a fé renovada. Nas igrejas espalhadas por cada bairro, da Praia de Icaraí a Itaipu, a mensagem da vitória de Cristo sobre a morte ecoa, fortalecendo os laços de esperança e comunidade.

As famílias se reúnem, compartilhando não apenas o tradicional almoço pascal, mas também a alegria de um tempo de renovação. Nos olhares, a certeza de que a vida venceu, inspirando a seguir em frente com mais fé e amor.

Este Domingo de Páscoa em Niterói é mais do que um feriado; é a celebração da vida que se manifesta em cada sorriso, em cada abraço, na beleza natural que nos cerca. É a reafirmação de que, assim como a natureza se renova na primavera, nossos espíritos também são revigorados pela esperança que emana do Cristo ressuscitado.

Que a luz desta manhã de Páscoa continue a iluminar cada lar em Niterói, trazendo paz, saúde e a certeza de um futuro abençoado.

Feliz Páscoa!

 

FELIZ PÁSCOA MENSAGEM DE SHIRLEY & ALBERTO ARAÚJO


 

FELIZ PÁSCOA!

MENSAGEM DE SHIRLEY & ALBERTO ARAÚJO

 

Que a alegria da ressurreição de Cristo ilumine sua vida e a de seus entes queridos, trazendo paz, esperança e muito amor neste domingo de Páscoa! Que a renovação desta data inspire novos começos e fortaleça os laços que nos unem.

Feliz Páscoa!

Shirley & Alberto Araújo.

19 de abril de 2025

RESSURREIÇÃO, A AURORA DA ESPERANÇA PROSA POÉTICA DE ALBERTO ARAÚJO

 

O silêncio da tumba, outrora pesado e definitivo, cedeu ao brado silencioso da vida. A pedra rolou, não por força humana, mas pela irrupção divina que rasgou a mortalha da escuridão. O corpo que jazia inerte, alvo de dor e crucificação, vestiu-se de luz, rompendo as correntes da finitude. 

Naquele jardim banhado pelo orvalho da manhã, a fragrância das flores misturou-se ao aroma da eternidade. A morte, antes um espectro onipotente, curvou-se diante daquele que venceu o império do sepulcro. O medo se dissipou como névoa ao sol, substituído por uma certeza radiante, um farol aceso na vastidão do tempo. PORQUE ELE VIVE EU POSSO CRÊR NO AMANHÃ! Essa exclamação ecoa pelos séculos, um cântico de esperança que desafia as lágrimas e a desesperança. 

Não é uma vã filosofia, um consolo efêmero, mas a constatação palpável de um milagre que transformou a história. Se a morte foi tragada pela vitória, que temor pode resistir? Que sombra pode obscurecer a promessa de um novo amanhecer? 

A Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo não é apenas uma lembrança de um evento passado, mas a celebração viva de uma realidade presente e futura.

Em cada raio de sol que desponta, em cada flor que desabrocha, em cada suspiro de vida, reside a prova incontestável: Ele vive! E porque Ele vive, a esperança veste-se de certeza, e o amanhã se descortina como um horizonte de infinitas possibilidades. A fé não é um salto no vazio, mas um passo firme sobre a rocha da ressurreição. Que a luz desta verdade ilumine cada coração, renovando a crença em um futuro pleno de paz e vida eterna. 

FELIZ PÁSCOA! 

© Alberto Araújo