29 de outubro de 2025

SÃO JUDAS TADEU: APÓSTOLO DA ESPERANÇA, PADROEIRO DE ICARAÍ


O sino da Paróquia São Judas Tadeu em Icaraí não apenas marca o tempo, ele marca a eternidade. Cada toque é um chamado à oração, um convite à fé, um lembrete de que Deus habita entre nós. E agora, com o novo letreiro iluminando a fachada da igreja, a mensagem é clara: ali é terra sagrada, lugar de encontro, casa de esperança. Ali reina o Cristo Redentor, de braços abertos sobre a cidade, acolhendo cada fiel que entra com o coração cheio de fé e a alma sedenta de paz. 

A história de São Judas Tadeu, apóstolo e mártir, é uma das mais comoventes da tradição cristã. Primo de Jesus, filho de Cléofas e Maria esta, irmã de Nossa Senhora, Judas Tadeu foi escolhido entre os doze para anunciar o Reino de Deus. Seu nome, muitas vezes confundido com o de Judas Iscariotes, fez com que por séculos fosse menos invocado. Mas a força de sua intercessão, especialmente nas causas difíceis e desesperadas, fez dele um dos santos mais amados do povo brasileiro. 

São Judas Tadeu é o padroeiro da nossa comunidade de Icaraí. E não por acaso. Ele representa a fé que resiste, a esperança que não se apaga, o amor que não desiste. Em sua imagem, vemos o semblante sereno de quem enfrentou perseguições, mas nunca abandonou a missão. Em sua mão, a carta que escreveu aos cristãos, exortando-os à perseverança. Em seu coração, a chama viva do Espírito Santo.

A Paróquia São Judas Tadeu, sob a coordenação geral do querido Padre Carmine Pascale, é um reflexo desse espírito apostólico. Com o apoio incansável de diversas pastorais, liturgia, catequese, juventude, família, música, acolhida, ação social, a igreja se tornou um verdadeiro centro de espiritualidade e serviço. Cada pastoral é como um braço estendido do Cristo Redentor, tocando vidas, curando feridas, acolhendo com ternura.

 

As missas celebradas na paróquia são momentos de profunda comunhão. O altar, adornado com simplicidade e beleza, se transforma em ponto de encontro entre o céu e a terra. Os fiéis, vindos de todos os cantos de Icaraí e de bairros vizinhos, enchem os bancos com fé viva. Há quem venha agradecer, quem venha pedir, quem venha apenas estar. Mas todos saem transformados. Porque ali, a Palavra é viva, o pão é partilhado, a esperança é reacendida.

E é no dia 28 de outubro que tudo culmina. A festa de São Judas Tadeu é mais do que uma data, é um marco espiritual. É quando a comunidade se reúne em peso para celebrar seu padroeiro com alegria, devoção e gratidão. A novena que antecede esse dia é uma verdadeira peregrinação interior. São nove dias de oração, reflexão e entrega, presididos com amor por nossos sacerdotes, especialmente o Padre Jean da Conceição Lopes, que tem conduzido com sabedoria e carisma os momentos litúrgicos. 

No dia da festa, a igreja se enche de flores, velas, cantos e corações. A procissão pelas ruas de Icaraí é um testemunho público de fé. A imagem de São Judas Tadeu, carregada com reverência, passa entre os prédios e praças como um sinal de que Deus caminha conosco. Os sinos tocam mais forte. O letreiro brilha mais intensamente. E o Cristo Redentor, lá do alto, parece sorrir. 

A Paróquia São Judas Tadeu é mais do que um templo, é uma família. É onde crianças recebem os primeiros ensinamentos da fé, jovens descobrem sua vocação, casais renovam seus votos, idosos encontram consolo. É onde o Evangelho é vivido no cotidiano, onde a caridade se transforma em ação, onde a esperança se torna realidade. 

São Judas Tadeu, nosso padroeiro, intercede por cada um de nós. Ele nos ensina que, mesmo nas causas impossíveis, há um caminho. Que mesmo nas noites escuras, há uma luz. Que mesmo nas dores mais profundas, há consolo. E essa luz, esse consolo, essa esperança, encontramos todos os dias na nossa paróquia, sob o olhar atento do Cristo Redentor e o cuidado pastoral do Padre Carmine Pascale. 

Que o som do sino continue a nos chamar. Que o letreiro continue a iluminar. Que as missas continuem a nos alimentar. Que os fiéis continuem a testemunhar. E que São Judas Tadeu continue a nos guiar. 

Porque aqui, em Icaraí, a esperança não decepciona. E como diz a Escritura: “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos 5,5). 

São Judas Tadeu, apóstolo da esperança, rogai por nós!



 

REFLEXÃO SOBRE A NOVENA DE SÃO JUDAS TADEU A ESPERANÇA NÃO DECEPCIONA — ROMANOS 5,5


Novena de São Judas Tadeu em Icaraí - Uma Jornada de Fé e Renovação 

O sino da igreja ressoou por Icaraí como um abraço divino. Seu som não era apenas metálico, era espiritual. Cada badalada anunciava que algo sagrado estava prestes a acontecer. Era o chamado para a novena de São Judas Tadeu, nosso padroeiro, apóstolo e mártir, celebrada com fervor entre os dias 19 e 27 de outubro. E como diz a Escritura: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5), essa foi a verdade que guiou cada passo da nossa caminhada espiritual. 

São Judas Tadeu, primo de Jesus e um dos doze apóstolos, é conhecido como o santo das causas impossíveis. Mas para nós, em Icaraí, ele é muito mais do que isso. Ele é símbolo de perseverança, de fé que não vacila, de amor que não se cansa. Em tempos de incerteza, ele nos lembra que a esperança não é um sentimento passageiro, é uma virtude que nasce da confiança em Deus. E foi com esse espírito que vivemos dias felizes, intensos e profundamente tocantes durante a novena. 

Este ano, tivemos a graça de contar com o Padre Jean da Conceição Lopes, que presidiu com zelo e espiritualidade oito dias da novena. Sua palavra firme e ao mesmo tempo acolhedora conduziu os fiéis por uma jornada de reflexão e renovação. Uma das celebrações foi presidida por nosso pároco geral, Padre Carmine Pascale, cuja sabedoria e carinho pela comunidade tornaram o encerramento ainda mais especial. Juntos, eles nos guiaram pelo tema central da novena: Esperança na Fé de Deus. 

Cada noite foi marcada por momentos de oração, louvor e escuta da Palavra. As homilias nos convidaram a olhar para dentro, a reconhecer nossas fragilidades e a entregá-las nas mãos de Deus. A esperança, como nos ensinou São Judas Tadeu, não é ausência de dor, mas presença de fé. É saber que, mesmo nas tempestades, há um porto seguro — e esse porto é o coração de Cristo.

A igreja se encheu de rostos emocionados, mãos erguidas, lágrimas sinceras. Famílias inteiras se reuniram, jovens redescobriram a beleza da fé, idosos encontraram consolo. A novena não foi apenas um evento religioso — foi um reencontro com o sagrado. Foi como se São Judas Tadeu estivesse ali, caminhando entre os bancos, acolhendo cada súplica, cada agradecimento, cada gesto de devoção. 

A cada dia, uma nova dimensão da esperança foi revelada. Falamos sobre a esperança que cura, que transforma, que liberta. Refletimos sobre como a fé em Deus nos sustenta quando tudo parece perdido. E aprendemos que, mesmo diante das causas impossíveis, há um Deus que tudo pode, e um santo que intercede por nós com amor e fidelidade. 

O altar, adornado com flores e velas, parecia pulsar com a presença divina. A imagem de São Judas Tadeu, com seu semblante sereno e olhar compassivo, nos lembrava que não estamos sozinhos. Ele, que enfrentou perseguições e entregou sua vida por amor ao Evangelho, é testemunha de que a fé verdadeira é capaz de mover montanhas. 

Ao final da novena, no dia 28, celebramos com júbilo a festa de nosso padroeiro. Foi um dia de comunhão, de alegria, de gratidão. A procissão pelas ruas de Icaraí foi um testemunho público de nossa fé. Cantamos, rezamos, celebramos. E em cada passo, levávamos conosco a certeza de que São Judas Tadeu continua intercedendo por nossa comunidade, fortalecendo nossa esperança e renovando nossa fé. 

Foram dias felizes, sim. Dias em que o céu tocou a terra, em que corações se abriram, em que milagres silenciosos aconteceram. A novena de São Judas Tadeu é mais do que tradição, é encontro, é renovação, é vida. Que possamos guardar em nossos corações tudo o que vivemos, e que a esperança na fé de Deus continue sendo nossa luz, nosso guia, nosso sustento. 

São Judas Tadeu, apóstolo fiel, mártir da esperança, rogai por nós!















 

23 de setembro de 2025

PADRE PIO - SABEDORIA E HUMANIDADE DE UM SANTO DO NOSSO TEMPO - HOMENAGEM DO BLOG ALBERTO ARAÚJO & AMIGOS

Celebrar São Pio de Pietrelcina, o nosso Padre Pio, é mergulhar na essência de um homem que uniu espiritualidade e humanidade de forma incomum. Sua figura não se resume ao estigma dos sinais visíveis da paixão de Cristo que carregou em suas mãos e pés durante cinquenta anos. Ele foi, sobretudo, um profundo conhecedor do coração humano, um mestre da alma, que sabia interpretar o silêncio das dores e as angústias escondidas na vida cotidiana. 

Em San Giovanni Rotondo, no sul da Itália, milhares de pessoas atravessavam estradas e mares para encontrá-lo. Muitos buscavam milagres, outros esperavam uma palavra de consolo, e havia ainda os que simplesmente desejavam ser escutados. E Padre Pio os recebia, não como quem distribui respostas prontas, mas como quem penetra na alma e percebe aquilo que cada coração guarda e teme revelar. Seu dom não estava apenas na mística, mas na empatia. Ele compreendia o ser humano em sua fragilidade e grandeza, enxergava no sofrimento uma possibilidade de redenção, mas jamais deixava de valorizar a alegria, a fé simples, o gesto humilde. 

Padre Pio tornou-se, assim, uma referência universal, além das fronteiras da Igreja Católica. Sua imagem cultural permanece viva: o hábito simples, a barba cerrada, os olhos penetrantes. Símbolo de resistência espiritual em um século marcado por guerras, crises e descrença, ele soube mostrar que a verdadeira sabedoria está em viver o Evangelho no concreto da vida, acolhendo cada pessoa em sua singularidade. 

Em suas confissões, às vezes rigorosas, havia uma pedagogia espiritual que buscava despertar a consciência. Ele sabia que a maior cura não era apenas a física, mas a transformação interior. Quem o procurava, muitas vezes, não saía com respostas fáceis, mas com a clareza de que precisava mudar de rota, reencontrar o sentido, resgatar a fé.

Padre Pio também se destacou por sua obra social. O Hospital Casa Sollievo della Sofferenza, inaugurado em 1956, é um exemplo de que sua espiritualidade não era alheia às necessidades concretas do mundo. Ali, ciência e fé se uniam para cuidar do corpo e da alma. Era sua forma de dizer que a caridade é a expressão mais elevada da fé. 

Em uma de minhas viagens à Europa, estive no Santuário de Padre Pio, em San Giovanni Rotondo, acompanhado de minha esposa Shirley. Foi uma experiência marcante para nós dois. Caminhamos pelos espaços onde ele viveu, rezou e acolheu multidões, e visitamos todas as suas relíquias com devoção e emoção. No silêncio da igreja, diante de seu corpo preservado, tivemos a clara sensação de que não se tratava apenas de venerar um santo, mas de aprender com um mestre de humanidade. O Santuário, com sua arquitetura que une modernidade e espiritualidade, mostra como Padre Pio ainda fala ao mundo de hoje: um mundo sedento de sentido, de escuta, de compreensão. 

A cultura do encontro que ele promoveu permanece atual. Num tempo em que a sociedade muitas vezes se fecha em individualismos, Padre Pio nos recorda que a grande sabedoria está em acolher o outro. Sua vida é testemunho de que é possível viver a fé de modo simples e radical ao mesmo tempo, compreendendo que o maior conhecimento não vem apenas dos livros, mas da capacidade de olhar nos olhos e escutar com o coração. 

Celebrá-lo, portanto, é também refletir sobre nós mesmos. Ele nos ensina que cada pessoa carrega dentro de si uma dor invisível e um desejo de plenitude. Que não basta falar de espiritualidade: é preciso vivê-la em cada gesto, em cada escuta, em cada ato de compaixão. É esse legado que o torna universal, que o mantém presente na cultura religiosa e na vida cotidiana de milhões de devotos espalhados pelo mundo. 

Hoje, ao lembrarmos de Padre Pio, celebramos não apenas um místico extraordinário, mas um sábio. Um homem que soube traduzir a fé em acolhimento, que compreendeu a alma humana em sua complexidade, que nos mostrou que a verdadeira santidade nasce do encontro sincero com Deus e com o próximo. 

Padre Pio permanece como fanal para os que buscam sentido. Seu exemplo de fé viva, sabedoria interior e amor ao ser humano é patrimônio cultural e espiritual da humanidade. E cabe a nós, que já estivemos diante de sua memória viva no Santuário, levar adiante sua mensagem: a de que a vida só alcança plenitude quando é vivida na escuta, na partilha e no amor. 

© Alberto Araújo 











 

6 de setembro de 2025

23º DOMINGO DO TEMPO COMUM - PARÓQUIA E SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU – ICARAÍ PRESIDIDA PELO PADRE ALEX ABREU


23º DOMINGO DO TEMPO COMUM

MISSA DAS 18H – SÁBADO, 06 DE SETEMBRO DE 2025

Paróquia e Santuário São Judas Tadeu – Icaraí

Presidida pelo Padre Alex Abreu


Eu e minha esposa Shirley, como de costume, estávamos presentes. Às 18h, seguimos para a Casa do Senhor, conscientes de que somos templos vivos de Deus. 

O sol ainda espalhava seus raios dourados pelo horizonte, e, ao longe, o Cristo Redentor parecia nos abençoar. Já acomodados em nossos lugares, ouvimos o sino das 18h repicar, anunciando a Hora do Angelus, o momento em que recordamos o anúncio da concepção de Cristo à Virgem Maria.

A celebração teve início com o Canto de Entrada: “Senhor, quem entrará no Santuário para te louvar…”. Seguiu-se o Ato Penitencial, com o hino: “Quero confessar a Ti… Kyrie eleison…”, e, logo depois, o Hino de Louvor: “Glória a Deus nas alturas…”. 

Por ser setembro, mês dedicado à Bíblia, houve o momento especial da Entrada da Bíblia: uma catequista a conduziu até o altar, onde foi colocada em um lugar de honra e reverência. 

Liturgia da Palavra

Primeira Leitura: Livro da Sabedoria 

Salmo Responsorial: “Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós.”

Segunda Leitura: Carta de São Paulo a Filemon (“O meu próprio coração… Já não como escravo…”) A "Carta a Filemon" refere-se à Epístola a Filemon, um dos textos do Novo Testamento da Bíblia, escrita pelo apóstolo Paulo enquanto estava preso em Roma. A carta é um pedido a Filemon, um cristão rico, para que receba de volta o seu escravo Onésimo, que fugiu e encontrou Paulo, tornando-se também cristão. O objetivo de Paulo é que Filemon o acolha não mais como um escravo, mas como um irmão em Cristo. 

Aclamação ao Evangelho: “Buscai primeiro o Reino de Deus…” 

Evangelho e Tema da Homilia: “Se alguém vem a mim e não carrega a sua cruz, não pode ser meu discípulo” — disse Jesus. 

HOMILIA – PADRE ALEX ABREU 

23º domingo comum. Meus irmãos e minhas irmãs, o nosso coração é o lugar onde Deus derrama a sua graça e a sua cura — cura que vem pela sabedoria divina. Essa sabedoria é fundamental e essencial para cada um de nós, pois sustenta o nosso ministério e a nossa caminhada de fé. É ela que conduz o nosso coração, dia após dia, para mais perto do Senhor. 

Homens e mulheres da Palavra de Deus são capazes de acolher tudo o que Jesus é e tudo o que Ele realiza em nossa vida e em nossa comunidade, conduzindo-nos a um caminho de santidade e perfeição. 

Na primeira leitura de hoje, somos chamados a uma profunda reflexão sobre o nosso próprio ser: um ser dotado de corpo e alma, criado para a eternidade, incorruptível, que não se desfaz. Essa é a nossa identidade humana, tantas vezes moldada pelas experiências da vida. E é o próprio Deus quem conduz essa história, pois Ele nos preparou para viver segundo a nossa verdadeira identidade. O tempo que passamos aqui é passageiro.

Por isso, no Evangelho, Jesus nos chama à atenção para o discipulado. Ele diz: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo”. É preciso renunciar a tudo o que nos prende, e com todo o coração, com todo o entendimento e com todas as forças, colocar a nossa confiança n’Ele. É em Jesus que está o sentido exato da nossa vida.

Quando olhamos para o mundo, percebemos como gastamos nossos dias e nossas forças em tantas coisas que julgamos boas, mas que muitas vezes não nos preenchem. Há, dentro de cada um de nós, um espaço que pertence somente a Deus. Nada neste mundo é capaz de saciar plenamente o coração humano. Por isso, vemos tantas pessoas sempre buscando “algo a mais” e, mesmo assim, permanecendo insatisfeitas. É daí que nascem tantas guerras, conflitos e injustiças — da busca pelo poder e pelo domínio.

E, assim, vamos esquecendo daquele que é o princípio da vida humana: Aquele que nos criou, que veio nos salvar e que assumiu sobre si o pecado da nossa humanidade. Ele é quem enche o nosso coração de esperança, mesmo em meio à dor, ao sofrimento e às dificuldades. Essas provações, de algum modo, nos purificam e nos aproximam mais de Deus.

É justamente nos momentos de dor que somos convidados a nos colocar diante da presença do Senhor. Quando tudo está tranquilo, é fácil; mas é na provação que se revela a força da nossa fé. O sofrimento, unido à cruz de Cristo, torna-se também um sacrifício oferecido para a salvação do mundo. E, assim, nossa vida pode ser testemunho para que outros conheçam a Palavra de Deus e desejem viver essa vida verdadeira. 

Que neste domingo, o Senhor Jesus conquiste novamente o nosso coração com a Sua Palavra. Que o Espírito Santo nos anime e nos impulsione a viver com sinceridade o discipulado de Cristo. Que possamos buscar, a cada dia, uma vida de profunda união e intimidade com Ele, de modo que, ao olharem para nós, as pessoas reconheçam a presença de Deus, sintam o perfume da santidade e vejam a luz de Cristo. 

Que o Senhor nos faça verdadeiros discípulos e missionários da Sua Palavra, autênticos arautos do Evangelho, hoje e sempre.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém. 

Profissão de Fé e Preces

Rezamos juntos o Credo Niceno-Constantinopolitano (“Creio no Espírito Santo…”). As Preces da Comunidade foram conduzidas pela ministra da pastoral Teresa Amâncio. 

Liturgia Eucarística

Hino da Consagração: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do Universo…” 

Canto da Comunhão: “Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo…” 

Segundo canto da comunhão: “Vejam, procurei bem aquele… Por onde formos, também nós, que brilhe a Tua luz…” 

ENCERRAMENTO

A celebração foi concluída com uma Oração Final Reflexiva, conduzida pelo Padre Alex, pedindo que o Senhor nos fortaleça no caminho do discipulado, nos encha de amor e nos faça instrumentos de Sua paz.

ORAÇÃO FINAL REFLEXIVA – PADRE ALEX ABREU 

Senhor Jesus, nosso Salvador, mais uma vez o Senhor nos conduz de maneira tão simples e tão próxima de cada um de nós. Louvamos a Tua graça, a Tua unidade, a Tua presença. Bendizemos a Tua misericórdia e o Teu amor. 

Hoje, diante de Ti, proclamamos: Corpo, Sangue, Alma e Divindade — mais uma vez declarando o Teu amor, que é tão bom para cada um de nós. O Senhor nos recorda a nossa realidade, a nossa história, a nossa Igreja, e nos convida a seguir firmes no Teu Espírito. 

Faz, Senhor, florescer em nós o grande desejo de Vos servir com todo o nosso coração, com todas as nossas forças e com todo o nosso entendimento. Que a nossa vida seja instrumento do Teu projeto, levando libertação e esperança, tornando o Teu amor acessível a todos os homens e mulheres da nossa comunidade. 

Por toda a nossa vida, queremos agradecer pela Tua vida, pelo Teu sacrifício e pela Tua entrega por nós. Recebe, Senhor, a nossa gratidão e o nosso louvor.

Amém.














(VÍDEO COM O SINO TOCANDO)

Saímos da igreja com o coração renovado, levando conosco a Palavra e a presença viva de Cristo, para que brilhe em nossas vidas e alcance todos que encontrarmos. 

Texto, fotos e transcrições

Alberto Araújo




28 de agosto de 2025

28 DE AGOSTO - DIA NACIONAL DO VOLUNTARIADO | HOMENAGEM DO FOCUS PORTAL CULTURAL



Epígrafe: "Doar-se é acender luz na vida do outro,
mesmo quando a nossa própria luz parece tímida."

No Brasil, 28 de agosto é um dia que convida ao gesto generoso, à entrega silenciosa e à presença que transforma: é o Dia Nacional do Voluntariado. Criado pela Lei nº 7.352 de 1985, este dia nos lembra que cada ação voluntária é uma semente de esperança plantada em corações e comunidades.

Segundo estimativas, 35 milhões de brasileiros já deram seu tempo e talento ao próximo, provando que a solidariedade não é apenas um ato, mas um modo de viver.

O voluntariado é poesia em ação: uma palavra amiga, um gesto atento, um tempo ofertado sem esperar retorno. E, enquanto celebramos este dia, lembramos também o Dia Internacional do Voluntário, em 5 de dezembro, reconhecido pela ONU, que estende essa valorização a todo o mundo.

Que neste dia 28 de agosto possamos todos, leitores e cidadãos, refletir sobre o poder transformador do voluntariado. Que possamos nos tornar, em cada gesto, luz para o outro, inspirados pelo exemplo daqueles que, silenciosamente, fazem a diferença.

Publicado pelo Focus Portal Cultural, do jornalista Alberto Araújo, em homenagem a todos os que dedicam seu tempo a semear solidariedade.

© Alberto Araújo

 

25 de agosto de 2025

UM ENCONTRO DE FÉ E AMOR NA MISSA DE SÃO JUDAS TADEU

 



No último domingo, dia 24 de agosto, a Paróquia São Judas Tadeu, em Icaraí, Niterói, foi palco de uma celebração eucarística marcante, que reuniu fiéis em torno da Palavra e do Sacramento. Tive o privilégio de participar da missa das 17h, presidida pelo querido Padre Carmine Pascale, ao lado da minha musa, Shirley. 

A celebração, rica em sua liturgia, seguiu um roteiro de profunda reflexão, conforme registrado em minhas anotações. 

Desde o início, a Missa foi embalada por uma experiência musical sublime. Tivemos a bênção de ouvir uma jovem cantora cuja voz era de uma delicadeza e suavidade impressionantes. Era como o cantar de um anjo do céu, muito emocionante, que elevava a alma de todos os presentes e dava um tom celestial à celebração. Essa voz inesquecível conduziu os hinos da Missa.

A Missa começou com a acolhida, que nos lembrava que "A porta está aberta. Deus quer que sejamos unidos". 

O Canto de Entrada questionava: "Senhor, quem entrará no Santuário para Te louvar...". Seguiu-se o Ato Penitencial, com a súplica "Senhor, que vieste salvar os corações arrependidos - Kyrie eleison", e o vibrante Hino de Louvor. 

A Liturgia da Palavra foi o centro da primeira parte, com leituras que apontavam para o tema central da celebração. 

Primeira Leitura: A Leitura do Profeta Isaías abriu o caminho para a reflexão.

Salmo Responsorial: O Salmo trazia a mensagem: "Proclamai o Evangelho a toda criatura".

Segunda Leitura: A Leitura das Cartas de São Paulo aos Hebreus completou a reflexão bíblica. 

Evangelho: O tema do Evangelho, acompanhado de um hino, era claro: "Buscai primeiro o Reino de Deus..." 

O Tema geral da celebração e da homilia era: "Preparando o Seu Povo (primeira leitura) - Declarações de Amor de Deus (segunda leitura)".

A Homilia proferida pelo Padre Carmine Pascale foi, de fato, muito bonita e inspiradora, aprofundando o chamado de Deus e a manifestação do Seu amor em nossas vidas. 

A assembleia professou sua fé com o Credo Niceno-Constantinopolitano, um forte momento de comunhão na doutrina da Igreja. A celebração seguiu para o ápice, a Liturgia Eucarística. 

Houve uma Oração pelas Vocações que ecoava um chamado pessoal: "Senhor Jesus, Tu que chamaste pescadores, cobradores de imposto...". 

O Ofertório foi acompanhado do hino: "Pão e vinho Te apresentamos nesse altar. Como sinal que Tu recolhes... nossa oferta, tudo que somos deixamos aqui...".

O Canto da Consagração entoou a santidade de Deus: "Santo... Santo é o Senhor do Universo... Hosana nas alturas...". 

Finalmente, o Canto da Comunhão (União) foi um momento de intimidade com Deus, com as palavras "Tu és minha estrada. Tu és minha força... Tu és minha vida, outro Deus não há...". 

A Missa deste domingo, dia 24 de agosto, foi um momento especial para mim e para Shirley, de reabastecimento espiritual e de profunda reflexão sobre o amor de Deus e o nosso chamado a "buscar primeiro o Reino". A beleza da música e a profundidade da Palavra, conduzidas pela voz angelical e pela pregação do Padre Carmine, tornaram a celebração inesquecível. 

© Alberto Araújo

24 de agosto de 2025







11 de agosto de 2025

SOB O OLHAR DO CRISTO, NO DIA DOS PAIS - CRÔNICA POÉTICA DE ALBERTO ARAÚJO

10 de agosto de 2025. O dia amanheceu dourado, com um sol que parecia ter descido mais perto da Terra para nos abraçar. No alto, o Cristo Redentor estendia os braços sobre Niterói, como quem abençoa cada passo, cada gesto, cada coração. 

Era Dia dos Pais, 19º Domingo do Tempo Comum, e eu, ao lado da minha musa Shirley, caminhava para a missa das 17h, na Paróquia São Judas Tadeu, Icaraí. O templo respirava devoção, e as vozes se uniam no canto de entrada: “Eis-me aqui, Senhor... Eis-me aqui, Senhor!” — um chamado que ecoava como resposta de almas prontas a servir. 

O altar, adornado com a imagem da Sagrada Família, lembrava que agosto é o mês devocional da família. E a liturgia, como rio de águas vivas, nos conduzia:

Ato penitencial: “Senhor, que vieste salvar os corações arrependidos, piedade...”

Primeira leitura: do Livro da Sabedoria.

Salmo responsorial: “Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.”

Segunda leitura: da Carta aos Hebreus.

Evangelho: o convite à vigilância — “É preciso vigiar e ficar de prontidão...” 

Na homilia, Padre Carmine Pascale falava com voz mansa, mas firme, sobre libertação. Que o Senhor volta seu olhar para os que o temem, que o amor mais puro é o que encontramos n’Ele, e que viver em Cristo é sempre um caminho que vale a pena. 

Josiane, a doce voz dos hinos litúrgicos, enchia o ar com melodias que tocavam o invisível:

Ofertório: “Ô, ô, ô, recebe Senhor...”

Consagração: “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo...”

Comunhão: “Desarmem as sandálias e descansem. Este chão é Terra Santa, irmãos meus.”

Era também a Semana Nacional da Família que se estende de 9 a 16 de agosto, com terços, orações, adoração e até um luau para celebrar a alegria de sermos filhos de Deus. 

No presbitério, repousavam três sinos, um grande e dois pequenos, como se aguardassem o momento de contar sua própria história. No maior deles, a inscrição gravada no metal cintilava sob a luz:

NO JUBILEU DOS PEREGRINOS — XII DE FRANCISCO

LXV ANO DA PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU

XXV ANO DE SACERDÓCIO DO PE. CARMINE PASCALE

D. JOSÉ FRANCISCO ABENÇOOU ESTES SINOS 

Palavras que soam como poesia de bronze, eternizando fé e gratidão. 

No fim da missa, veio o sorteio em homenagem aos pais. Meu número ecoou no microfone. Levantei a mão, quase sem acreditar. Padre Carmine me chamou ao altar, e ali recebi um presente que é mais que objeto: um livro “Batalha Espiritual entre Anjos e Demônios”, do Padre Reginaldo Manzotti, e um terço perfumado com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Um cheiro suave de rosas me envolveu, como se viesse do próprio Céu. 

Fotos foram tiradas, risos foram partilhados. Voltei para casa com meus souvenires, mas principalmente com o coração aceso. Porque naquele domingo, Deus me fez entender que os verdadeiros presentes não são apenas dados, são vividos. 

E enquanto a noite caía, pude imaginar: em breve, aqueles sinos subiriam à torre e, com sua voz de metal, espalhariam sobre a cidade o mesmo abraço que o Cristo Redentor nos deu naquele dia. Amém 

© Alberto Araújo

10 de agosto de 2025.












 

7 de agosto de 2025

CHAMA VIVA DA MINHA ESPERANÇA Reflexão diante da Capelinha de Fátima


Hoje, 08 de agosto diante da tela iluminada, meus olhos e meu coração se voltaram para a Capelinha de Fátima. A distância se desfez no instante em que a fé tomou o lugar da matéria. Assisti, pela internet, ao hino litúrgico que se elevava com doçura e fervor: “Eu confio em Ti… Meu Deus, eu creio…” — e cada verso era uma ponte entre a terra e o céu, uma oração soprada com a alma.

A Chama Viva da Esperança ardia ali, diante do Santíssimo. E, mesmo daqui, eu a sentia pulsar dentro de mim.

Não é preciso estar fisicamente presente quando se está em espírito e verdade. Jesus Cristo, exposto no Sacramento do Amor, era contemplado com reverência. Minha casa se fez templo. Meu coração, capela interior. Cada palavra do hino era um sussurro de confiança. Cada silêncio, uma entrega.

E após a oração fervorosa, os sinos do espírito anunciaram o momento da procissão. A Cruz luminosa abriu o caminho. Fieis, com passos lentos e emocionados, conduziam o Santíssimo Sacramento sob o pálio. Era Jesus, caminhando entre o seu povo, levando luz onde há sombras, cura onde há feridas, e paz onde há inquietações.

A procissão, mais que um rito, era um clamor de fé viva. Como os discípulos de Emaús, o coração ardia só de saber que Ele caminhava conosco. Mesmo à distância, acompanhei com olhos marejados esse gesto de adoração profunda, vendo na tela o brilho das luzes, o canto suave e o silêncio reverente das almas em marcha.

Hoje, o Céu desceu à terra.
E minha esperança reacendeu.

Jesus passou.
E deixou Sua luz.
Deixou Sua paz.
Deixou Sua presença.

E essa chama — essa chama viva que Maria cuida com amor — não se apaga mais em mim.

Porque eu confio.
Porque eu creio.
Porque Ele vive.
E caminha conosco.

Amém.